Ficha Técnica
Editora: Panini
Autor: Kazuo Koike e Goseki Kojima
Número de páginas: 305
Preço de banca: R$18,90
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Lobo Solitário é tido como notório retrato fidedigno da época de ouro dos samurais, o apogeu da Era do Shogunato, também conhecido como Período Edo (1603-1868).
Este é o caminho sangrento de Itto Ogami e seu filho Daigoro em busca de vingança contra a poderosa e influente família Yagyu, braço direito do Shogun, que orquestrou das sombras a ruína do clã Ogami.
Lobo Solitário foi publicado pela primeira vez no Japão em 1970, terminando sua serialização em 1976. Esta edição é baseada em sua série original, com capas do mestre Goseki Kojima e outros grandes ilustradores do mundo todo que prestaram homenagens às edições posteriores de Lobo Solitário.
O post de hoje não tem nada a ver com investimentos, trabalho ou vida pessoal. Quero falar sobre um mangá clássico que eu tive a oportunidade de conhecer: chama-se Lobo Solitário, de Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte) e foi escrita e publicada originalmente entre 1970 e 1976, no Japão.
Na história (uma série com 28 volumes, originalmente) acompanhamos a vida de Ogami Itto, um ex-carrasco do governo japonês que foi desonrado por falsas acusações das inimigas do Clã Yagyu. Até onde eu li, não vi quais eram as acusações feitas contra Ogami. Isso deve ser explicado nos próximos volumes.
Lobo Solitário: É bom ou não é?
Eu resolvi ler o primeiro volume de Lobo Solitário porque vi muitos elogios de canais no Youtube sobre quadrinhos e livros que eu acompanho e gosto bastante e também por se tratar um clássico entre os mangás. Estamos falando de uma obra publicada nos anos 70 no Japão, contando a história de um personagem que viveu durante o Shogunato (1603-1867), que estava sendo republicada no Brasil em 2017 (e que já tinha sido publicada antes aqui na terra de Vera Cruz anos atrás por uma outra editora, em um formato levemente inferior ao atual publicado pela editora Panini) e que foi fonte de inspiração para o então jovem Frank Miller escrever alguns dos clássicos da sua carreira, como Ronin, Elektra Assassina e Batman - O Cavaleira das Trevas. Ou seja, pouca coisa não era.
Dito tudo isto, li o primeiro volume de Lobo Solitário e... não gostei! Até daria uma chance para o segundo volume, mas a grana anda curta, então não vai rolar. Eu achei a história bem chata e as cenas de ação, que seriam o grande destaque, creio eu, são muito confusas para o meu gosto. Não consigo entender o que se passa, a movimentação do personagem não parece fluida, sendo por vezes bem forçada a maneira como ele ganha as mais improváveis lutas.
Além disso, lá pela terceira batalha, você já sabe que o protagonista vai vencer com grande facilidade, seja quem for ou quantos forem os oponentes enfrentados, e isso deixa a história chata e previsível. Não há tensão, bem diferente de Vagabond (outro mangá clássico de de samurai), onde o protagonista várias vezes perde as batalhas ou tem que bolar um plano para conseguir vencer um oponente melhor do que ele.
A única coisa que eu gostei nesse mangá é o fato do protagonista sair por aí levando o seu filho em um carrinho de bebê (que, por sinal, esconde diversas armas sabe-se lá como, praticamente um Batman Japonês...) e usando o moleque como parte de sua estratégia de batalha, mesmo que isso signifique arriscar a vida do filho. Até mesmo os seus oponentes se chocam ao saber disso, ao que Ogami Itto responde: "Só um filho para saber o que se passa no coração de um pai".
A grande cena deste volume 1, ao meu ver, é a que Ogami pergunta ao seu filho, ainda um bebê, se ele quer acompanhá-lo no caminho de matança, crueldade, sangue e cadáveres que ele seguirá até conseguir a sua vingança e limpar o nome da família, ou se prefere ir para junto de sua mãe que está morta. Veja a cena abaixo.
Essa cena é muito boa, mas não me convenceu a continuar comprando esse mangá, até mesmo pela questão do dinheiro que citei anteriormente. Se você procurar um bom mangá sobre samurais, eu indico o Vagabond, mas eu sou voto vencido, pois não encontrei uma única pessoa que não tenha gostado de Lobo Solitário.
Nota: 6/10
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