22/07/2022
08/07/2022
Voltamos à época da hiperinflação no Brasil?
Fala galera do Estante Nerd, beleza?
Caras, acabei de chegar do mercado e queria desabafar!
Não tem nem três semanas desde a última vez que fui no mercado e chegando lá vemos que o leite foi de R$5.99 (quando há não muito tempo dava pra achar a R$4.99) para mais de R$8.00!
Uma pecinha de queijo branco de qualidade mediana saindo entre R$27.00 e R$30.00!
Uma latinha de seleta de legumes R$5.99!
O pão integral que eu costumo comprar foi de R$12.00 para R$15.00!
A única notícia boa foi a gasolina que abaixou bem o preço aqui onde eu moro, indo de R$7.60 +- para R$6.49-R$5.xx dependendo do posto, mas sabem como é, corta imposto sem cortar gastos do governo significa que o dinheiro vai sair de algum lugar, e de onde sempre sai o dinheiro para bancar os gastos do Estado? Do nosso bolso!
Agora, voltando à esfera quadrinística, fechei a coleção da Liguinha com a edição 19. Vai ficar faltando a edição 18 mesmo porque está com preço absurdo (R$54.90 e duvido que abaixei, e mesmo se abaixar eu não vou pegar, chega). Tem a edição 20 que eu não sei se é boa, então vou deixar para lá e a edição 21 que eu tenho uma edição muito antiga da Panini com papel jornal e me dou por satisfeito (essa edição é legal, e olha que na época eu li e sequer tinha lido a fase clássica da LJI).
Fora isso, falta apenas uma edição para fechar Jagaaan e mais quatro para fechar os omnibus do Conan da fase Dark Horse pela Panini e aí chega de comprar HQ's para mim! Só uma ou outra coisa muito específica e com poucos volumes (de preferência volume único).
Eu até cometi a burrada de comprar o Juiz Morte, da coleção de histórias essenciais do Juiz Dredd, como vocês viram no meu último post, mas acho que vou ficar só nesse volume mesmo.
Eu entendo todo o contexto econômico, porém quadrinhos no Brasil viraram artigo de luxo. Não vou parar de ler, mas agora vai ser algo do tipo 99% scans grátis e 1% impresso comprado das editoras.
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| Surfista Prateado - Grandes Tesouros Marvel, 128 páginas por R$200,00! |
20/05/2020
Solitário - Chabouté [Resenha]
Que HQ mais chata, meu deus do céu!
É bonitinha no máximo!
Ao meu ver, extremamente superestimada pela "youtubersfera", "quadrinhosfera", whatever, ao fazer parte de várias lista de melhores do ano de 2018, se não me falha a memória.
Eu ficaria bastante decepcionado se tivesse pago mais de R$70,00 nessa graphic novel.
Graças a internet li de graça. Pelo menos matei minha curiosidade.
Não tem muito o que destacar, nem positivamente nem negativamente.
Roteiro mediano, arte mediana, muitas e muitas páginas sem diálogos (coisa que eu não gosto muito).
Dei nota 2/5 no Skoob.
Sinceramente, não sei o que tanto viram de bom nesse quadrinho.
20/03/2020
Hagar: Vale a pena comprar?
Terminada a leitura, eis a pergunta: Valeu a pena comprar o pocket book de Hagar, o Horrível?
Sim, valeu.
Não é uma edição que vai fazer você morrer de rir. Tem algumas (poucas) tirinhas bem engraçadas, umas legaizinhas e outras que não tem graça ou que não entendi a referência cultural da piada ou então a piada se perdeu na tradução.
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| Criador e criatura |
Caso queiram comprar alguma dessas HQ's e me ajudar com as contas de casa (obrigado!), os links estão abaixo.
Link geral de quadrinhos na Amazon: https://amzn.to/2vB5Hyb
10/03/2020
Espadas e Bruxas & Marada: Analisando superficialmente as HQ's do Pipoca&Nanquim
Faz muito tempo que não escrevo neste humilde blog. Da última vez que o fiz minha filha ainda nem tinha nascido! Ela nasceu no dia 11 de julho de 2019.
Mas vá lá, o objetivo deste post não é falar da minha filha. Me animei de escrever aqui porque recentemente consegui ler Espadas e Bruxas e Marada, a Mulher-Lobo, duas obras do catálogo da editora Pipoca e Nanquim, através de meios, digamos, alternativos.
Fiz dessa maneira porque esses dois quadrinhos não me despertaram tanto interesse pra gastar entre R$49-80 na época do lançamento de ambas para comprá-las. Aliás, enquanto escrevo este post, Espadas e Bruxas alcançou o estapafúrdio valor de R$149 na Amazon!
Não quero discutir aqui o motivo de custar esse preço, a questão é: não valeria a pena nem que fosse metade do preço!
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| Preço de Espadas&Bruxas no dia 10/03/2020 vendido pela mercenária UzinaHQ |
Espadas e Bruxas de Esteban Maroto
Olha, eu geralmente leio uma HQ, livro ou assisto um filme até o fim, mesmo sendo ruim. Nesse caso, eu mal consegui chegar até a metade da leitura.Essa HQ é chata demais! Tudo bem que são histórias de Bárbaros genéricos do Conan, então não era de se esperar nada muito rebuscado, mas meu deus do céu, os roteiros são rasos demais!
Basicamente o Bárbaro em questão (Wolff/Manly/Dax, sim são 3 protagonistas diferentes dos vários contos, mas poderia muito bem ser um só que não faria diferença alguma) tem que resgatar uma mulher ou sua tribo (ou só a mulher) e matar uns monstros e Mestre desses montros. Em algumas dessas histórias aparecem mulheres nuas, outras não e é isso aí. As histórias se resumem a isso basicamente.
O que mais chamou a minha atenção para ler a HQ foi o tanto que elogiaram a arte do Esteban Maroto. E na época pesquisando sobre o autor, que eu nunca tinha ouvido falar até então, realmente achei umas coisas muito boas dele, mas nessa HQ eu achei o trabalho dele bem mais ou menos. Mas pode ter sido a qualidade da versão digital que eu adquiri e que já foi devidamente apagada do meu HD (até porque não tenho nenhum interesse em voltar a lê-la).
Não que ele seja ruim, mas a arte em preto e branco com o excesso de informação nas páginas deixa tudo confuso e cansativo de ler.
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| Imagem retirada do site da Editora Pipoca&Nanquim |
Marada, a Mulher-Lobo de Chris Claremont
Eu tenho um problema com Claremont. Eu acho as histórias dele muito criativas, mas ao mesmo tempo acho ele verborrágico demais.
No entanto, comparado aos "Conans" genéricos de Maroto, Marada tem um enredo bem mais elaborado e a arte muitíssimo melhor. Mas ainda assim segue o mesmo enredo, Feiticeiro ou Monstro a ser derrotado e muita luta, nada que tenha me empolgado e que as HQ's do Conan não tenham feito de forma muito melhor.
O que eu achei estranho dado que o Pipoca&Nanquim fez uma puta proganda dizendo como esse quadrinho era foda e acima da média e definitivamente não é o caso.
Eu achei estranho que, apesar do título, quase o tempo todo a Marada só se ferra e tem que ser salva/ajudada por outras pessoas, a maioria homens.
Ta tudo muito caro/gourmetizado!
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25/02/2019
A.Q.U.I.L.O no Parque da Mônica - Revista Parque da Mônica N° 22
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| Revista Parque da Mônica N° 22 publicada em outubro de 1994 ao preço de R$1,30. 68 páginas. |
Esta foi a única revista que eu ainda tenho da minha infância. Todas as outras ou estragaram com o tempo, ou com as várias inundações que tiveram na minha casa ou meus pais simplesmente doaram para alguém.
É um verdadeiro milagre essa revista ter sobrevivido para contar história!
A.Q.U.I.L.O no Parque
Franjinha lhes mostra A.Q.U.I.L.O, um dispositivo que da vida a objetos inanimados. Logo Cascão e Cebolinha dão vida a uma cadeira e mandam ela segurar a Mônica enquanto eles fogem e vão parar no Parque da Mônica.
Mônica fica num dilema, pois não pode bater nem quebrar esses objetos, já que agora eles são seres vivos.
História bem criativa, divertida e que passa uma mensagem positiva sem precisar dessa chatice atual do politicamente correto.
No Sítio...
O Circo das Pulgas
Astronauta no Planeta Bi-Bi Fom Fom
Uma história curtinha do Penadinho de apenas uma página e sem título
Manchinhas Vermelhas
Só não entendi porque o Cebolinha bolou esse plano se ele já tinha pego o Sansão para deixá-lo "doente", ola bolas!
Uma história curtinha do Bidu de apenas uma página e sem título
Pichação na Roça
Engraçado como lembramos de certas coisas da infância. Não lia essa historia há décadas e me veio a mente essas recordações.
O Plano Múmia
PS: Já postei a tirinha de fechamento dessa revista neste link.
22/02/2019
Liga da Justiça Internacional #1 (Editora Abril - 1989)
Liga da Justiça Internacional foi publicada no Brasil em formatinho mix a partir de 1 de janeiro de 1989. Nessa primeira edição também foram publicadas histórias do Esquadrão Suicida e Nuclear.
Esta fase da Liga é muito lembrada por quem leu na época como sendo uma fase bastante divertida e diferente do habitual. É conhecida como "A Liga Cômica", pois as histórias sempre eram divertidas e com um tom menos sério e sóbrio que o habitual, o que muito me agrada.
Como era um infante na época em que foram publicadas, só tive a oportunidade de ler poucas edições dessa fase, este número #1 e os números finais #63, #64, #65 e #67, todos comprados já bem surrados em sebos.
Gosto principalmente dos atritos entre o Batman e o Lanterna Verde Guy Gardner, que são bem divertidos! Garder era um membro desestabilizador da equipe, mas ao invés de isso gerar dramas a serem resolvidos acaba servindo como elementos cômicos. Gardner era (ou ainda é, não sei como anda o personagem hoje) brigão, provocador, machista e fazia piadas maldosas (como quando pergunta a Oberon aonde estão os outros seis anões, BWAHAHA!!). Será que isso seria publicado hoje com o reino do politicamente correto? Duvido muito... mas também temos ótimos momentos envolvendo o Besouro Azul e o Gladiador Dourado, embora não nesse número #1.
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| Clique na imagem para ampliar |
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| Adoro essa cena, bwahaha! |
Vale um pouco de contexto aqui: essa fase da LJI veio após os grandes eventos da Crise das Infinitas Terras, que rebotou o Universo DC e também da minissérie Lendas, onde os super-heróis foram criminalizados pelo Governo dos Estados Unidos e ao mesmo tempo tiveram que lidar com um ataque de Darkseid. Ou seja, o cenário para os meta-humanos da DC era de terra arrasada.
Além disso, nessa época John Byrne estava reformulando o Superman e Geórge Perez fazia o mesmo com a Mulher-Maravilha, no que ainda hoje é considerada a melhor fase da personagem nos quadrinhos.
Quem leva Super-Heróis muito a sério talvez não goste dessa fase da Liga. Eu e muitos outros leitores gostamos bastante, tanto que a Panini anunciou na CCXP 2018 que republicaria a esta fase da Liga em capa cartão nesse ano de 2019, embora a Panini dizer que vai publicar ou republicar tal quadrinho não necessariamente quer dizer que de fato ela fará isso, visto que há vários títulos que ela prometeu e que não publicou.
Por exemplo, eu esperei tanto para ela republicar alguns volumes de Preacher que eu desisti de colecionar as edições físicas, li tudo em scan e vendi as edições que eu tinha.
Tendo isto em mente somado ao fato da Panini estar com preços cada vez maiores e qualidade cada vez pior, eu pensei mesmo em comprar todas as edições de Liga da Justiça Internacional em formatinho, porém como cada revista mix tinha apenas um única número da série e esta tem ao todo 67 edições, eu gastaria uma fortuna só em frente de sebos online, então vou esperar a Panini publicar mesmo.
Ou, se encher o saco de esperar a Dona Panini, partir pros scans mesmo. E se a Panini derrubar os scans em português eu leio em inglês mesmo.
E vocês, o que pensam sobre a Liga da Justiça Internacional? Gostam? Vão pegar os encadernados da Panini caso ela realmente os publique?

18/02/2019
Magali N°45 (Janeiro de 2019)
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| Magali N° 45 - Janeiro de 2019 Preço de capa R$6,00 |
A pedidos de minha esposa, que é fã das histórias da Magali e do Mingau, comprei essa edição N° 45 de Magali. Essa edição teve um aumento de R$1,00 em relação às passadas, um indigesto aumento de 20%. Porém, ainda assim é bem menor doloroso do que o aumento que alguns mangás e comics tiveram, como Lobo Solitário e A Nova Thor.
Deixando essa questão de lado, vamos às histórias da revista. A primeira, do Mingau e Magali, intitulada "O Grande Tubarão Branco" foi surpreendentemente divertida!
Nela, vemos o Mingau se imaginando como um tubarão caçando a sua comida, enquanto na realidade Mingau está pedindo mais comida para a Magali, perturbando de uma maneira que só os gatos sabem.
Ri alto com as situações apresentadas na HQ, claramente o roteirista tem ou já teve gatos. Se você também já teve vai ser mais provável de gostar dessa história. Lembrou a Turma da Mônica da minha infância! O roteiro foi assinado por Paulo R. Back.
As demais histórias da revista são divididas entre Piteco, Astronauta, Turma do Penadinho, Nimbus, Dudu e Magali. Com exceção da história de uma página do Nimbus, que até que é legalzinha, as demais são tão sem criatividade que nem merecem grandes comentários.
13/02/2019
Crise de Identidade N°1 - Vale a pena?
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| Crise de Identidade N°1 - Panini - Setembro de 2005 / Capa Variante |
- Leia também: Lendas do Universo DC Liga da Justiça Internacional
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| Clique para ampliar a foto e poder ler os balões |
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| Essa HQ já tem quase 15 anos de idade e está em excelente estado de conservação! Alguém sabe o nome do papel utilizado, sou péssimo nessas informações técnicas |
05/02/2019
Cascão Nº 44 - Editora Panini (Crossover com Aquaman)
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| Capa de Cascão Nº44 publicado em dezembro de 2018 |
Depois de muitos e muitos anos, resolvi comprar alguns gibis novos da Turma da Mônica. Em parte pelo inesperado crossover com a Liga da Justiça nas várias revistas mensais da Turma, em parte porque eu serei pai em breve pela primeira vez e gostaria de forma uma pequena biblioteca para o meu rebento tomar gosto pela leitura.
Para não dizer que não li mais nada da Turma do Bairro do Limoeiro, li várias Graphic MSP. No geral, são bem fracas, com algumas exceções, como as primeira do Bidu e a Turma da Mônica Laços. No geral, são histórias muito superestimadas, mas que contam com um excelente marketing e trabalho editorial.
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| Primeira página da HQ "O Mestre dos Mares" |
O roteiro é bem simples, com o Cascão se encontrando com um atordoado Aquaman enquanto aquele se esconde dos ataques do Cúmulus, um vilão com poderes de água e raios que eu não conhecia. Aquaman se encontra atordoado nos esgotos do bairro do limoeiro após perder seu Tridente que controla os mares.
O roteiro é bem previsível, com Cascão e Aquaman se aliando para derrotar o vilão. Digno de nota apenas a piadinha com os poderes do Aquaman de se comunicar com peixes.
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| Trecho da história "O Mestre dos Mares" |
A terceira história é "Cascão Fora do Tempo", curtinha e bem bobinha, onde Cascão sempre chega atrasado ou adiantado quando coisas legais acontecem e ele fica decepcionado porque todo mundo está rindo e se divertindo enquanto ele não está entendendo nada.
A quarta história também é da Turma do Penadinho intitulada "A Vida", mas o personagem principal não é da Turma, mas um personagem inédito e sem nome que só vai aparecer provavelmente nessa história. É uma história bonita, onde o personagem, um homem, relembra de todas as coisas boas e ruins que teve em sua vida e aceita a morte de braços abertos, satisfeito com a vida que viveu. História bem curtinha, mas que passa uma mensagem bonita.
A quinta e última história é maior, "De volta para o natal", onde o Cascão pede para o Franjinha o mandar de volta para a noite de natal para ele consertar um erro. Cascão ficou decepcionado por ter ganho uma bola de natal e ainda ter acertado a Árvore de natal com ela.
Mais uma história com mensagem positiva ou lição de moral para as crianças, o que é legal, porém com exceção da primeira história, TODAS as outras historinhas dessa revista se importam mais em passar uma mensagem ou lição de moral do que propriamente contar uma boa história divertida, o que é um tanto maçante.
Resumindo, essa HQ só serviu mesmo pelo inusitado encontro com o Aquaman, que não teve nada demais.
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| Capa variante exclusiva da CCXP 2018 e do site da Panini em formato de comics americano |
29/04/2017
Leituras do mês: Abril/2017
As Mais Belas Fábulas 5
Eu li essa HQ bem no começo do mês e não me lembro direito da história, só me lembro que eu gostei do desfecho desse spin-off da série Fábulas. Mas eu sou suspeito, adoro tudo relacionado à Fábulas. Leitura recomendada apenas para quem é fã da série e já terminou de ler a série principal.
Nota: 4.0/5.0
As Mais Belas Fábulas - Por Toda a Terra
O último spin-off com a mais letal agente secreta da cidade das Fábulas, a Cinderella! Remetendo ao início da série principal, temos uma história policial, onde Cindy tenta descobrir quem anda assassinando as mais belas Fábulas!
Esse tipo de trama investigativa cai muito bem à Fábulas, não sei porque. Mais uma leitura que é indicada apenas a quem leu a série principal, pois provavelmente vai ficar boiando sem saber os backgrounds dos personagens.
Nota: 4.5/50
Fullmetal Alchemist #1
Quando eu era mais jovem (o velho falando) eu adorava o animê de Fullmetal Alchemist. Resolvi conferir o #1 do mangá.
Eu gostei, o primeiro volume é muito fiel ao primeiro episódio do animê (na verdade, ao contrário, a animação é fiel ao mangá), mas não curti tanto quanto curtia antigamente. Achei um pouquinho bobo.
Tem coisas que são melhores ficarem apenas na memória mesmo. Mas, mesmo assim, estou ansioso para ver o filme que será lançado no fim do ano!
Nota: 4.0/5.0 pela nostalgia! O trailer recebe nota 10! hehehehe
Maus
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| Obrigatório! |
27/03/2017
[Resenha] Persépolis - Marjane Satrapi
Ficha Técnica
Editora: Quadrinhos na Cia
Número de páginas: 352
Ano de Publicação: 2007 (atualmente da décima oitava reimpressão)
Compre Persépolis na Amazon | Adicione no Skoob
Persépolis não é só uma autobiografia, é uma aula sobre o Irã e uma realidade muita distante da nossa. A história começa antes da revolução islâmica, quando o país vivia sob uma ditadura que tinha o apoio dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, nada muito diferente do que aconteceu na América do Sul e alguns países do Leste Europeu durante a Guerra Fria.
Durante esse período da ditadura, a família da Marjane vivia de forma bastante parecida com uma família brasileira de classe média da mesma época (final dos anos 70). Seus pais eram muito politizados e participavam de protestos contra a ditadura local. Ao custo muito grande de vidas perdidas, conseguiram tirar o ditador do poder, no entanto, acabaram colocando outra coisa pior no poder, a república islâmica.
Após a ascensão ao poder da República Islâmica, as meninas e meninos não podiam mais estudar juntos na mesma sala, a patrulha ideológica do partido vigiava as pessoas na rua, nenhuma mulher poderia sair sem véu e nem poderia estar acompanhada de um homem que não fosse de sua família ou o seu marido, música e roupas ocidentais passaram a ser proibidos. A ditadura anterior não parecia mais tão ruim assim.
Apesar do clima tenso, Persépolis tem uma narrativa leve e divertida em primeira pessoa. A leitura é viciante e te deixa preso querendo saber o que acontecerá a seguir na vida de Marjane, de sua família e do Irã.
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| Não é? |
18/08/2014
Coleção de encadernados de Star Wars no Brasil, ia, mas não foi, mas vai de novo!
Então, pessoal, lembram que no final do mês passado postei aqui que a coleção de quadrinhos encadernados de Star Wars tinha sido suspensa por tempo indeterminado nas poucas cidades nas quais ela tinha sido lançada? Pois bem, para a alegria (ou desespero?) dos fãs, a Planeta DeAgostini anunciou que a coleção de quadrinhos de Star Wars volta a dar o ar da graça em setembro.
A confirmação da volta da coleção foi dada pela editora ao site Universo HQ. A coleção terá ao todo 70 edições, reunindo histórias publicadas pela Marvel e Dark Horse, todas em capa dura e formando uma imagem com as lombadas. A coleção chegará em apenas algumas cidades ainda esse ano e a partir de 2015 será distribuída para todo o Brasil.
Tá tudo muito bom pra ser verdade, né? Então toma aí a notícia ruim (pelo menos para alguns):
O primeiro volume chegará às bancas no dia 30 de setembro, ao preço promocional de R$ 9,99. A segunda edição custará R$ 22,90, com os livros subsequentes sendo vendidos por R$ 34,90. Até o 15º volume, a coleção terá periodicidade quinzenal, passando para semanal depois disto. - UHQ
29/07/2014
Coleção de HQ's encadernadas de Star Wars é cancelada (por enquanto)
E aí, enriquecedores do George Lucas, tudo bem? Acho que não, pois chegou até meus ouvidos a informação de que a Coleção de Quadrinhos de Luxo de Star Wars foi cancelada, morreu, foi pro beleléu.
Segundo um dos leitores aqui do blog, chamado Gregório, no quarto volume da coleção veio um aviso dizendo que a coleção seria interrompida por tempo indeterminado.
Um segundo leitor, chamado Leonardo, disse que a Salvat fez o mesmo (não foi aqui no RJ, pois acompanho a coleção de encadernados da Marvel desde o primeiro volume e ela não foi pausada), interrompeu a coleção ainda no começo para fazer uma análise de mercado e, alguns meses depois, a coleção voltou às bancas.
Bati um papo rápido com o Gregório, que estava fazendo a coleção e recebeu o aviso, e ele disse o seguinte:
Não tenho mais o aviso de cancelamento da coleção Comics Star Wars porque ele era uma carta-resposta. Estava escrito que a coleção ia ser suspensa por tempo indeterminado e, caso ela voltasse a ser publicada, eu receberia a quinta edição gratuitamente. Para receber a quinta edição, eu deveria preencher meus dados para que a edição fosse enviada. Então preenchi e enviei. Eu fiquei procurando informações sobre a coleção na Internet, mas não encontrei quase nada (e achei seu blog). Talvez isso seja um sinal de que a coleção realmente não estava tendo a abrangência que deveria. Sobre os quadrinhos, eu gostei muito e realmente estava animado para continuar com a coleção.Bom, antes de mais nada você pode ver que o meu humilde blog não é quase nada, bwahahahah! Segundo que a Planeta DeAgostini, que é a responsável pela coleção, foi bem camarada de avisar que a coleção seria suspensa e que talvez voltasse a ser publicada e que, se voltasse, ainda enviaria de graça para quem enviasse seus dados. Ponto para a Planeta DeAgostini!
24/12/2013
Estante Entrevista: Gerson Watanuki
Hoje o Estante Nerd publica a sua segunda entrevista com um colecionador (clique AQUI para ler a primeira)! Conversamos com o colecionador e professor de artes Gerson Watanuki.
Gerson cursou belas artes em Minas Gerais e atualmente vive em Ribeirão Preto.
Nas horas vagas, como quase todos que frequentam este blog, Gerson coleciona quadrinhos, action figures, LP's e antiguidades e participa do grupo COLECIONADORES DE HQ no Facebook, que foi por onde nos conhecemos.
Agora vamos conhecer a belíssima estante do Gerson!
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| Estante com nichos |
18/10/2013
Estante Entrevista: Francis Vargas
Hoje o Estante Nerd publica a sua primeira entrevista com um colecionador! Conversamos com Francisney Vargas Fialho Junior, ou simplesmente Francis.
Francis é casado com a Grazy e trabalha na CTI adulta do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre, além de ser professor de Pós-graduação em Terapia Intensiva da Faculdade UNISINOS, no Rio Grande do Sul.
Nas horas vagas, Francis coleciona action figures, entre outras coisas, e participa do grupo COLECIONADORES DE HQ no Facebook, que foi por onde nos conhecemos.
Sem mais delongas, vamos conhecer a coleção do Francis!
1 - A coleção é de quem? De um de vocês ou do casal?
Rodrigo, a coleção é minha (Francis). No entanto, tenho que salientar que a Grazi é uma grande apoiadora e incentivadora. Não é incomum que às vezes eu fique em dúvida sobre comprar ou não uma figura e que ela me incentive a comprá-la.![]() |
| Clique na foto para ampliar |
14/12/2011
Um Sábado Qualquer
Como pode um blog criado de maneira despretensiosa alcançar a marca de 50 mil visitas diárias em dois anos de vida? A fórmula usada pelo blog de tirinhas Um Sábado Qualquer, de Carlos Ruas, foi abordar um assunto polêmico e universal, como é a religião, utilizando de bom humor e muito talento, além de uma boa dose de empreendedorismo.
É bem provável que você já tenha esbarrado com as tirinhas de Ruas pelas redes sociais da vida, isso se você já não é fã das aventuras de Deus, Adão, Eva, Caim, Luciraldo e cia - e se não for, cá pra nós, você não sabe o que está perdendo.
Fazer piada com Deus e personagens bíblicos tinha tudo pra dar gerar briga com os mais conservadores e ganhar a antipatia de muita gente, mas o autor tem um feeling incrível para fazer piadas com assuntos espinhosos sem chocar ou ser agressivo (fica a dica para o pessoal do Stand up). Suas tiradas são inteligentes, coisa de quem conhece bem do que está falando. Apesar do bom humor das tiras é possível notar nas entrelinhas algumas críticas bem contundentes à igreja católica e seus fiéis, mas sobram indiretas para várias religiões.
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| Clique para ampliar |
Agora vá logo conhecer a palavra de Deus, ele está de olho!
24/11/2011
Jornal Extra faz HQ sobre um ano de pacificação do Alemão
Para marcar um ano da retomada do conjunto de favelas do Complexo do Alemão pelo poder público carioca, o jornal Extra encartou na edição de hoje uma história em quadrinhos recontando como ocorreu toda a operação, que contou com a cooperação da PM, polícia civil, marinha e governos estadual e federal e gerou imagens emblemáticas como a fuga dos traficantes para morros vizinhos, enquanto as forças policiais entravam nas comunidades.
Além da HQ encartada a capa do jornal foi toda estilizada, desde o título até as fotos. O roteiro é de autoria de João Paulo Arruda, que contou com a ajuda de vários repórteres do veículo, que cruzaram informações, entrevistas e processos para chegar a representação mais próxima do que aconteceu há um ano no Rio de Janeiro. Os desenhos ficaram a cargo de Allan Alex que fez um bom trabalho.
Não foi a primeira vez que o Extra fez uma reportagem usando quadrinhos (mas da um desconto que eu não lembro quando foi a última vez que eles fizeram isso). Foi uma iniciativa bem interessante que ajuda a diminuir o preconceito que ainda existe com essa forma de contas histórias e sai um pouco da rotina da linguagem jornalística. Parabéns a todos os envolvidos! Vou arranjar um lugar na estante para guardar!
O jornal também lançou uma versão em vídeo, que conta com trilha sonora e inserção de reportagens de TV. Clique aqui para assistir.
- Leia também: Daytripper
23/11/2011
Retalhos por Craig Thompson
A graphic novel Retalhos foi um dos grandes destaques do quadrinhos em 2009. Desde seu lançamento, em 2003, coleciona importantes prêmios, entre eles três Harvey e dois Eisner Awards, dois dos mais importantes prêmios da indústria de quadrinhos.
Retalhos conta a história de Craig Thompson, protagonista, escritor e ilustrador da obra (Ah, eu esqueci de mencionar que era uma autobiografia. Bom, agora vocês já sabem!), desde a sua infância até seus vinte e poucos anos, quando passa a morar sozinho e decide se dedicar a viver de seus desenhos.
Thompson destaca três aspectos de sua vida: 1 - a rigorosa educação cristã que recebeu dos seus pais e do colégio durante a infância em uma cidade no interior dos Estados Unidos; 2 - o relacionamento com seu irmão mais novo, Phil, e 3 - o namoro com Raina, uma garota que conheceu durante um acampamento de férias para jovens cristãos.
Isso acontece principalmente enquanto sua infância, mas dura praticamente toda a história, porém ocorrendo cada vez menos conforme o 'personagem-autor' vai amadurecendo. No entanto, diferentemente do desenho animado, nem sempre a sua imaginação cria ilusões lúdicas ou felizes.
O conservadorismo cristão enche a cabeça de Craig de dúvidas, desde criança até uns vinte e poucos anos, quando passa a interpretar os dogmas religiosos e a ver o mundo de sua própria maneira.
Em certa parte da história, Craig abre mão de uma das poucas coisas que o faziam feliz, que era desenhar, porque segundo o pastor (ou padre, não me lembro ao certo) o tempo que ele "desperdiçava" desenhando poderia ser melhor aproveitado orando e cantando hinos de sua igreja.
O amadurecimento de Craig foi possível, em grande parte, ao seu relacionamento com Raina, uma jovem bem diferente dele, criada em uma cidade mais liberal e com a família cheia de problemas, como o divórcio dos pais e o egoísmo de sua irmã mais velha.
Através de Raina, Craig questiona alguns tabus impostos pela religião e começa a enxergar que certas coisas que aprendeu com seus pais, em sua comunidade e na bíblia podem ser contraditórias.
Por várias vezes ele se questiona se seu relacionamento com ela tem algo de "pecaminoso", apesar de amá-la de verdade.
Porém, algumas das melhores (e mais chocantes) passagens não são com Raina, mas na igreja onde ele frequentava. Nessas partes percebe-se que há uma grande distância entre o que se prega e o que se faz. Vem a lembrança a famosa frase "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".
Retalhos merece todo o reconhecimento que ganhou, pela originalidade como aborda os temas como religião, adolescência e relacionamentos.
O único 'defeito', por assim dizer, é gastar muito tempo mostrando a relação entre Craig e Raina, deixando de explorar mais a relação com seu irmão e com seus pais, que poderiam ser mais exploradas.
Como se trata de um 'tijolo' para um público bem restrito, não foi possível para a Quadrinhos na Cia fazer muitas 'firulas' como capa dura ou envernizada, mas ainda assim consegui fazer uma bela arte e com um material de boa qualidade, sem falar no conteúdo, que é excelente!

































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