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26/12/2011

Conan, o Bárbaro [Resenha]

conan o bárbaro livro

Título: Conan, o Bárbaro
Autor: Robert E. Howard
Origem: EUA
Assunto: HQs, ficção, super-heróis, cinema, literatura.
Páginas: 384
Formato: 16 x 23 cm
Acabamento: Brochura

Conan é um personagem que dispensa maiores apresentações. Já é velho conhecido nas HQs, livros e principalmente no cinema, onde alçou Arnold Schwarzenegger à fama com os filmes Conan, o Bárbaro (1982) e Conan, o Destruidor (1984) e entreteu muita gente nas sessões da tarde da vida.

Recentemente Conan ganhou mais uma versão cinematográfica, com Jason Momoa tendo a ingrata missão de dar vida ao bárbaro após sua imagem ficar gravada no imaginário popular com o rosto de Schwarzenegger -vocês tem noção de como é difícil escrever esse nome toda hora?-. Sem entrar nos méritos do filme, o que importa pra gente é que graças a ele (ao filme, não ao Momoa!) pudemos ter o primeiro (e único) romance do bárbaro publicado aqui em terra brasilis pela Editora Generale.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa: o livro trás não somente o romance Conan, o Bárbaro, mas também outros três contos do coringa, do palhaço, do joker, do bobo, cimério. Vamos falar de cada um separadamente:


Conan, o Bárbaro

Para quem está acostumado com histórias de fantasia épica, como o Senhor dos Anéis ou Guerra dos Tronos, não vai se surpreender muito com a história. Conan, então já tendo alcançado o posto de rei, é alvo de uma armadilha tramada pelo antigo e poderoso necromante chamado Xaltotun. O bárbaro perde o seu trono e tem que refazer o seu caminho de volta ao seu posto de governante da Aquilônia, reconquistado seu exército e tendo que descobrir uma maneira de derrotar a magia negra de seu oponente.

Trata-se de uma história curta, divertida e fácil de ler. Todo o trajeto do herói é bastante previsível, mas é interessante ver como o bárbaro consegue resolver as maiores adversidades, seja com o "sangue nos zóio" ou no estilo ladino, só no sapatinho. Um ponto fraco nesse romance é a falta de coadjuvantes interessantes e antagonistas de peso. Por mais que o necromante Xaltotun seja um adversário poderoso, tanto ele quanto os aliados do bárbaro parecem estar ali somente para mostrar o quão forte e sagaz é o cimério.

Se procura uma boa leitura de capa e espada, sem a pegada épica e grandiosa de um Senhor dos Anéis ou Crônicas de Nárnia, essa é a escolha certa.

Nota 7

conan


Contos

1. Além do Rio Negro;

Nesse conto Conan tem adversários bem interessantes, que colocam toda sua força e inteligência à prova. Nele somos apresentados a Balthus, o coadjuvante mais interessante das quatro histórias apresentadas no livro. Ele é um jovem viajante à procura de terras e riquezas e tem sua vida salva por Conan. Juntos, eles tentam salvar suas vidas e a dos habitantes das colônias ocidentais enquanto lutam no coração da selva contra antigos demônios e tribos canibais.

Esse conto tem ótimas batalhas e passagens bem tensas. A melhor história de todo o livro, fácil!

Nota 9

2. As Negras Noites de Zamboula;

Aqui a leitura começa a ficar chata. A exemplo do romance e do conto anterior, Conan é o guerreiro sagaz e forte que consegue se safar de qualquer armadilha. Há uma donzela em apuros e inimigos brutais que são facilmente subjugados pelo bárbaro. É a história mais fraca, mas pelo menos é a mais curta.

Nota 4

3. Os Profetas do Círculo Negro.

A essa altura o leitor já está careca de saber que Conan vai se dar bem no final, não importa que inimigos enfrente. Pelo menos aqui há alguns personagens mais interessantes para ajudar a conduzir a história, mas ela poderia ter umas vinte páginas a menos fácil, principalmente se o autor tivesse descartado as descrições de lugares, povos e seitas que não fazem grande diferença para entende a história, pelo contrário, até confundem o leitor com o excesso de informação.

Nota 6

Fechando a conta


conan o bárbaro


Ler esse livro inteiro em uma tacada só pode ser uma experiência bem chata se você não for fã do personagem. Melhor lê-lo intercalado com algum outro livro.

Nota final: 6,5
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