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22/07/2022

Mágico Vento 01 - Forte Fantasma: Vale a pena?

Mágico Vento 01 Forte Ghost

08/07/2022

Voltamos à época da hiperinflação no Brasil?

hiperinflação

Fala galera do Estante Nerd, beleza?


Caras, acabei de chegar do mercado e queria desabafar! 


Não tem nem três semanas desde a última vez que fui no mercado e chegando lá vemos que o leite foi de R$5.99 (quando há não muito tempo dava pra achar a R$4.99) para mais de R$8.00! 


Uma pecinha de queijo branco de qualidade mediana saindo entre R$27.00 e R$30.00! 


Uma latinha de seleta de legumes R$5.99! 


O pão integral que eu costumo comprar foi de R$12.00 para R$15.00! 


A única notícia boa foi a gasolina que abaixou bem o preço aqui onde eu moro, indo de R$7.60 +- para R$6.49-R$5.xx dependendo do posto, mas sabem como é, corta imposto sem cortar gastos do governo significa que o dinheiro vai sair de algum lugar, e de onde sempre sai o dinheiro para bancar os gastos do Estado? Do nosso bolso!


Agora, voltando à esfera quadrinística, fechei a coleção da Liguinha com a edição 19. Vai ficar faltando a edição 18 mesmo porque está com preço absurdo (R$54.90 e duvido que abaixei, e mesmo se abaixar eu não vou pegar, chega). Tem a edição 20 que eu não sei se é boa, então vou deixar para lá e a edição 21 que eu tenho uma edição muito antiga da Panini com papel jornal e me dou por satisfeito (essa edição é legal, e olha que na época eu li e sequer tinha lido a fase clássica da LJI).


Fora isso, falta apenas uma edição para fechar Jagaaan e mais quatro para fechar os omnibus do Conan da fase Dark Horse pela Panini e aí chega de comprar HQ's para mim! Só uma ou outra coisa muito específica e com poucos volumes (de preferência volume único).


Eu até cometi a burrada de comprar o Juiz Morte, da coleção de histórias essenciais do Juiz Dredd, como vocês viram no meu último post, mas acho que vou ficar só nesse volume mesmo. 


Eu entendo todo o contexto econômico, porém quadrinhos no Brasil viraram artigo de luxo. Não vou parar de ler, mas agora vai ser algo do tipo 99% scans grátis e 1% impresso comprado das editoras.

Surfista prateado grandes tesouros marvel
Surfista Prateado - Grandes Tesouros Marvel, 128 páginas por R$200,00!


20/05/2020

Solitário - Chabouté [Resenha]

Acabei de ler Soliário, do autor francês Chabouté, lançado no Brasil pela Editora Pipoca&Nanquim, e a editora mais gourmet do Brasil (apesar de seu trabalho editorial impecável).

Que HQ mais chata, meu deus do céu! 

É bonitinha no máximo!

Ao meu ver, extremamente superestimada pela "youtubersfera", "quadrinhosfera", whatever, ao fazer parte de várias lista de melhores do ano de 2018, se não me falha a memória.

Eu ficaria bastante decepcionado se tivesse pago mais de R$70,00 nessa graphic novel.

Graças a internet li de graça. Pelo menos matei minha curiosidade.

Não tem muito o que destacar, nem positivamente nem negativamente.

Roteiro mediano, arte mediana, muitas e muitas páginas sem diálogos (coisa que eu não gosto muito).

Dei nota 2/5 no Skoob. 

Sinceramente, não sei o que tanto viram de bom nesse quadrinho.



20/03/2020

Hagar: Vale a pena comprar?

Como eu disse anteriormente, aproveite a semana do consumidor da Amazon e fiz umas compras pré-apocalipse Coronavírus e, entre elas, estava a edição 9 da coletânea de tirinhas do Hagar, O Horrível, publicado pela editora L&PM.

o melhor de hagar o horrível 9


Terminada a leitura, eis a pergunta: Valeu a pena comprar o pocket book de Hagar, o Horrível?


Sim, valeu.

Não é uma edição que vai fazer você morrer de rir. Tem algumas (poucas) tirinhas bem engraçadas, umas legaizinhas e outras que não tem graça ou que não entendi a referência cultural da piada ou então a piada se perdeu na tradução.

entendi a referência capitão américa

Vale frisar que a edição que eu comprei foi a de número 9 com o preço de R$12,70. As tirinhas dessa coletânea foram publicadas entre 1987 e 1988, ano este em que o autor, Dik Browne se aposentou, tendo morrido logo no ano seguinte vítima de um câncer.

As tirinhas de Hagar são publicadas até hoje pelo filho de Dik, Chris Browne. A tirinha começou a ser publicada em 1973, então imagino que os primeiros anos do trabalho de Dik tenham uma coletânea de tirinhas de maior qualidade.

A temática das tirinhas gira em torno de problemas no casamento, situações da vida de classe média urbana, como as experiências com corretores de imóveis e cobradores de impostos, bebedeiras, amizades, dietas, relacionamento pai e filho e, é claro, batalhas Vikings!

As tirinhas são de humor, mais especificamente do sub-gênero Gag-a-day, ou seja, uma tirinha e uma risada por dia.

hagar o horrível
É um quadrinho que eu recomendo para quem, como era o meu caso, era saudosista das tirinhas do personagem e não as revisitava desde a infância ou para quem procura uma leitura leve, tanto em conteúdo quanto em peso físico, para uma viagem de avião ou ônibus, será um passatempo perfeito!

Pretendo comprar a edição 1 ou 2 caso apareça uma promoção na Amazon, como eu vi recentemente mas esgotou muito rápido, onde o preço ficou na casa dos R$7,xx.

Nota: 7/10

Dik Browne e Hagar, o Horrível
Criador e criatura


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10/03/2020

Espadas e Bruxas & Marada: Analisando superficialmente as HQ's do Pipoca&Nanquim

Fala galera, beleza?

Faz muito tempo que não escrevo neste humilde blog. Da última vez que o fiz minha filha ainda nem tinha nascido! Ela nasceu no dia 11 de julho de 2019.

Mas vá lá, o objetivo deste post não é falar da minha filha. Me animei de escrever aqui porque recentemente consegui ler Espadas e Bruxas e Marada, a Mulher-Lobo, duas obras do catálogo da editora Pipoca e Nanquim, através de meios, digamos, alternativos.

Fiz dessa maneira porque esses dois quadrinhos não me despertaram tanto interesse pra gastar entre R$49-80 na época do lançamento de ambas para comprá-las. Aliás, enquanto escrevo este post, Espadas e Bruxas alcançou o estapafúrdio valor de R$149 na Amazon!

Não quero discutir aqui o motivo de custar esse preço, a questão é: não valeria a pena nem que fosse metade do preço!


espadas e bruxas amazon
Preço de Espadas&Bruxas no dia 10/03/2020 vendido pela mercenária UzinaHQ



Espadas e Bruxas de Esteban Maroto

Olha, eu geralmente leio uma HQ, livro ou assisto um filme até o fim, mesmo sendo ruim. Nesse caso, eu mal consegui chegar até a metade da leitura.

Essa HQ é chata demais! Tudo bem que são histórias de Bárbaros genéricos do Conan, então não era de se esperar nada muito rebuscado, mas meu deus do céu, os roteiros são rasos demais!

Basicamente o Bárbaro em questão (Wolff/Manly/Dax, sim são 3 protagonistas diferentes dos vários contos, mas poderia muito bem ser um só que não faria diferença alguma) tem que resgatar uma mulher ou sua tribo (ou só a mulher) e matar uns monstros e Mestre desses montros. Em algumas dessas histórias aparecem mulheres nuas, outras não e é isso aí. As histórias se resumem a isso basicamente.

O que mais chamou a minha atenção para ler a HQ foi o tanto que elogiaram a arte do Esteban Maroto. E na época pesquisando sobre o autor, que eu nunca tinha ouvido falar até então, realmente achei umas coisas muito boas dele, mas nessa HQ eu achei o trabalho dele bem mais ou menos. Mas pode ter sido a qualidade da versão digital que eu adquiri e que já foi devidamente apagada do meu HD (até porque não tenho nenhum interesse em voltar a lê-la).

Não que ele seja ruim, mas a arte em preto e branco com o excesso de informação nas páginas deixa tudo confuso e cansativo de ler.

espadas e bruxas pipoca e nanquim
Imagem retirada do site da Editora Pipoca&Nanquim


Marada, a Mulher-Lobo de Chris Claremont


Eu tenho um problema com Claremont. Eu acho as histórias dele muito criativas, mas ao mesmo tempo acho ele verborrágico demais.

No entanto, comparado aos "Conans" genéricos de Maroto, Marada tem um enredo bem mais elaborado e a arte muitíssimo melhor. Mas ainda assim segue o mesmo enredo, Feiticeiro ou Monstro a ser derrotado e muita luta, nada que tenha me empolgado e que as HQ's do Conan não tenham feito de forma muito melhor.

O que eu achei estranho dado que o Pipoca&Nanquim fez uma puta proganda dizendo como esse quadrinho era foda e acima da média e definitivamente não é o caso.

Eu achei estranho que, apesar do título, quase o tempo todo a Marada só se ferra e tem que ser salva/ajudada por outras pessoas, a maioria homens.

marada a mulher-lobo

Ta tudo muito caro/gourmetizado!

Olha, eu sei que esses quadrinhos saem em formatos grandes pra valorizar a arte, que a Pipoca&Nanquim faz quadrinho com acabamento de luxo pra colecionadores.

Mas se esses quadrinhos saíssem em formato de minissérie ou encadernados de capa cartão tipos os da Panini, seria melhor pra todo mundo porque, vamos ser sinceros, esses quadrinhos não merecem edição de luxo nem aqui nem em lugar nenhum!

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25/02/2019

A.Q.U.I.L.O no Parque da Mônica - Revista Parque da Mônica N° 22


Revista Parque da Mônica N° 22 Editora Globo 1994
Revista Parque da Mônica N° 22 publicada em outubro de 1994 ao preço de R$1,30. 68 páginas.

Esta foi a única revista que eu ainda tenho da minha infância. Todas as outras ou estragaram com o tempo, ou com as várias inundações que tiveram na minha casa ou meus pais simplesmente doaram para alguém.

É um verdadeiro milagre essa revista ter sobrevivido para contar história!



A Revista do Parque da Mônica, creio eu pois só li esta na minha vida e não posso comprovar, era basicamente uma revista da Turma da Mônica ou em toda a edição a história principal se passava no já finado Parque da Mônica, que ficava em São Paulo. Essa série foi bastante longeva, tendo sido iniciada em janeiro de 1993 e sido encerrado apenas em setembro de 2006. Curiosamente, o Parque da Mônica fechou apenas em 2010.

Essa revista conta com 9 histórias, vamos a elas:

A.Q.U.I.L.O no Parque

Revista Parque da Mônica N° 22 Editora Globo 1994

Nessa história o Cebolinha e Cascão pedem ajuda ao Franjinha pra se livrar da Mônica após mais um plano que não deu certo.

Franjinha lhes mostra A.Q.U.I.L.O, um dispositivo que da vida a objetos inanimados. Logo Cascão e Cebolinha dão vida a uma cadeira e mandam ela segurar a Mônica enquanto eles fogem e vão parar no Parque da Mônica.

Mônica fica num dilema, pois não pode bater nem quebrar esses objetos, já que agora eles são seres vivos.

História bem criativa, divertida e que passa uma mensagem positiva sem precisar dessa chatice atual do politicamente correto.

No Sítio...


Anjinho tira férias no sítio, mas não tem sossego enquanto livra o Chico Bento de várias problemas.

O Circo das Pulgas

Revista Parque da Mônica N° 22 Editora Globo 1994

Bem legal essa história! O Cascão monta um circo de pulgas que fazem truques clássicos de circo, até que passa um cachorro durante a apresentação e o circo todo vai embora. É a minha favorita ao lado da historinha do Chico Bento!

Astronauta no Planeta Bi-Bi Fom Fom


O Astronauta encontra um planeta todo habitado por carros e quase fica maluco, até voltar pra Terra e ver que não era tão ruim assim.

Uma história curtinha do Penadinho de apenas uma página e sem título


A Turma do cemitério fica zoando o Penadinho porque ele estava namorando com a Alminha.

Manchinhas Vermelhas


Nessa história Cebolinha e Cascão bolam um plano em que a Mônica acredita que o Sansão está doente e que precisa ser tratado fora do país! Muito nonsense, mas é legalzinha!

Só não entendi porque o Cebolinha bolou esse plano se ele já tinha pego o Sansão para deixá-lo "doente", ola bolas!

Uma história curtinha do Bidu de apenas uma página e sem título


Historinha em que o Bidu conversa com uma lixeira que reclama que todos fingem que não a veem.

Pichação na Roça

Revista Parque da Mônica N° 22 Editora Globo 1994

Essa era, de longe, a história que eu mais gostava quando era criança! Acho que eu gostava de ver o contraste (exagerado, claro) entre um jovem da cidade e um do interior. Adorava ficar vendo os detalhes dos desenhos, principalmente a da vaca malhada do Chico Bento depois que foi pichada, da roupa e acessórios do cara da cidade e da comida gostosa que a mãe do Chico fazia.

Engraçado como lembramos de certas coisas da infância. Não lia essa historia há décadas e me veio a mente essas recordações.

O Plano Múmia


Essa é bem legal também, Cebolinha faz Mônica acreditar que ela é descendente de uma Rainha do Antigo Egito que foi amaldiçoada. Para quebrar a maldição, precisa abrir mão do posto de Dona da Rua. Tem muita pancadaria nessa história, rss!

Gosto muito dessa edição do Revista do Parque da Mônica e espero um dia que meu vindouro Enzo, digo, meu filho a leia e goste tanto quanto eu gostei!

PS: Já postei a tirinha de fechamento dessa revista neste link.

22/02/2019

Liga da Justiça Internacional #1 (Editora Abril - 1989)

Liga da Justiça Internacional #1 Editora Abril 1989

Liga da Justiça Internacional foi publicada no Brasil em formatinho mix a partir de 1 de janeiro de 1989. Nessa primeira edição também foram publicadas histórias do Esquadrão Suicida e Nuclear.



Esta fase da Liga é muito lembrada por quem leu na época como sendo uma fase bastante divertida e diferente do habitual. É conhecida como "A Liga Cômica", pois as histórias sempre eram divertidas e com um tom menos sério e sóbrio que o habitual, o que muito me agrada.

Como era um infante na época em que foram publicadas, só tive a oportunidade de ler poucas edições dessa fase, este número #1 e os números finais #63, #64, #65 e #67, todos comprados já bem surrados em sebos.

Gosto principalmente dos atritos entre o Batman e o Lanterna Verde Guy Gardner, que são bem divertidos! Garder era um membro desestabilizador da equipe, mas ao invés de isso gerar dramas a serem resolvidos acaba servindo como elementos cômicos. Gardner era (ou ainda é, não sei como anda o personagem hoje) brigão, provocador, machista e fazia piadas maldosas (como quando pergunta a Oberon aonde estão os outros seis anões, BWAHAHA!!). Será que isso seria publicado hoje com o reino do politicamente correto? Duvido muito... mas também temos ótimos momentos envolvendo o Besouro Azul e o Gladiador Dourado, embora não nesse número #1.

Liga da Justiça Internacional #1 Editora Abril 1989
Clique na imagem para ampliar

Liga da Justiça Internacional #1 Editora Abril 1989
Adoro essa cena, bwahaha!

Liga da Justiça Internacional #1 Editora Abril 1989


Vale um pouco de contexto aqui: essa fase da LJI veio após os grandes eventos da Crise das Infinitas Terras, que rebotou o Universo DC e também da minissérie Lendas, onde os super-heróis foram criminalizados pelo Governo dos Estados Unidos e ao mesmo tempo tiveram que lidar com um ataque de Darkseid. Ou seja, o cenário para os meta-humanos da DC era de terra arrasada.

Além disso, nessa época John Byrne estava reformulando o Superman e Geórge Perez fazia o mesmo com a Mulher-Maravilha, no que ainda hoje é considerada a melhor fase da personagem nos quadrinhos.

Quem leva Super-Heróis muito a sério talvez não goste dessa fase da Liga. Eu e muitos outros leitores gostamos bastante, tanto que a Panini anunciou na CCXP 2018 que republicaria a esta fase da Liga em capa cartão nesse ano de 2019, embora a Panini dizer que vai publicar ou republicar tal quadrinho não necessariamente quer dizer que de fato ela fará isso, visto que há vários títulos que ela prometeu e que não publicou.

Por exemplo, eu esperei tanto para ela republicar alguns volumes de Preacher que eu desisti de colecionar as edições físicas, li tudo em scan e vendi as edições que eu tinha.

Tendo isto em mente somado ao fato da Panini estar com preços cada vez maiores e qualidade cada vez pior, eu pensei mesmo em comprar todas as edições de Liga da Justiça Internacional em formatinho, porém como cada revista mix tinha apenas um única número da série e esta tem ao todo 67 edições, eu gastaria uma fortuna só em frente de sebos online, então vou esperar a Panini publicar mesmo.

Ou, se encher o saco de esperar a Dona Panini, partir pros scans mesmo. E se a Panini derrubar os scans em português eu leio em inglês mesmo.

E vocês, o que pensam sobre a Liga da Justiça  Internacional? Gostam? Vão pegar os encadernados da Panini caso ela realmente os publique?



PS: Na semana passada eu fiz um post com as propagandas que foram publicadas nessa revista.

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18/02/2019

Magali N°45 (Janeiro de 2019)

Magali N°45 Janeiro 2019
Magali N° 45 - Janeiro de 2019
Preço de capa R$6,00

A pedidos de minha esposa, que é fã das histórias da Magali e do Mingau, comprei essa edição N° 45 de Magali. Essa edição teve um aumento de R$1,00 em relação às passadas, um indigesto aumento de 20%. Porém, ainda assim é bem menor doloroso do que o aumento que alguns mangás e comics tiveram, como Lobo Solitário e A Nova Thor.

Deixando essa questão de lado, vamos às histórias da revista. A primeira, do Mingau e Magali, intitulada "O Grande Tubarão Branco" foi surpreendentemente divertida!

Nela, vemos o Mingau se imaginando como um tubarão caçando a sua comida, enquanto na realidade Mingau está pedindo mais comida para a Magali, perturbando de uma maneira que só os gatos sabem.

Ri alto com as situações apresentadas na HQ, claramente o roteirista tem ou já teve gatos. Se você também já teve vai ser mais provável de gostar dessa história. Lembrou a Turma da Mônica da minha infância! O roteiro foi assinado por Paulo R. Back.

As demais histórias da revista são divididas entre Piteco, Astronauta, Turma do Penadinho, Nimbus, Dudu e Magali. Com exceção da história de uma página do Nimbus, que até que é legalzinha, as demais são tão sem criatividade que nem merecem grandes comentários.



13/02/2019

Crise de Identidade N°1 - Vale a pena?


crise de identidade N°1 Panini 2005
Crise de Identidade N°1 - Panini - Setembro de 2005 / Capa Variante

Crise de Identidade foi a HQ responsável por minha volta ao mundo das histórias em quadrinhos. Fiquei "pilhado" em voltar a ler quadrinhos pelos desenhos do X-men Evolution e da Liga da Justiça Sem Limites que passavam no SBT.

Antes disso eu lia quado garoto HQ´s da Turma da Mônica e Disney que meus pais me davam. Curiosamente eles não compravam nada de Super-Heróis pra mim, apenas uma edição aleatória de guerras secretas da Marvel.

Depois que parei de ler HQ´s na infância basicamente só li alguns mangás, mas era coisa esporádica, só comprei dois títulos inteiros, Love Hina e Video Girl AI, bem coisa de adolescente, e li algumas edições emprestadas de Vagabond, One Piece e Evangelion. 

Mas voltando à Crise de Identidade, me lembro que na época fiquei muito impressionado com a bela capa variante e também com o fato de que era uma HQ barata (apenas R$5,50 1x ao mês até um fudido como eu era na época poderia bancar com o dinheiro das xerox e lanches da faculdade), com o número 1 na capa e uma minissérie. Tudo isso me levou a comprá-la. 

Me lembro que na época fiquei impressionado com a qualidade de história. Dei sorte mesmo, pois ela é uma das grandes sagas da DC e, provavelmente, junto à Crise das Infinitas Terras, umas das poucas "crises" que realmente foi boa e relevante.

Fiquei com receio que relendo-a agora, quase 15 anos depois, a HQ perderia sua aura. Que engano! Mesmo já sabendo que é o assassino da trama, a narrativa e arte continuam ótimas e o clima de mistério, drama e traição continua empolgante! 


crise de identidade N°1 Panini 2005
Clique para ampliar a foto e poder ler os balões

É difícil falar da história da HQ sem dar spoilers, mas basicamente alguém muito ligado a comunidade dos Super-Heróis é brutalmente assassinado por alguém que não deixou nenhum vestígio. 

A partir daí, revoltados e preocupados com a seguranças de seus familiares, a comunidade super-heróica parte em uma caçada em busca dos suspeitos, porém um pequeno grupo de supers (Zatanna, Arqueiro Verde, Gavião Negro, Eléktron, Hal Jordan, Canário Negro e Flash/Barry Allen) se une para discutir uma decisão controversa que tomaram às escondidas no passado.

Essa saga já foi lançada aqui no Brasil em quatro versões diferentes, originalmente em formato de minissérie mensal, que é a que eu tenho e gosto muito pela variedade e qualidade das capas, em encadernado capa cartão e atualmente em formato de luxo com capa dura (todas da Panini) e em formato de coleção de histórias da DC pela Eaglemoss, com preço exorbitante, porém com mais páginas que as demais versões. Não sei se inclui extras ou alguma história paralela que ocorreu nas revistas mensais.

Caso você não tenha lido Crise de Identidade, recomendo fortemente que o faça!

crise de identidade N°1 Panini 2005
Essa HQ já tem quase 15 anos de idade e está em excelente estado de conservação! Alguém sabe o nome do papel utilizado, sou péssimo nessas informações técnicas



05/02/2019

Cascão Nº 44 - Editora Panini (Crossover com Aquaman)



capa cascão 44
Capa de Cascão Nº44 publicado em dezembro de 2018

Depois de muitos e muitos anos, resolvi comprar alguns gibis novos da Turma da Mônica. Em parte pelo inesperado crossover com a Liga da Justiça nas várias revistas mensais da Turma, em parte porque eu serei pai em breve pela primeira vez e gostaria de forma uma pequena biblioteca para o meu rebento tomar gosto pela leitura.

Para não dizer que não li mais nada da Turma do Bairro do Limoeiro, li várias Graphic MSP. No geral, são bem fracas, com algumas exceções, como as primeira do Bidu e a Turma da Mônica Laços. No geral, são histórias muito superestimadas, mas que contam com um excelente marketing e trabalho editorial.

Cascão Nº44
Primeira página da HQ "O Mestre dos Mares"
No entanto, vamos ao que interessa, Cascão Nº 44, publicada em dezembro de 2018, onde o sujismundo da turma se encontra com o Aquaman.

O roteiro é bem simples, com o Cascão se encontrando com um atordoado Aquaman enquanto aquele se esconde dos ataques do Cúmulus, um vilão com poderes de água e raios que eu não conhecia. Aquaman se encontra atordoado nos esgotos do bairro do limoeiro após perder seu Tridente que controla os mares.

O roteiro é bem previsível, com Cascão e Aquaman se aliando para derrotar o vilão. Digno de nota apenas a piadinha com os poderes do Aquaman de se comunicar com peixes.

Trecho da história "O Mestre dos Mares"
A segunda história é da Turma do Penadinho, chamada "Frank em o Natal assombrado" onde o Frank pira porque o Papai Noel não visita o cemitério durante o Natal e ele mesmo resolver ser o Papai Noel local, se veste de bom velhinho e sai distribuindo presentes toscos para o Penadinho e cia. É uma história legalzinha até.

A terceira história é "Cascão Fora do Tempo", curtinha e bem bobinha, onde Cascão sempre chega atrasado ou adiantado quando coisas legais acontecem e ele fica decepcionado porque todo mundo está rindo e se divertindo enquanto ele não está entendendo nada.

A quarta história também é da Turma do Penadinho intitulada "A Vida", mas o personagem principal não é da Turma, mas um personagem inédito e sem nome que só vai aparecer provavelmente nessa história. É uma história bonita, onde o personagem, um homem, relembra de todas as coisas boas e ruins que teve em sua vida e aceita a morte de braços abertos, satisfeito com a vida que viveu. História bem curtinha, mas que passa uma mensagem bonita.

A quinta e última história é maior, "De volta para o natal", onde o Cascão pede para o Franjinha o mandar de volta para a noite de natal para ele consertar um erro. Cascão ficou decepcionado por ter ganho uma bola de natal e ainda ter acertado a Árvore de natal com ela.

Mais uma história com mensagem positiva ou lição de moral para as crianças, o que é legal, porém com exceção da primeira história, TODAS as outras historinhas dessa revista se importam mais em passar uma mensagem ou lição de moral do que propriamente contar uma boa história divertida, o que é um tanto maçante.

Resumindo, essa HQ só serviu mesmo pelo inusitado encontro com o Aquaman, que não teve nada demais.

capa cascão 44 variante aquaman
Capa variante exclusiva da CCXP 2018 e do site da Panini em formato de comics americano
Como curiosidade, essa HQ ainda teve uma capa variante exclusiva de CCXP 2018 ou para quem comprasse um box no site da Panini com todas as revistas crossover com a DC, em formato americano, algo que eu acho que é inédito nas revistas da Turma da Mônica.

capas alternativas cascão aquaman
Foto enviada pelo leitor e colecionador Washington Brito. 1- Versão de banca, 2 - Versão Disponível da CCXP18, 3 - Revista em formato americano para quem comprou o box de colecionador com todas as revistas do Crossover. Disponível na CCXP 18 e no site da Panini


29/04/2017

Leituras do mês: Abril/2017

E aí, pessoal? Mais um mês se passou. E esse mês de abril foi longo, hein? Parece que levou dois meses para acabar. Assim que é bom, mês cheio e mais HQ's vindo para rechear a estante! Sem mais delongas, vamos às breves resenhas!

As Mais Belas Fábulas 5


as mais bela fábulas 5 panini

Eu li essa HQ bem no começo do mês e não me lembro direito da história, só me lembro que eu gostei do desfecho desse spin-off da série Fábulas. Mas eu sou suspeito, adoro tudo relacionado à Fábulas. Leitura recomendada apenas para quem é fã da série e já terminou de ler a série principal.

Nota: 4.0/5.0

As Mais Belas Fábulas - Por Toda a Terra


As mais belas fábulas por toda a terra

O último spin-off com a mais letal agente secreta da cidade das Fábulas, a Cinderella! Remetendo ao início da série principal, temos uma história policial, onde Cindy tenta descobrir quem anda assassinando as mais belas Fábulas!

Esse tipo de trama investigativa cai muito bem à Fábulas, não sei porque. Mais uma leitura que é indicada apenas a quem leu a série principal, pois provavelmente vai ficar boiando sem saber os backgrounds dos personagens.

Nota: 4.5/50


Fullmetal Alchemist #1


Fullmetal alchemist 1 JBC

Quando eu era mais jovem (o velho falando) eu adorava o animê de Fullmetal Alchemist. Resolvi conferir o #1 do mangá.

Eu gostei, o primeiro volume é muito fiel ao primeiro episódio do animê (na verdade, ao contrário, a animação é fiel ao mangá), mas não curti tanto quanto curtia antigamente. Achei um pouquinho bobo.

Tem coisas que são melhores ficarem apenas na memória mesmo. Mas, mesmo assim, estou ansioso para ver o filme que será lançado no fim do ano!


Nota: 4.0/5.0 pela nostalgia! O trailer recebe nota 10! hehehehe

Maus

Maus HQ
Obrigatório!

27/03/2017

[Resenha] Persépolis - Marjane Satrapi

Marjane Satrapi Persépolis Quadrinhos
Ficha Técnica
Editora: Quadrinhos na Cia
Número de páginas: 352
Ano de Publicação: 2007 (atualmente da décima oitava reimpressão)
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Marjane Satrapi, a autora e personagem principal desse livro, era uma menina muita parecida com qualquer outra que você conheceu durante a sua vida. Gostava de ir para o colégio brincar com os amigos, ouvia música pop e punk rock, gostava de tênis Adidas e jaquetas jeans. Isso até ela ser  obrigada a vestir o véu islâmico aos dez anos de idade.

Persépolis não é só uma autobiografia, é uma aula sobre o Irã e uma realidade muita distante da nossa. A história começa antes da revolução islâmica, quando o país vivia sob uma ditadura que tinha o apoio dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, nada muito diferente do que aconteceu na América do Sul e alguns países do Leste Europeu durante a Guerra Fria.

Durante esse período da ditadura, a família da Marjane vivia de forma bastante parecida com uma família brasileira de classe média da mesma época (final dos anos 70). Seus pais eram muito politizados e participavam de protestos contra a ditadura local. Ao custo muito grande de vidas perdidas, conseguiram tirar o ditador do poder, no entanto, acabaram colocando outra coisa pior no poder, a república islâmica.

Após a ascensão ao poder da República Islâmica, as meninas e meninos não podiam mais estudar juntos na mesma sala, a patrulha ideológica do partido vigiava as pessoas na rua, nenhuma mulher poderia sair sem véu e nem poderia estar acompanhada de um homem que não fosse de sua família ou o seu marido, música e roupas ocidentais passaram a ser proibidos. A ditadura anterior não parecia mais tão ruim assim.

Apesar do clima tenso, Persépolis tem uma narrativa leve e divertida em primeira pessoa. A leitura é viciante e te deixa preso querendo saber o que acontecerá a seguir na vida de Marjane, de sua família e do Irã.

Persépolis HQ
Não é?
Em resumo, a história se divide em três períodos: a infância, adolescência e vida adulta de Marjane, que são três fases bem distintas. Quando criança, ela sonhava em ser uma profeta e conversava com Deus. Ao tomar contato com a política, através de sua família, vai entendo o que se passa com o seu país. Depois de uma grande perda na família, ela briga com Deus e para de falar com ele e abandona o seu sonho de ser uma profeta.

18/08/2014

Coleção de encadernados de Star Wars no Brasil, ia, mas não foi, mas vai de novo!



Então, pessoal, lembram que no final do mês passado postei aqui que a coleção de quadrinhos encadernados de Star Wars tinha sido suspensa por tempo indeterminado nas poucas cidades nas quais ela tinha sido lançada? Pois bem, para a alegria (ou desespero?) dos fãs, a Planeta DeAgostini anunciou que a coleção de quadrinhos de Star Wars volta a dar o ar da graça em setembro.

A confirmação da volta da coleção foi dada pela editora ao site Universo HQ. A coleção terá ao todo 70 edições, reunindo histórias publicadas pela Marvel e Dark Horse, todas em capa dura e formando uma imagem com as lombadas. A coleção chegará em apenas algumas cidades ainda esse ano e a partir de 2015 será distribuída para todo o Brasil.

Quadrinhos Star Wars

Tá tudo muito bom pra ser verdade, né? Então toma aí a notícia ruim (pelo menos para alguns):

O primeiro volume chegará às bancas no dia 30 de setembro, ao preço promocional de R$ 9,99. A segunda edição custará R$ 22,90, com os livros subsequentes sendo vendidos por R$ 34,90. Até o 15º volume, a coleção terá periodicidade quinzenal, passando para semanal depois disto. - UHQ

Isso mesmo, você leu certo: após o décimo quinto volume a coleção será semanal. Quase 35 dilmas por semana em quadrinhos de Star Wars, 140 verdinhas por mês! Tio George Lucas Seu Váldisney agradece!

29/07/2014

Coleção de HQ's encadernadas de Star Wars é cancelada (por enquanto)



E aí, enriquecedores do George Lucas, tudo bem? Acho que não, pois chegou até meus ouvidos a informação de que a Coleção de Quadrinhos de Luxo de Star Wars foi cancelada, morreu, foi pro beleléu.

Segundo um dos leitores aqui do blog, chamado Gregório, no quarto volume da coleção veio um aviso dizendo que a coleção seria interrompida por tempo indeterminado.

Um segundo leitor, chamado Leonardo, disse que a Salvat fez o mesmo (não foi aqui no RJ, pois acompanho a coleção de encadernados da Marvel desde o primeiro volume e ela não foi pausada), interrompeu a coleção ainda no começo para fazer uma análise de mercado e, alguns meses depois, a coleção voltou às bancas.

Bati um papo rápido com o Gregório, que estava fazendo a coleção e recebeu o aviso, e ele disse o seguinte:

Não tenho mais o aviso de cancelamento da coleção Comics Star Wars porque ele era uma carta-respostaEstava escrito que a coleção ia ser suspensa por tempo indeterminado e, caso ela voltasse a ser publicada, eu receberia a quinta edição gratuitamente. Para receber a quinta edição, eu deveria preencher meus dados para que a edição fosse enviada. Então preenchi e enviei. Eu fiquei procurando informações sobre a coleção na Internet, mas não encontrei quase nada (e achei seu blog). Talvez isso seja um sinal de que a coleção realmente não estava tendo a abrangência que deveria. Sobre os quadrinhos, eu gostei muito e realmente estava animado para continuar com a coleção.
Bom, antes de mais nada você pode ver que o meu humilde blog não é quase nada, bwahahahah! Segundo que a Planeta DeAgostini, que é a responsável pela coleção, foi bem camarada de avisar que a coleção seria suspensa e que talvez voltasse a ser publicada e que, se voltasse, ainda enviaria de graça para quem enviasse seus dados. Ponto para a Planeta DeAgostini!

Eu não sou um grande fã da franquia Star Wars, mas entendo a sua importância para a cultura pop. Eu espero de verdade que a coleção de quadrinhos encadernados volte às bancas, para a alegria dos nerds huehueBR!

Quadrinhos Encadernados Star Wars

24/12/2013

Estante Entrevista: Gerson Watanuki

E aí, pessoal?

Hoje o Estante Nerd publica a sua segunda entrevista com um colecionador (clique AQUI para ler a primeira)! Conversamos com o colecionador e professor de artes Gerson Watanuki.

Gerson cursou belas artes em Minas Gerais e atualmente vive em Ribeirão Preto.

Nas horas vagas, como quase todos que frequentam este blog, Gerson coleciona quadrinhos, action figures, LP's e antiguidades e participa do grupo COLECIONADORES DE HQ no Facebook, que foi por onde nos conhecemos.

Agora vamos conhecer a belíssima estante do Gerson!

1 - Quando você começou a colecionar?
Na verdade nunca tive a intenção de colecionar, eu só comprava quadrinhos que eu achava mais interessante. Percebi que a quantidade era bem significativa há pouco tempo. Mas eu leio quadrinhos desde muito novo, eu deveria ter uns 5 anos. Lia Mônica, Tex , Batman...

Estante Nicho Coleção Gerson Watanuki
Estante com nichos
 2 - Você coleciona alguma coisa além de HQ´s?
Gosto de antiguidades. Máquinas de escrever, telefones, relógios e etc. Também adoro Lps.

Estante Nicho Coleção Gerson Watanuki

18/10/2013

Estante Entrevista: Francis Vargas

E aí, pessoal?

Hoje o Estante Nerd publica a sua primeira entrevista com um colecionador! Conversamos com Francisney Vargas Fialho Junior, ou simplesmente Francis.

Francis é casado com a Grazy e trabalha na CTI adulta do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, além de ser professor de Pós-graduação em Terapia Intensiva da Faculdade UNISINOS, no Rio Grande do Sul.

Nas horas vagas, Francis coleciona action figures, entre outras coisas, e participa do grupo COLECIONADORES DE HQ no Facebook, que foi por onde nos conhecemos.

Sem mais delongas, vamos conhecer a coleção do Francis!

1 - A coleção é de quem? De um de vocês ou do casal?

Rodrigo, a coleção é minha (Francis). No entanto, tenho que salientar que a Grazi é uma grande apoiadora e incentivadora. Não é incomum que às vezes eu fique em dúvida sobre comprar ou não uma figura e que ela me incentive a comprá-la.

Estante Action Figures
Clique na foto para ampliar
Clique em "mais informações" e confira a entrevista completa.

14/12/2011

Um Sábado Qualquer

um sábado qualquer capa


Como pode um blog criado de maneira despretensiosa alcançar a marca de 50 mil visitas diárias em dois anos de vida? A fórmula usada pelo blog de tirinhas Um Sábado Qualquer, de Carlos Ruas, foi abordar um assunto polêmico e universal, como é a religião, utilizando de bom humor e muito talento, além de uma boa dose de empreendedorismo.

É bem provável que você já tenha esbarrado com as tirinhas de Ruas pelas redes sociais da vida, isso se você já não é fã das aventuras de Deus, Adão, Eva, Caim, Luciraldo e cia - e se não for, cá pra nós, você não sabe o que está perdendo.

Fazer piada com Deus e personagens bíblicos tinha tudo pra dar gerar briga com os mais conservadores e ganhar a antipatia de muita gente, mas o autor tem um feeling incrível para fazer piadas com assuntos espinhosos sem chocar ou ser agressivo (fica a dica para o pessoal do Stand up). Suas tiradas são inteligentes, coisa de quem conhece bem do que está falando. Apesar do bom humor das tiras é possível notar nas entrelinhas algumas críticas bem contundentes à igreja católica e seus fiéis, mas sobram indiretas para várias religiões.

um sábado qualquer
Clique para ampliar
Depois de tanto sucesso na internet finalmente Um Sábado Qualquer ganha uma versão em papel pela editora Devir. Como já são mais de dois anos de tirinhas não foi possível reunir todas elas, mas temos um belo começo de "saga". As tirinhas em que Adão aparece estão entre as melhores (pelo menos para o público masculino, pela identificação quase instantânea com o personagem), mas a série de tirinhas com Noé também é de tirar o chapéu.

Agora vá logo conhecer a palavra de Deus, ele está de olho!

um sábado qualquer

um sábado qualquer


24/11/2011

Jornal Extra faz HQ sobre um ano de pacificação do Alemão

pacificação morro alemão um ano

Para marcar um ano da retomada do conjunto de favelas do Complexo do Alemão pelo poder público carioca, o jornal Extra encartou na edição de hoje uma história em quadrinhos recontando como ocorreu toda a operação, que contou com a cooperação da PM, polícia civil, marinha e governos estadual e federal e gerou imagens emblemáticas como a fuga dos traficantes para morros vizinhos, enquanto as forças policiais entravam nas comunidades.

Além da HQ encartada a capa do jornal foi toda estilizada, desde o título até as fotos. O roteiro é de autoria de João Paulo Arruda, que contou com a ajuda de vários repórteres do veículo, que cruzaram informações, entrevistas e processos para chegar a representação mais próxima do que aconteceu há um ano no Rio de Janeiro. Os desenhos ficaram a cargo de Allan Alex que fez um bom trabalho.

título logo jornal extra quadrinhos alemão

Não foi a primeira vez que o Extra fez  uma reportagem usando quadrinhos (mas da um desconto que eu não lembro quando foi a última vez que eles fizeram isso). Foi uma iniciativa bem interessante que ajuda a diminuir o preconceito que ainda existe com essa forma de contas histórias e sai um pouco da rotina da linguagem jornalística. Parabéns a todos os envolvidos! Vou arranjar um lugar na estante para guardar!

O jornal também lançou uma versão em vídeo, que conta com trilha sonora e inserção de reportagens de TV. Clique aqui para assistir.


23/11/2011

Retalhos por Craig Thompson

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Retalhos HQ Capa


A graphic novel Retalhos foi um dos grandes destaques do quadrinhos em 2009. Desde seu lançamento, em 2003, coleciona importantes prêmios, entre eles três Harvey e dois Eisner Awards, dois dos mais importantes prêmios da indústria de quadrinhos.

Retalhos conta a história de Craig Thompson, protagonista, escritor e ilustrador da obra (Ah, eu esqueci de mencionar que era uma autobiografia. Bom, agora vocês já sabem!), desde a sua infância até seus vinte e poucos anos, quando passa a morar sozinho e decide se dedicar a viver de seus desenhos.

Thompson destaca três aspectos de sua vida: 1 - a rigorosa educação cristã que recebeu dos seus  pais e do colégio durante a infância em uma cidade no interior dos Estados Unidos; 2 - o relacionamento com seu irmão mais novo, Phil, e  3 - o namoro com Raina, uma garota que conheceu durante um acampamento de férias para jovens cristãos.

Durante a narrativa Thompson mistura a realidade com sua fantasiosa imaginação, lembrando em alguns momentos o desenho-animado "O Fantástico Mundo de Bobby", clássico do SBT dos anos 90.

Isso acontece principalmente enquanto sua infância, mas dura praticamente toda a história, porém ocorrendo cada vez menos conforme o 'personagem-autor' vai amadurecendo. No entanto, diferentemente do desenho animado, nem sempre a sua imaginação cria ilusões lúdicas ou felizes.

O conservadorismo cristão enche a cabeça de Craig de dúvidas, desde criança até uns vinte e poucos anos, quando passa a interpretar os dogmas religiosos e a ver o mundo de sua própria maneira.

Em certa parte da história, Craig abre mão de uma das poucas coisas que o faziam feliz, que era desenhar, porque segundo o pastor (ou padre, não me lembro ao certo) o tempo que ele "desperdiçava" desenhando poderia ser melhor aproveitado orando e cantando hinos de sua igreja.

O amadurecimento de Craig foi possível, em grande parte, ao seu relacionamento com Raina, uma jovem bem diferente dele, criada em uma cidade mais liberal e com a família cheia de problemas, como o divórcio dos pais e o egoísmo de sua irmã mais velha.

 
Retalhos HQ Craig Thompson
Através de Raina, Craig questiona alguns tabus impostos pela religião e começa a enxergar que certas coisas que aprendeu com seus pais, em sua comunidade e na bíblia podem ser contraditórias.

Por várias vezes ele se questiona se seu relacionamento com ela tem algo de "pecaminoso", apesar de amá-la de verdade.

Porém, algumas das melhores (e mais chocantes) passagens não são com Raina, mas na igreja onde ele frequentava. Nessas partes percebe-se que há uma grande distância entre o que se prega e o que se faz. Vem a lembrança a famosa frase "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".

Retalhos merece todo o reconhecimento que ganhou, pela originalidade como aborda os temas como religião, adolescência e relacionamentos.

O único 'defeito', por assim dizer, é gastar muito tempo mostrando a relação entre Craig e Raina, deixando de explorar mais a relação com seu irmão e com seus pais, que poderiam ser mais exploradas.

Como se trata de um 'tijolo' para um público bem restrito, não foi possível para a Quadrinhos na Cia fazer muitas 'firulas' como capa dura ou envernizada, mas ainda assim consegui fazer uma bela arte e com um material de boa qualidade, sem falar no conteúdo, que é excelente!


Retalhos HQ Craig Thompson