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12/08/2025

Almanaque Temático N° 75 Louco

Almanaque temático 75 Louco

Sim, eu não estou louco (desculpe, os pensamentos intrusivos venceram)! O Almanaque Temático #75 do Cebolinha na verdade é do Louco. Entendeu? Então vem que eu te explico.

Esse almanaque do Cenourinha Cebolinha traz apenas histórias do Louco. Para quem não sabe, o Louco aparece apenas nas histórias do Cebolinha, embora eu tenha quase certeza que já li uma história dele no Parque da Mônica com a "golducha" como protagonista da história juntamente ao Cebola.

Desde que soube que seria pai de uma menina há uns 6 anos atrás eu decidi começar uma pequena coleção de quadrinhos da Turma da Mônica para incentivar ela a ler. Foi nessa época de idas para consultas de pré-natal que passei a prestar atenção nas revistinhas da Turma e encontrei alguns almanaques do Louco à venda. Comprei o primeiro e eu e minha esposa gostamos, então seguimos lendo e comprando.

Nessa leva conseguimos comprar os volumes 15, 16, 17 e 18. O volume 18 acabou sendo o último volume a revistinha foi cancelada? Baixas vendas? Não sabemos. 

almanaques do louco
Almanaques do Louco. Fonte: Guia dos Quadrinhos

O fato é que mesmo anos depois eu sempre dou uma olhadinha na banca na esperança de terem voltado atrás e relançado o Almanaque do Louco, e dessa vez eu cheguei bem perto. Quando vi a capa fui seco comprar o gibizinho e só depois que eu comecei a ler foi que percebi que na verdade era um almanaque do Cebolinha, embora na lombada esteja escrito "Almanaque temático Louco N° 75".

Quanto as histórias em si, gostei da primeira e da terceira  e da quarta história. As demais achei um tanto repetitivas as piadas: repetem-se as piadas da borracha, de enterrar o cebolinha para fazer uma plantação de "cebolinhas", piada do louco batendo os braços para voar, piada de alguém chorando e acontece uma inundação. Fiquei até surpreso que uma das histórias o Cebolinha começa a se recusar a fazer determinadas coisas ou falar certas palavras porque ele já sabe o que vai acontecer em seguida.

Além disso, tem várias histórias que já saíram encadernadas nos antigos almanaques do Louco, enquanto histórias mais recentes publicadas na revista do Cenourinha Cebolinha não foram republicadas. Fiquei sem entender. 

Na primeira história, o Cebolinha chama o Cascão para mais um plano infalível, Cascão sai correndo porque não quer apanhar e o Louco aparece para ajudar o Cebolinha em seu plano. Essa história se chama "Planos malucos". A terceira história do almanaque se chama "Chuvas Malucas" e tem uns trocadilhos legais.

A quarta história se chama "Um gênio muito louco" onde o Cebolinha acha uma lâmpada mágica e quem sai de dentro dela é o Louco, óbvio (nessa já repete a piada da borracha presente na segunda história sem o menor pudor). 

Tem uma parte legal onde o Louco da um prêmio de consolação para o Cebolinha que é uma revista própria com suas histórias solo. Ele fica emocionado, mas logo percebe que foi enganado, pois ele já está em sua própria revista. Então o louco diz para ele que é feio ser egoísta e que tem que aprender a dividir, então ele vai ter apenas metade da revista.

Cebolinha fica indignado e pergunta quem é que queria ter apenas metade de uma revista e depois disso aparecem o Xaveco, Denise e Luca correndo atrás da metade da revista. 

Almanaque temático 75 Louco

Se o almanaque tivesse sido mais barato eu teria ficado mais satisfeito, mas o preço foi de R$18,90. Achei salgado, mas valeu a pena porque minha esposa leu as histórias para a minha filha e ela adorou. Este almanaque tem 160 páginas no total.

08/08/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.3 (Titan Comics)

 

A Espada Selvagem de Conan 3 Titan Comics Capa

Apesar de atrasado, enfim chega às bancas o volume 3 de A Espada Selvagem de Conan. O primeiro volume foi lançado em Dezembro, o segundo em Março e o terceiro apenas em Julho (apesar de no site da Panini ainda constar como pré-venda e com data de lançamento para Agosto, vai entender).


No site, comprando na pré-venda você vai pagar frete, não vai ter desconto e ainda vai receber depois de quem compra nas bancas. Que baita negócio, parabéns Panini!

Paninices à parte, vamos ao que interessa, as histórias de Conan e Solomon Kane

Começando pelo Kane, chegamos aqui ao final do arco "Mestre da Caçada". Como era de se esperar, o herói puritano encontra e enfrenta o grande vilão da história para poder salvar as pessoas sequestradas por ele.

Como pontos interessantes nesse desfecho de arco, destaco o background do vilão, mostrando como e porque ele veio parar em nosso mundo, e também como Kane tem que lidar para derrotar um oponente muito mais forte do que ele.

Como pontos negativos, a história foi extremamente linear e previsível. Houve poucos e breves momentos interessantes. Uma coisa que eu achava que seria mais explorada nesse arco era como Solomon Kane iria conciliar sua fé cristã quando ele não desse conta de enfrentar o vilão do momento e tivesse que apelar para artefatos e/ou deuses de outros panteões.

Até teve esse momento de hesitação, mas foi tão breve e pouco explorado que não valeu praticamente nada. Torço para que isso seja explorado nas próximas histórias.

No geral, foi um arco mediano conduzido por Patrick Zircher (roteiro e arte).

Agora, falemos do dono do título.

Assim como as edições anteriores, temos aqui uma história fechada do personagem assinada pela dupla Frank Tieri (roteiro) e Cary Nord (arte). Tal qual a história do volume 2, já começa aqui nos chamando atenção porque Conan está na pior. Ele foi transformado em Lobisomen e não vai medir esforços para se livrar dessa maldição!

Achei a premissa bem interessante e gostei da história no estilo "vingança até as últimas consequências". Só achei que no confronto final Conan poderia ter bolado alguma armadilha assassina em massa no estilo "Punisher", atraindo um grande número de bandidos para um único lugar para dar cabo de todos de uma só vez. Mas o autor preferiu que o Cimério vencesse na força bruta mesmo no melhor estilo "máximo esforço".

Ainda terminamos a história com uma piadinha bem bolada. Não sei vocês, mas eu fiquei satisfeito.

Pela ordem da revista, essa história de Conan é a primeira, depois temos Solomon Kane e, para a minha supresa, temos uma terceira história, novamente com o bárbaro, mas dessa vez trata-se de uma história muda, sem diálogos.

Nela, Conan sofre um acidente e depois é atraído por uma bela representante do sexo oposto para uma armadilha mortal.

História OK, não tem muito o que comentar sobre ela. História escrita e desenhado por Alan Quah.

Assim como o volume 2, este volume 3 da "A Espada Selvagem de Conan" conta com 64 páginas. Eu estava na dúvida se o padrão seriam 64 páginas ou 80 páginas como foi o volume 1, então aqui está a minha confirmação.


A Espada Selvagem de Conan 3 Titan Comics Arte interna Cary Nord

E vocês, estão acompanhando A Espada Selvagem de Conan da Titan Comics? Se sim, o que estão achando?

Caso tenho gostado dessa resenha, considere comprar a Espada Selvagem de Conan 3 pelo meu link e me ajude a comprar mais gibis. Obrigado!

Nos vemos no volume 4!

A Espada Selvagem de Conan Volumes 1, 2 e 3
A coleção até aqui

Capas Variantes

A Espada Selvagem de Conan 3 Titan Comics Capa Cary Nord
Capa variante por Cary Nord

31/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.2 (Titan Comics)

A Espada Selvagem de Conan Vol 2 Titan Comics
Arte de Dave Dorman

No segundo volume de A Espada Selvagem de Conan temos mudanças na equipe criativa do Cimério. Saem John Arcudi e Max Von Fafner e assumem o título Jim Zub (roteiro) e Richard Pace (arte). Vale destacar que, assim como no volume anterior, a história dessa edição é autocontida, ou seja, ela basta por si própria. Será que todas as edições de ESC trarão histórias fechadinhas do bárbaro? A conferir.

A história dessa edição nos apresenta uma rara oportunidade onde Conan encontra-se quebrado, de corpo e espírito. Após sua caravana ser brutalmente atacada por monstros humanoides, que não poupam sequer as crianças, o bárbaro depende da sua própria e feroz força de vontade, e também de uma ajuda inesperada, para se recuperar dos seus ferimentos até o ponto onde, logicamente, irá em busca de vingança por si próprio e por seus companheiros caídos.

Esta trama traz um tema bem recorrente nas aventuras do Cimério que é o fanatismo religioso. Não obstante, nesse caso o "Deus" (com ou sem aspas, não consegui decidir) em questão é bem real, em carne, osso, garras e presas e vale-se da fome humana para recrutar seus discípulos - de uma forma um tanto definitiva e horrenda. 

Ele oferece alimento para que as pessoas tornem-se "carne da sua carne", por assim dizer, para que eles possam matar outras pessoas e cultivar suas almas em um "jardim", onde posteriormente as almas dos finados servirão de alimento para os novos discípulos, em um ciclo sem fim.

Se não fosse Conan, claro!

Não poderia deixar de mencionar a arte dessa publicação, pois a comparação com o trabalho primoroso de Max Von Fafner na edição 1 (confira aqui a resenha) é quase impossível e até mesmo injusta. Fafner está em um nível que poucos desenhistas no mundo estão. 

A arte de Richard Pace é mais "suja", com muitas linhas e passa um aspecto de rabiscado, como se ele tivesse feito os esboços e tivesse faltado uma arte-final para polir os desenhos. Em todo o caso, o trabalho de Pace é competente e combina com o clima sombrio e sujo dessa história.

A Espada Selvagem de Conan 2 Titan Comics

Diferentemente da edição, não temos um conto de Conan em prosa após o término da história.

A seguir, vamos para o segundo capítulo do arco "Mestre da Caçada", onde Solomon Kane, agora em companhia de um velho conhecedor das religiões pagãs (um contraponto ao cristão puritano Kane), continua em busca do fazendeiro desaparecido e seu filho, além de outros locais da região, onde Kane acabará esbarrando não só na criatura que realizou os assassinatos e sequestros, como também com uma divindade pagã, que imagino eu, gerará um bom desenrolar da história com o caçador tendo que lidar com a sua fé e com o que está bem diante dos seus olhos.

A decepção nessa história fica por conta do pequeno número de páginas, apenas oito. Não sei se isso era para ser assim mesmo ou se foi algum problema de prazos que aconteceu com Patrick Zircher, mas não consegui encontrar nada sobre. 

A título de comparação, o volume 1 teve 80 páginas, enquanto este teve apenas 64.

No fringir dos ovos, A Espada Selvagem de Conan continua bastante interessante e me deixa ansioso pelo próximo volume.

Galeria de Capas

A Espada Selvagem de Conan 2 Capa Variante
Arte de Nick Marenkovich

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27/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.1 (Titan Comics)

Foto: IG poptopia

Conan está mesmo em alta, por Crom! 

Em novembro passado fui surpreendido nas bancas quando me deparei com o volume 1 da nova encarnação de A Espada Selvagem de Conan, sucesso de público lá pelos idos da década de 70, que contou com grandes artistas como Roy Thomas, Neal Adams, John Buscema, Barry Windsor-Smith, Alfredo Alcala, entre outros.

A série original de Espada Selvagem de Conan foi publicada entre 1974 e 1995, totalizando 21 anos ininterruptos. Desconheço outra série que tenha tido uma publicação tão longa sem ter passado por um reboot no meio do caminho. No total, ela teve 235 edições.

Entre 2019 e 2020 a Marvel fez uma segunda versão da ESC (chamarei de ESC daqui em diante para facilitar a vida desse vosso escriba digital). E desde 2022, a pouco conhecida editora Titan Comics comprou os direitos do bárbaro criado por Robert E. Howard e nos traz a terceira versão da revista.

A versão atual vem sendo publicada no Brasil pela Panini Comics e, julgando apenas pela primeira edição, vem fazendo um bom trabalho até aqui. A ESC atual, tal qual sua versão original, é preta e branca no formato magazine, mais ou menos o tamanho de uma revista semanal de notícias, e tanto as cores em P&B e o formato maior que o tradicional valorizam demais a arte da revista. A título de comparação, versão anterior da Marvel era em formato de comics americano e também era colorida.

A Espada Selvagem de Conan traz -obviamente- histórias de Conan, porém sem tantas amarras editorais como as revistas mais tradicionais do personagem publicada em formato de comics. Isso se traduz em histórias com violência mais explícita e também em nudez feminina -que é belissimamente ilustrada nessa edição por Max Von Fafner e roteiros de John Arcudi (Mulher-Maravilha: Preto e Dourado, O Máskara). 

A Espada Selvagem de Conan nudez feminina

Além da história em quadrinhos do Conan, ao final do primeira história (autocontida), temos um conto de duas páginas em prosa ao melhor estilo Conan: inimigos perigosos, Deuses cruéis, ambiente inóspito e uma bela donzela a ser salva pelo gigante de bronze.

E, também para a minha surpresa, a revista traz ainda uma segunda história com outro personagem de Robert E. Howard. Dessa vez quem dá as caras é o casmurro Solomon Kane, em uma história escrita e desenhada por Patrick Zircher (Superman, Homem-Aranha).

Diferentemente da história de Conan, este é apenas o primeiro capítulo de um arco de histórias de Kane. A história do caçador puritano tem menos páginas que a do cimério, porém não perde em qualidade, trazendo uma trama que promete contrapor a visão cristã do protagonista com elementos místicos e sombrios de outros panteões.

Soloman Kane Titan Comics

Quanto à história de Conan, temos aqui tudo o que um fã do Cimério poderia querer: exércitos em campanha, embates brutais, lutas impossíveis, traições, feras e máquinas de guerra e um clima de tensão sexual no ar. Tudo isso lindamente desenhado por Max Von Fafner.

A Espada Selvagem de Conan Max Von Fafner
@maxfafner foto do Instagram do artista

Como se tudo isso não fosse o suficiente, para abrilhantar ainda mais essa edição temos um belo pôster com um mapa da Era Hiboriana, uma introdução por ninguém mais, ninguém menos que Roy Thomas, o editor e principal escritor da ESC original -e também um ensaio sobre o impacto cultural de Solomon Kane, que praticamente sacramentou a visão que a cultura pop tem dos caçadores de vampiros, bruxas e monstros. E, por fim, traz também uma galeria de capas alternativas, totalizando 80 páginas.

E tudo isso apenas no volume #1. Ufa!

Por Crom, você seria louco de não ler esta belíssima magazine!

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Galeria de capas variantes

Capa de Gerard Zaffino e Shane Bailey



24/07/2025

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado e sua arte deslumbrante

Mulher Maravilha preto e dourado capa

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado foi lançado originalmente em 2021 nos EUA para celebrar o aniversário de 80 anos da criação da personagem do psicólogo William Moulton Marston.

Tal qual outras publicações nessa mesma linha, como Arlequina: Preto + Branco + Vermelho e Superman: Vermelho e Azul, a arte deste quadrinho tem apenas três cores básicas: preto, branco e dourado, e é por aí que quero começar esta resenha.

Utilizar apenas estas três cores dá um destaque incrível para a arte dos diversos desenhistas e coloristas que participam desse projeto. Até mesmo por isso, trata-se do ponto alto (altíssimo, eu diria) dessa HQ. 

Apesar de a Panini ser reconhecida pelos seus constantes erros editoriais e gráficos, aqui não há do que se reclamar: o trabalho de produção foi excelente e graficamente falando Mulher-Maravilha: Preto e Dourado é absolutamente deslumbrante!

Já a história em si é composta por dezenas de contos curtos de no máximo oito páginas, todos autocontidos. Como já é de praxe nesse tipo de publicação, a qualidade das histórias oscila demais, tendo algumas histórias muito boas com gostinho de "quero mais" que poderiam ser desenvolvidas em publicações solo dando mais tempo e espaço para os autores desenvolverem seus argumentos.

Já outras são apenas desperdício de papel.

Tem uma em especial que eu preciso destacar porque eu não acreditei quando li. Até reli para ver se eu não tinha entendido direito, mas não me parece que tenha sido o caso.

No conto "Mal Nenhum", Mulher-Maravilha é convocada por Vixen para viajar para a órbita terrestre  para investigar um fenômeno chamado "nebulosa", que apesar de inofensivo, tem chamado a atenção da população. 

Diana é convocada por Vixen porque apenas ela, graças a seus poderes, é capaz de conversar com os Tardígrados, um animal microscópico (que existe de verdade) que eu tenho certeza que já vi em algum filme ou série, que são os responsáveis por desencadear a tal nebulosa no espaço e que está sendo vista na Terra.

Esse carinha aí é o Tardígrado

E os Tardígrados tem um plano para invadir a Terra? Para escravizar os humanos? Talvez eles queiram avisar que o planeta esteja indo para o vinagre e estão metendo o pé igual aos golfinhos de O Guia do Mochileiro das Galáxias? 

Não, nada disso!

Os Tardígrados querem conversar com Diana e se valerem de sua experiência diplomática para falarem sobre alterações climáticas e pobreza global. E logo após isso ser revelado a história acaba.

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A autora dessa história é a escritora nigeriana Nnedi Okorafor que, segundo sua página na Wikipédia, é vencedora de vários prêmios literários. 

Como uma autora premiada consegue escrever uma história onde esses animaizinhos vão para o espaço para conversar sobre pobreza e alterações climáticas com um super-herói?

Para mim, é apenas um trabalho preguiçoso OU uma oportunidade de utilizar uma personagem famosa para empurrar sua agenda política. Provavelmente as duas coisas.

(e você achando que não teria como superar os carangueijos com asinhas de morcego do Lovecraft, mas que boboca!)

E esse não é o único conto em que isso acontece. Há outro em que a Mulher-Maravilha participa de protestos do Black Lives Matter, por exemplo. 

Mas, voltando a falar de coisas boas, gostaria de destacar algumas histórias.

A primeira é "Eu sou eterna", escrita por John Arcudi (Lobo/O Máscara, Hellboy) e ilustrada por Ryan Sook (Hellboy, Buffy). Nela, vemos Diana lutando durante a Segunda Guerra Mundial ao lado de soldados comuns. Depois, somos transportados para o presente, onde em uma reunião da Liga da Justiça, Bruce questiona Diana sobre o quanto ela realmente leva a sério a luta pela humanidade, já que ela é uma semideusa (ou coisa que o valha) imortal com milhares de anos de idade, enquanto a vida humana é tão frágil e fugaz.

Mulher Maravilha Ryan Sook

A segunda história, escrita pelo australiano Andrew Constant (Etrigan, Batman) e desenhada (lindamente!) pela artista Nicola Scott (que já tinha trabalhado anteriormente na mensal da MM), mostra Diana tendo que sacrificar um amigo querido, pois este enlouqueceu com a idade avançada e o contato com os humanos e tornou-se uma ameaça. 

De coração partido, a Mulher-Maravilha roga à Artemis, a Deusa da Fauna e do Mundo Selvagem, que guie o espírito do seu amigo para o além-vida, sabendo que foi muito amado e que possa encontrar a paz, e sua prece é prontamente atendida. 

Uma história com roteiro e artes maravilhosos, sem dúvida a mais bela de toda essa publicação.

Mulher Maravilha Nicola Scott

A terceira e última chama-se "O Profeta", escrita e magistralmente ilustrada por Liam Sharp (Gears of War, Juiz Dredd). Nela, vemos um escritor desesperado por ajuda de sua psicóloga, pois ele vem sendo atormentado por visões cada vez mais reais de uma luta entre Amazonas, que perigosamente estão saindo dos seus sonhos e adentrando o mundo real, até ele receber a visita da filha de Hipólita...

Mulher Maravilha Preto e Dourado Liam Sharp

E para quem recomendo Mulher-Maravilha: Preto e Dourado?

Acredito que essa publicação cai bem para quem é muito fã da Mulher-Maravilha ou que está atrás de uma publicação onde a arte seja o grande destaque. Essa HQ é praticamente um livro de arte, tirando uma ou outra história com a arte mais fraca aqui e acolá.

A edição da Panini conta com uma bela sobrecapa, o que nos proporciona ter a arte de duas capas e mais uma terceira na contracapa, pra mim foi uma excelente escolha.

Porém, por se tratar de uma edição comemorativa de 80 anos da personagem, achei que fez falta um texto do editor com um breve resumo das décadas de "vida" da Princesa de Themyscira. Bola fora.

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Galeria de Capas

Mulher Maravilha capa por Yanick Paquette
Arte de Yanick Paquette


Arte de Carla Cohen

Arte de Joshua Middleton

Arte de Lee Bermejo

Arte de David Mack


Arte de Rose Besch


Arte de Janaína Medeiros


Arte de Matías Bergara

16/07/2025

Juiz Dredd Essencial: Necrópole

Juiz Dredd Essencial Necrópole Capa

Depois de três anos, resolvi dar sequência a minha leitura de Juiz Dredd Essencial: Juiz Dredd vs Juiz Morte. E devo dizer que valeu muito a pena!

"Necrópole" é uma das histórias mais icônicas e sombrias do Juiz Dredd, originalmente publicada nos anos 1990 na revista britânica 2000 AD, escrita por John Wagner e magistralmente ilustrada pelo já finado Carlos Ezquerra (2018), os dois criadores do personagem. 

A edição "Essencial" publicada pela Editora Mythos reúne esse épico em um único volume, permitindo que leitores acompanhem em sequência o arco em que Mega-City Um, aka Megona, mergulha no caos gelado da morte.

Vale mencionar que este arco é uma continuação direta de "Juiz Dredd Essencial: Juiz Dredd vs Juiz Morte", embora muitas coisas importantes tenham acontecido nesse meio tempo, como um clone do Juiz Dredd, a morte do tutor de Dredd, Morph, e também a "aposentadoria compulsória" de Dredd, que saiu na "Longa Caminhada" após perder a fé no sistema judicial em Mega-City Um.

Obs: Para quem, assim como eu, não sabia o que é "A Grande Caminhada", recomendo a leitura deste artigo na Fandon do JD.

Se você começar a ler este volume e se sentir perdido, não desanime. Não ter lido as histórias passadas não vai fazer tanta diferença assim para o entendimento desta e a Mythos colocou um bom resumo introdutório neste volume, então confia e vai!

No começo do volume, já vemos de cara que Dredd não está mais na cidade, mas foi substituído pelo seu clone, Kraken, que agora patrulha a cidade ostentando o nome de Dredd, sem que quase ninguém saiba na Central que ele não é o Dredd de verdade. 

Juiz Kraken

Após sermos apresentados ao Kraken, passamos a acompanhar um pouco do que aconteceu na primeira visita do Juiz Morte à Megona, onde ele invade o Condo Dunc Renaldo e faz várias vítimas com o seu julgamento, no qual o veredito sempre é a morte.

Juiz Dredd Necrópole
No meio de tanta violência e terror o mestre Ezquerra ainda encontra espaço para uma pitada de sensualidade

Após fazer várias vítimas no Condo, o Juiz Morte chega ao quarto do casal Xena e Chip. Xena levanta e vai atender a porta, o Juiz a pega pelo braço e começa a fazer seu julgamento quanto é alvejado pelos Juízes com as incendiárias, obrigando-o a fugir, pois embora não possa ser morto, as armas com tiro incendiários dos Juízes podem fazer dano o suficiente para destruírem a "casca" que lhe serve como corpo e prende a sua alma ao mundo dos vivos.

Xena é salva, fica dias internada no hospital até que volta para casa. Porém, ela não é mais a mesma.

O estado de saúde dela piora com os dias, até que ela começa a fica agressiva e ameaça seu marido com uma faca para que não a toque nunca mais e nem comente sobre sua saúde com ninguém. Aos poucos, ela vai transformando seu apartamento em um altar ao Juiz Morte. 

Seu marido Chip, desesperado, não sabe mais o que fazer. As coisas vão piorando até que Xena mata Chip em um ritual para que as Irmãs Morte, Fobia e Náusea, possam atravessar para o nosso mundo e coloquem em prática seu plano para resgatarem os Juizes Morte, Ruína, Fogo e Medo a escapar do limbo para onde foram enviados ao término do volume passado.

Depois de atravessarem para o nosso mundo, as Irmãs Morte começam a entrar na cabeça de Kraken e a influenciá-lo a ajudarem a executar seu plano. Com a confiança e o livro acesso à Central, Kraken vai ser um aliado valoroso para que elas consigam saber como resgatar os juízes do limbo e também a atrair a Juíza Psi Agee para ser usada como âncora no lugar da já fraca Xena. 

Com seus poderes Psi, a juíza vai ser uma arma muito poderosa para amplificar os poderes das irmãs morte e literalmente transforma Mega-City Um na Necrópole

E tudo isso é apenas o começo da trama de Necrópole. No desenrolar da história ainda teremos, obviamente, a volta do Juiz Dredd além de uma outra importante personagem, mortes (na casa dos milhões), muitas traições e reviravoltas. É de começar a ler e ficar com a bunda colada na cadeira até o final!

E a arte de Carlos Ezquerra, meus amigos, o que é isso? Ele consegue fazer as cenas de terror e violência ficarem belas com seus desenhos e a coloração sensacional que ele empregou nessa história. É de tirar o chapéu!

Juízes Morte

Não acho que vale a pena ler este volume sem ter lido o volume anterior, mas recomendo fortemente caso você já tenha um interesse pelo personagem a ir atrás desses dois encadernados. Vale muito a pena!


13/07/2025

Sussurros na Escuridão - O último conto de HP Lovecraft (Graças a Deus)

capa do livro "sussuros da escuridão" de HP Lovecraft

Não tinha como não comentar meu desfecho literário com H.P. Lovecraft depois dos meus últimos posts contanto como foi minha experiência com os primeiros dois livros, de um total de três, de contos do autor publicados pela Editora Pandorga (que nome ruim, por Crom!).

Não vou ficar me repetindo sobre a experiência com os dois primeiros volumes, os breves relatos estão aqui e aqui contando minha decepção com o Cthulhu e minha positiva surpresa com "A cor que caiu do espaço".

Diferente dos outros dois livros, este último traz apenas um único e longo conto chamado "Sussurros na escuridão".

Este conto foi escrito entre fevereiro e setembro de 1930 e publicado em agosto de 1931 na revista "Weird Tales", a mesma que publicada os contos de Conan, o Bárbaro.

Citando a introdução do conto:

"Em Sussurros na escuridão, Lovecraft insinua mais uma vez sua filosofia de vida e demonstra claramente sua descrença na supremacia humana. Mostra-nos como, quase sempre, seus heróis eruditos são forçados a enfrentar um novo e terrível paradigma. É o habitual, o tranquilo e o previsível sendo arrebatado pelo sobrenatural, deixando o rastro de horror em um mundo onde os seres humano não estão sozinhos".

O conto começa como tudo do Lovecraftcarta, relato, meta-relato, lendas locais, disse-me-disse, fofoca de cidade do interior, etc. Aqui, o professor Wilmarth se envolve numa troca de correspondências com o misterioso Henry Akeley (um aposentado com muito tempo livre e "doidinho do centro" local).

Akeley mora em Vermont, região rural, cheia de florestas escuras, riachos gelados, colinas e fazendas onde se você escuta um porco guinchando pode ser só um porco mesmo ou o som de um ritual ancestral para invocar deuses cósmicos. Nunca se sabe.

Enfim, Akeley escreve cartas cada vez mais paranoicas para Wilmarth, dizendo que existem “seres” no bosque, “coisas” que aparecem à noite, que deixam marcas, vozes sussurradas em tons sinistros e que o estão perseguindo por tentar alertar as pessoas sobre sua existência, pois de todos os seres humanos que viram esses criaturas com os próprios olhos, não sobrou nenhum para contar história.

sussurros na escuridão ler online

A maior parte desse conto se passa através de leitura de cartas, um diálogo entre Wilmarth e Akeley. As cartas ficam cada vez mais assustadoras conforme os dois vão trocando informações sobre as estranhas criaturas, até o momento em que estas tentam continuamente isolar Wilmarth em sua fazenda, cortando sua linha de telefone e interceptando suas cartas, para que este pare de divulgar informações sobre elas, até chegar ao ponto de tentarem assassiná-lo todas às noites.

Isso vai ocorrendo até que Akeley recebe uma carta muito estranha de Wilmarth dizendo que ele fez as pazes com as criaturas e que estas o chamaram para visitar seu planeta natal, Yuggoth, que fica ali na borda da galáxia, mais ou menos onde Judas perdeu as botas.

Claro né, quem nunca quis dar um rolê espacial com caranguejos alienígenas com asinhas de morcego?

Ah é, eu esqueci de mencionar, tais seres se parecem com caranguejos alienígenas do tamanho de um homem e que tem asinhas de morcego pequenas que não servem para voar e que falam com uma voz sinistra e quase incompreensível.

Não vou mentir, a escrita de Lovecraft nesse conto e o clima de suspense me pegou, mas me incomodou pra caramba da grande ameaça serem caranguejos-gigantes-com-asinhas-de-morcego. Fica um pouco difícil de levar as coisas a sério desse jeito, mas ok.

Nesse momento da história achei que haveria uma grande reviravolta porque ÓBVIAMENTE que isso seria uma mentira e uma estratégia para atrair Wilmarth até a casa de Akeley e dar um fim nele.

MAS ELE ACEITA A VAI ATÉ LÁ SÓ POR CURIOSIDADE!

Quase desisti do livro nessa hora, mas já tinha ido longe demais pra voltar atrás (grandes cagadas já foram cometidas após alguém dizer essa frase).

Ao chegar na cabana, Wilmarth percebe que as coisas, ÓBVIAMENTE, estão estranhas. Não vou falar mais para entrar em spoilers, mas o final é bem anticlimático.

Não achei a leitura ruim, mas também não recomendo a ninguém. 

Na verdade, em retrospectiva não acredito que li mais de 100 páginas de um conto sobre caranguejos espaciais com asinhas de morcego... talvez eu devesse repensar as minhas escolhas de vida.



24/08/2022

Boa Noite Punpun: O trenzinho do Hype decepciona mais uma vez

Fala caros leitores do Estante Nerd, tudo na paz?

Hoje vamos falar do mangá Boa Noite Punpun, de Inio Asana, publicado no Brasil pela Editora JBC. O volume 01 tem 432 páginas, foi relançado por aqui originalmente em 2019 e ganhou uma reimpressão agora em 2022.

Boa Noite Punpun volume 01

Sem mais delongas, vamos a sinopse deste mangá que eu achei no site oficial da JBC:

“Boa Noite, Punpun” (Oyasumi Punpun), um dos grandes sucessos do renomado autor de mangás Inio Asano, o mesmo de Nijigahara Holograph e Solanin, está chegando pela primeira vez ao Brasil pela Editora JBC!

Publicado originalmente pela Revista Weekly Young Sunday (Editora Shogakukan), de março 2007 a novembro de 2013, a obra escrita e ilustrada por Asano narra a história do garoto Punpun Punyama, que tem uma característica curiosa: enxergar a si mesmo e a sua família como passarinhos. A trama compreende quatro fases distintas da vida de Punpun: o Ensino Infantil, o Fundamental, o Médio e, por fim, a chegada aos seus 20 anos de idade.

Neste mangá do gênero slice of life, os temas abordados mostram o início da vida de um adolescente nos aspectos psicológicos, físicos e sociais. Por ser denso e tratar de temas atuais como depressão, autoestima e discussões da vida moderna, a obra ganhou a atenção de leitores do mundo todo e foi destaque em premiações como recomendação do Júri, no 13º Japan Media Arts Festival Awards (2009) e como indicado a Melhor Edição Americana de Material Internacional (Ásia) no Eisner Awards (2017).

Complementando a sinopse da JBC, a trama gira em torno de Punpun, um adolescente japonês que está entrando na adolescência e vive os dramas da idade, como a paixão por Aiko, sua nova colega de classe, a pressão para escolher uma profissão e a descoberta da sexualidade.

Para complicar ainda mais, seus pais tem um relacionamento extremamente conturbado. Tudo isso faz com que Punpun veja a si mesmo e a sua família de forma diferente das outras pessoas, por isso ele é retratado como uma espécie de passarinho na história, enquanto seus amigos são "normais", mas todos eles enfrentam seus próprios dramas pessoais.

Uma coisa que me incomodou bastante nesse mangá é que os adultos desta história, muitas vezes se comportam como completos loucos e sem um motivo aparente, pelo menos até o fim do primeiro volume. 

Boa noite punpun

Não sei se não entendi a metáfora da história, mas isso me incomodou, pois ficou parecendo simplesmente "maluquice por maluquice". Chega ao ponto de em alguns momentos as expressões destes adultos me lembrarem um mangá de terror de tão esquisito.

Quando terminei de ler este primeiro volume fui procurar algumas resenhas e todas, sem exceção, são muito elogiosas a obra e se mostram muito empolgadas com a qualidade da mesma. 

Boa Noite Punpun vale a pena?

Eu reconheço que ela tem qualidade sim, mas não compartilho de tamanha empolgação com esta obra e não vou continuar acompanhando mais seis volumes de Boa Noite Punpun (são 7 ao todo).

Se ele ainda fosse menor e tivesse umas duas ou três edições ao todo eu até continuaria lendo, pois até o final de obra vamos acompanhar os personagens crescendo e chegando até a vida adulta, algo semelhante ao filme Boyhood, mas tenho muitos quadrinhos e livros para ler e pouco tempo e dinheiro disponíveis, então priorizar é preciso.

Dou uma nota entre 6,0-7,0.

E você caro leitor, o que achou de Boa Noite Punpun? 

Boa noite punpun ler online


17/08/2022

Mágico Vento 02 - Garras: Vale a pena?

Fala, leitores do Estante Nerd, tudo bem?

Lembram que há algumas semanas atrás eu fiz o review do volume 01 de Mágico Vento e que fiquei na dúvida se leria o volume dois por ter achado o volume 01 apenas "morno"? Pois bem, li o segundo volume dessa série da editora italiana Bonelli e trago aqui a minha opinião sincera.

Mágico vento garras

A publicação tem 100 páginas em preto e branco, capa cartão e papel off-set e é publicado no Brasil pela Editora Mythos.

Nesse segundo volume, Ned Ellis (o nome civil do Mágico Vento) e Poe retornam à aldeia Sioux que é o, digamos, "lar adotivo" do Mágico Vento. Chegando lá eles encontram os membros da aldeia aos prantos, pois um jovem menino foi sequestrado por uma águia e ninguém conseguiu encontrar o garoto, não sabendo até então se ele estava vivo ou morto. 

Claro que sobrou para o Mágico Vento resolver esse mistério, enquanto descobre coisas sinistras sobre o passado de membros de sua aldeia.

Nessa trama a pegada sobrenatural iniciada no final do primeiro volume fica ainda mais intensa, deixando o Poe perplexo e assustado com o que vê, simbolizando a estranheza do homem civilizado com as práticas místicas dos Sioux.

Um ponto que achei estranho nesse segundo volume é como o Poe, um jornalista que vive em uma cidade grande, conseguiu se dar tão bem e tão rapidamente com os membros da tribo de Ned, e também como conseguiram tantos índios que sabem falam inglês fluentemente em uma mesma tribo a ponto de se comunicar sem problemas com um homem branco que não sabe falar o idioma local, porém relevei isso, são conveniências do roteiro para fazer a trama fluir bem, e não da para negar que funciona bem.

Mágico Vento 02 - Garras: Valeu a pena?

Mágico Vento 02 Garras

Quanto terminei o volume 01 de Mágico Vento eu o avaliei como "morno" uma obra que tem uma nota ali por volta de nota 7,0-7,5. Não é muito boa, muito menos ruim, e fiquei na dúvida se leria a segunda edição.

Lendo alguns comentários na internet, vi pessoas dizendo que daqui pra frente só melhorava e que "Garras" era uma história ótima e resolvi dar mais uma chance.

Dito isto, continuo achando a história "morna". É um roteiro legal, história fechadinha, mas talvez esse tema de cultura índigena e western no geral não sejam para mim, mas não deixa de ser uma leitura interessante.

Como pontos positivos posso destacar os mesmos do volume 01: a história "anda" o tempo todo, não tem enrolação em momento algum, a arte é competente e o desfecho é satisfatório.

No entanto, acho que posso dizer que estou começando a me apegar a dupla Ned&Poe. Além disso, estou muito saturado de HQs de super-heróis e mangás tem séries longas demais que cansam de acompanhar por tanto tempo, então é bem provável que eu leia o terceiro volume da série do Xamã Mágico Vento e seu amigo jornalista atrapalhado.

10/08/2022

Táxi: Histórias Passageiras / Gigant Vol.1

Olá, galera do Estante Nerd, tudo beleza?

Hoje temos quadrinho europeu e quadrinho nipônico aqui na Estante, uma resenha dupla! 

Táxi - Histórias Passageiras: Vale a pena?

Táxi Histórias Passageiras Conrad

01/08/2022

Eu, Lixeiro de Derf Backderf - Vale a pena?

Fala meus caros leitores, tudo na paz?


Hoje vou falar do quadrinho "Eu, Lixeiro" de Derf Backderf, o mesmo autor de "Meu Amigo Dhamer" e "Kent State - Quatro morto em Ohio", ambas as HQ's já lançadas aqui no Brasil. Essa obra tem 256 páginas, capa dura e é um lançamento da Editora Darkside Books.

Em Eu, Lixeiro, logo no prefácio da obra, Derf diz que trabalhou como lixeiro entre os anos de 1979 e 1980, pouco tempos depois de Jeffrey Dahmer começar a cometer os assassinatos relatados em Meu Amigo Dahmer, tendo inclusive jogado os restos mortais de uma das suas vítimas no lixo comum, já dando uma espécie de "introdução" ao perigoso, sujo, surpreendente e invisível trabalho dos lixeiros.

eu lixeiro derf backderf hq

27/07/2022

Lendas do Universo DC - Liga da Justiça Internacional: Valeu a pena?

Fala, leitores do Estante Nerd, tudo na paz? 

Hoje vou dar minha opinião sobre a coleção Lendas do Universo DC - Liga da Justiça, que teve sua publicação completa finalizada pela Panini Comics.

Lendas do Universo DC Liga da Justiça Internacional

24/06/2022

Últimas leituras - Junho 2022 - Parte 1

Fala galera do Estante Nerd, tudo em paz?


Difícil né, ultimamente não está fácil.


É treta em "todes" as redes sociais, inflação, guerra, política, HQ's insanamente caras (como quase todo o resto).


Só esse mês o plano de saúde da minha filha e o da minha esposa juntos aumento + de R$200,00!


É menos dinheiro ainda que sobram para os quadrinhos.


Pensando em custo+benefício, comprei um tablet para ler quadrinhos e também voltei a pagar o Game Pass, serviço do Xbox que é uma espécie de "Netlifx" de videogames, mas isso é assunto para outro post.


Vamos às leituras!


Nas últimas semanas eu li, entre scans e quadrinhos impressos:

  • Os omnibus do Conan da Dark Horse, volume 3; 
  • Lavennder, 
  • A Saga do Demolidor volumes 1 e 2, 
  • A obsolescência programada dos nosso sentimentos, 
  • SAGA (de Brian K Vaughn) volumes 3 ao 6

Vamos aos comentários + nota

Conan Omnibus Vol 3 - Do começo até mais ou menos a metade as histórias são boas, mas da metade para o final fica espetacular, de tirar o fôlego! O arco do Colosso Negro é sensacional e certamente está entre as melhores histórias do cimério! Pelo menos no meu gosto pessoal! E a arte, a arte nessa fase do Conan pela Dark Horse dificilmente fica em algo que não seja acima da média! Essa edição conta com roteiro de Timothy Truman e arte de Tomás Giorello e Richard Corben! Só pra não dizer que tudo são flores, achei que em algumas páginas os balões e recordatórios ficaram com a impressão um tanto borrada. Não compremete a leitura, mas me incomodou um pouco e tal erro não condiz com a qualidade do material. Peguei com 50% de desconto na pré-venda no site da Mythos! Valeu muito a pena! Aliás, mesmo que fosse com preço cheio ainda assim iria compensar, quadrinho de alta qualidade! Nota 10!


Vale a pena comprar? Por Crom, Sim!

conan omnibus volume 3

Lavennder - Quadrinho italiano da Bonneli que NÃO é de cowboys, índios ou de investigadores! A trama gira em torno de um casal de jovens namorados que resolve passar uns dias numa ilha isolada sem comunicação quase nenhum com o mundo exterior. Tudo vai bem até que eles descobrem que não estão sozinhos na ilha, ou pior, estão mal acompanhados (desculpem pela piadela, não resisti! rss). Arte belíssima de Giacomo Bevillacqua, que também é o autor. Gostei dessa HQ, mas quando a história deslancha de verdade e atinge o seu ápice ela simplesmente acaba deixando um gostinho de quero mais! Nota 8,0.

Vale a pena comprar? Sinceramente, acho que não. Leitura curta, embora seja boa.


lavennder hq


A Saga do Demolidor Vols 1 e 2 - Fase clássica do Demolidor pela escritora Ann Nocenti. Li os dois primeiros volumes porque sou muito fã do personagem (meu personagem Marvel favorito nas HQ's) e também pelos muitos elogios que eu vi sobre essa fase e que, ao menos por enquanto, não fizeram jus. Achei as histórias entre medianas e ruins (aquela com o Dentes de Sabe é perdida de ruim, minha nossa senhora!). Destaque positivo para o arco do vilão "Podridão", achei a história criativa, a motivação do vilão interessante, fiquei até com pena dele. Essa história pra mim é fácil a melhor desses dois volumes e não saiu da minha cabeça até agora! - Nota 6,0


Vale a pena comprar? Sim, se você for nostálgico ou muito fã do personagem. Caso contrário, acho que não.


a saga do demolidor volume 2


SAGA de Brian K Vaughn - SAGA finalmente saiu do seu hiato de dois anos e voltou com tudo! Após o chocante desfecho da edição #54 a história tem uma espéci de de "recomeço". Se você não leu SAGA ainda, leia, não vai se decepcionar! - Nota 10


Vale a pena comprar? Se você tiver paciência para esperar sair os encadernados pela Devir, sim. E também caso tope encarar outro hiato dos autores. Caso contrário, não.


Saga 55 capa


A obsolescência programada dos nossos sentimentos - Eu passo longe, bem longe, de ser um grande fã do Zidrou, o autor desse quadrinho. Já li Verões Felizes e não achei nada demais (apenas bonitinho) assim como a sua elogiadíssima HQ Apesar de Tudo (comprei, li e revendi), que também acho apenas "bonitinha". Mas A obsolescência programada dos nosso sentimentos, ah! Essa sim eu gostei, para mim é de longe o melhor trabalho do autor. Emocionante e tocante sem ser piégas, ele nos retrata a vida de dois idosos que tem suas vidas entrelaçadas e que mudam um ao outro para sempre. Essa sim faz jus ao hype criado! Nota 8,5


Vale a pena comprar? Sim, é uma ótima HQ para se ter na coleção. 


A obsolescência programada dos nossos sentimentos


Por hoje é só! E você, já leu algum desses quadrinhos?


Na próxima semana vou comentar Jun, Escória, Conan Vol 4 e Trilogia Gatilho. Até lá!