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31/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.2 (Titan Comics)

A Espada Selvagem de Conan Vol 2 Titan Comics
Arte de Dave Dorman

No segundo volume de A Espada Selvagem de Conan temos mudanças na equipe criativa do Cimério. Saem John Arcudi e Max Von Fafner e assumem o título Jim Zub (roteiro) e Richard Pace (arte). Vale destacar que, assim como no volume anterior, a história dessa edição é autocontida, ou seja, ela basta por si própria. Será que todas as edições de ESC trarão histórias fechadinhas do bárbaro? A conferir.

A história dessa edição nos apresenta uma rara oportunidade onde Conan encontra-se quebrado, de corpo e espírito. Após sua caravana ser brutalmente atacada por monstros humanoides, que não poupam sequer as crianças, o bárbaro depende da sua própria e feroz força de vontade, e também de uma ajuda inesperada, para se recuperar dos seus ferimentos até o ponto onde, logicamente, irá em busca de vingança por si próprio e por seus companheiros caídos.

Esta trama traz um tema bem recorrente nas aventuras do Cimério que é o fanatismo religioso. Não obstante, nesse caso o "Deus" (com ou sem aspas, não consegui decidir) em questão é bem real, em carne, osso, garras e presas e vale-se da fome humana para recrutar seus discípulos - de uma forma um tanto definitiva e horrenda. 

Ele oferece alimento para que as pessoas tornem-se "carne da sua carne", por assim dizer, para que eles possam matar outras pessoas e cultivar suas almas em um "jardim", onde posteriormente as almas dos finados servirão de alimento para os novos discípulos, em um ciclo sem fim.

Se não fosse Conan, claro!

Não poderia deixar de mencionar a arte dessa publicação, pois a comparação com o trabalho primoroso de Max Von Fafner na edição 1 (confira aqui a resenha) é quase impossível e até mesmo injusta. Fafner está em um nível que poucos desenhistas no mundo estão. 

A arte de Richard Pace é mais "suja", com muitas linhas e passa um aspecto de rabiscado, como se ele tivesse feito os esboços e tivesse faltado uma arte-final para polir os desenhos. Em todo o caso, o trabalho de Pace é competente e combina com o clima sombrio e sujo dessa história.

A Espada Selvagem de Conan 2 Titan Comics

Diferentemente da edição, não temos um conto de Conan em prosa após o término da história.

A seguir, vamos para o segundo capítulo do arco "Mestre da Caçada", onde Solomon Kane, agora em companhia de um velho conhecedor das religiões pagãs (um contraponto ao cristão puritano Kane), continua em busca do fazendeiro desaparecido e seu filho, além de outros locais da região, onde Kane acabará esbarrando não só na criatura que realizou os assassinatos e sequestros, como também com uma divindade pagã, que imagino eu, gerará um bom desenrolar da história com o caçador tendo que lidar com a sua fé e com o que está bem diante dos seus olhos.

A decepção nessa história fica por conta do pequeno número de páginas, apenas oito. Não sei se isso era para ser assim mesmo ou se foi algum problema de prazos que aconteceu com Patrick Zircher, mas não consegui encontrar nada sobre. 

A título de comparação, o volume 1 teve 80 páginas, enquanto este teve apenas 64.

No fringir dos ovos, A Espada Selvagem de Conan continua bastante interessante e me deixa ansioso pelo próximo volume.

Galeria de Capas

A Espada Selvagem de Conan 2 Capa Variante
Arte de Nick Marenkovich

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29/07/2025

Checklist do Álbum da Copa do Mundo de Clubes - Todas as Figurinhas

Álbum de Figurinhas Copa do Mundo de Clubes 2025

Sim, eu fui trouxa de comprar esse álbum mercenário da Panini. The joke is on me.

Mas se você está procurando um checklist com todas as figurinhas, ei-lô aqui. 

Assim ficará mais fácil de trocar suas figurinhas ou encomendar as que estão faltando no site da Panini.

Encontrei a lista em um blog (do blogpost, quem diria!) especializado em figurinhas de futebol. Obrigado ao amigo Cartophilic pelo trabalho de levantamento.

Na lista abaixo, todas as figurinhas que estiverem marcadas como "foil" são as figurinhas douradas especiais dos jogadores, exceto as quatro primeiras (que eu nunca vi em lugar nenhum).

Lembrando que o clube León do México foi desclassificado pouco antes do começo do mundial por ter o mesmo dono do Pachuca, outro clube mexicano, e a Fifa proibiu dois times com o mesmo dono disputando a competição. 

Por causa do tempo curto, não foi possível incluir o Los Angeles FC no álbum.

Além disso, os dois times americanos que participaram do torneio, o Inter Miami (aka o "time do Messi", que se classificou para a Copa só porque a Fifa queria o Messi jogando) e o Seattle Sounders tem apenas três figurinhas cada. 

O porque disso eu não sei. Se você souber escreva aí nos comentários.

Introdução

1.  Panini Logo  -  Figurinha dourada

2.  Official Emblem  -  Foil

3.  Official Trophy  -  Foil

4.  Official Match Ball  -  Foil


FIFA Club World Cup 2025


5.  Emblem (SE Palmeiras)

6.  Weverton (SE Palmeiras)

7.  Joaquín Piquerez (SE Palmeiras)

8.  Murilo (SE Palmeiras)

9.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)

10.  Marcos Rocha (SE Palmeiras)

11.  Richard Ríos (SE Palmeiras)

12.  Aníbal Moreno (SE Palmeiras)

13.  Mauricio (SE Palmeiras)

14.  Raphael Veiga (SE Palmeiras)

15.  Facundo Torres (SE Palmeiras)

16.  Weverton (SE Palmeiras)  -  The Emblem  -  Foil

17.  Paulinho (SE Palmeiras)

18.  Estêvão Willian (SE Palmeiras)

19.  Estêvão (SE Palmeiras)  -  The Chosen One  -  Foil

20.  José Manuel López (SE Palmeiras)

21.  Felipe Anderson (SE Palmeiras)

22.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)  -  The Crowd Hero  -  Foil

27/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.1 (Titan Comics)

Foto: IG poptopia

Conan está mesmo em alta, por Crom! 

Em novembro passado fui surpreendido nas bancas quando me deparei com o volume 1 da nova encarnação de A Espada Selvagem de Conan, sucesso de público lá pelos idos da década de 70, que contou com grandes artistas como Roy Thomas, Neal Adams, John Buscema, Barry Windsor-Smith, Alfredo Alcala, entre outros.

A série original de Espada Selvagem de Conan foi publicada entre 1974 e 1995, totalizando 21 anos ininterruptos. Desconheço outra série que tenha tido uma publicação tão longa sem ter passado por um reboot no meio do caminho. No total, ela teve 235 edições.

Entre 2019 e 2020 a Marvel fez uma segunda versão da ESC (chamarei de ESC daqui em diante para facilitar a vida desse vosso escriba digital). E desde 2022, a pouco conhecida editora Titan Comics comprou os direitos do bárbaro criado por Robert E. Howard e nos traz a terceira versão da revista.

A versão atual vem sendo publicada no Brasil pela Panini Comics e, julgando apenas pela primeira edição, vem fazendo um bom trabalho até aqui. A ESC atual, tal qual sua versão original, é preta e branca no formato magazine, mais ou menos o tamanho de uma revista semanal de notícias, e tanto as cores em P&B e o formato maior que o tradicional valorizam demais a arte da revista. A título de comparação, versão anterior da Marvel era em formato de comics americano e também era colorida.

A Espada Selvagem de Conan traz -obviamente- histórias de Conan, porém sem tantas amarras editorais como as revistas mais tradicionais do personagem publicada em formato de comics. Isso se traduz em histórias com violência mais explícita e também em nudez feminina -que é belissimamente ilustrada nessa edição por Max Von Fafner e roteiros de John Arcudi (Mulher-Maravilha: Preto e Dourado, O Máskara). 

A Espada Selvagem de Conan nudez feminina

Além da história em quadrinhos do Conan, ao final do primeira história (autocontida), temos um conto de duas páginas em prosa ao melhor estilo Conan: inimigos perigosos, Deuses cruéis, ambiente inóspito e uma bela donzela a ser salva pelo gigante de bronze.

E, também para a minha surpresa, a revista traz ainda uma segunda história com outro personagem de Robert E. Howard. Dessa vez quem dá as caras é o casmurro Solomon Kane, em uma história escrita e desenhada por Patrick Zircher (Superman, Homem-Aranha).

Diferentemente da história de Conan, este é apenas o primeiro capítulo de um arco de histórias de Kane. A história do caçador puritano tem menos páginas que a do cimério, porém não perde em qualidade, trazendo uma trama que promete contrapor a visão cristã do protagonista com elementos místicos e sombrios de outros panteões.

Soloman Kane Titan Comics

Quanto à história de Conan, temos aqui tudo o que um fã do Cimério poderia querer: exércitos em campanha, embates brutais, lutas impossíveis, traições, feras e máquinas de guerra e um clima de tensão sexual no ar. Tudo isso lindamente desenhado por Max Von Fafner.

A Espada Selvagem de Conan Max Von Fafner
@maxfafner foto do Instagram do artista

Como se tudo isso não fosse o suficiente, para abrilhantar ainda mais essa edição temos um belo pôster com um mapa da Era Hiboriana, uma introdução por ninguém mais, ninguém menos que Roy Thomas, o editor e principal escritor da ESC original -e também um ensaio sobre o impacto cultural de Solomon Kane, que praticamente sacramentou a visão que a cultura pop tem dos caçadores de vampiros, bruxas e monstros. E, por fim, traz também uma galeria de capas alternativas, totalizando 80 páginas.

E tudo isso apenas no volume #1. Ufa!

Por Crom, você seria louco de não ler esta belíssima magazine!

**

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Galeria de capas variantes

Capa de Gerard Zaffino e Shane Bailey



24/07/2025

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado e sua arte deslumbrante

Mulher Maravilha preto e dourado capa

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado foi lançado originalmente em 2021 nos EUA para celebrar o aniversário de 80 anos da criação da personagem do psicólogo William Moulton Marston.

Tal qual outras publicações nessa mesma linha, como Arlequina: Preto + Branco + Vermelho e Superman: Vermelho e Azul, a arte deste quadrinho tem apenas três cores básicas: preto, branco e dourado, e é por aí que quero começar esta resenha.

Utilizar apenas estas três cores dá um destaque incrível para a arte dos diversos desenhistas e coloristas que participam desse projeto. Até mesmo por isso, trata-se do ponto alto (altíssimo, eu diria) dessa HQ. 

Apesar de a Panini ser reconhecida pelos seus constantes erros editoriais e gráficos, aqui não há do que se reclamar: o trabalho de produção foi excelente e graficamente falando Mulher-Maravilha: Preto e Dourado é absolutamente deslumbrante!

Já a história em si é composta por dezenas de contos curtos de no máximo oito páginas, todos autocontidos. Como já é de praxe nesse tipo de publicação, a qualidade das histórias oscila demais, tendo algumas histórias muito boas com gostinho de "quero mais" que poderiam ser desenvolvidas em publicações solo dando mais tempo e espaço para os autores desenvolverem seus argumentos.

Já outras são apenas desperdício de papel.

Tem uma em especial que eu preciso destacar porque eu não acreditei quando li. Até reli para ver se eu não tinha entendido direito, mas não me parece que tenha sido o caso.

No conto "Mal Nenhum", Mulher-Maravilha é convocada por Vixen para viajar para a órbita terrestre  para investigar um fenômeno chamado "nebulosa", que apesar de inofensivo, tem chamado a atenção da população. 

Diana é convocada por Vixen porque apenas ela, graças a seus poderes, é capaz de conversar com os Tardígrados, um animal microscópico (que existe de verdade) que eu tenho certeza que já vi em algum filme ou série, que são os responsáveis por desencadear a tal nebulosa no espaço e que está sendo vista na Terra.

Esse carinha aí é o Tardígrado

E os Tardígrados tem um plano para invadir a Terra? Para escravizar os humanos? Talvez eles queiram avisar que o planeta esteja indo para o vinagre e estão metendo o pé igual aos golfinhos de O Guia do Mochileiro das Galáxias? 

Não, nada disso!

Os Tardígrados querem conversar com Diana e se valerem de sua experiência diplomática para falarem sobre alterações climáticas e pobreza global. E logo após isso ser revelado a história acaba.

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A autora dessa história é a escritora nigeriana Nnedi Okorafor que, segundo sua página na Wikipédia, é vencedora de vários prêmios literários. 

Como uma autora premiada consegue escrever uma história onde esses animaizinhos vão para o espaço para conversar sobre pobreza e alterações climáticas com um super-herói?

Para mim, é apenas um trabalho preguiçoso OU uma oportunidade de utilizar uma personagem famosa para empurrar sua agenda política. Provavelmente as duas coisas.

(e você achando que não teria como superar os carangueijos com asinhas de morcego do Lovecraft, mas que boboca!)

E esse não é o único conto em que isso acontece. Há outro em que a Mulher-Maravilha participa de protestos do Black Lives Matter, por exemplo. 

Mas, voltando a falar de coisas boas, gostaria de destacar algumas histórias.

A primeira é "Eu sou eterna", escrita por John Arcudi (Lobo/O Máscara, Hellboy) e ilustrada por Ryan Sook (Hellboy, Buffy). Nela, vemos Diana lutando durante a Segunda Guerra Mundial ao lado de soldados comuns. Depois, somos transportados para o presente, onde em uma reunião da Liga da Justiça, Bruce questiona Diana sobre o quanto ela realmente leva a sério a luta pela humanidade, já que ela é uma semideusa (ou coisa que o valha) imortal com milhares de anos de idade, enquanto a vida humana é tão frágil e fugaz.

Mulher Maravilha Ryan Sook

A segunda história, escrita pelo australiano Andrew Constant (Etrigan, Batman) e desenhada (lindamente!) pela artista Nicola Scott (que já tinha trabalhado anteriormente na mensal da MM), mostra Diana tendo que sacrificar um amigo querido, pois este enlouqueceu com a idade avançada e o contato com os humanos e tornou-se uma ameaça. 

De coração partido, a Mulher-Maravilha roga à Artemis, a Deusa da Fauna e do Mundo Selvagem, que guie o espírito do seu amigo para o além-vida, sabendo que foi muito amado e que possa encontrar a paz, e sua prece é prontamente atendida. 

Uma história com roteiro e artes maravilhosos, sem dúvida a mais bela de toda essa publicação.

Mulher Maravilha Nicola Scott

A terceira e última chama-se "O Profeta", escrita e magistralmente ilustrada por Liam Sharp (Gears of War, Juiz Dredd). Nela, vemos um escritor desesperado por ajuda de sua psicóloga, pois ele vem sendo atormentado por visões cada vez mais reais de uma luta entre Amazonas, que perigosamente estão saindo dos seus sonhos e adentrando o mundo real, até ele receber a visita da filha de Hipólita...

Mulher Maravilha Preto e Dourado Liam Sharp

E para quem recomendo Mulher-Maravilha: Preto e Dourado?

Acredito que essa publicação cai bem para quem é muito fã da Mulher-Maravilha ou que está atrás de uma publicação onde a arte seja o grande destaque. Essa HQ é praticamente um livro de arte, tirando uma ou outra história com a arte mais fraca aqui e acolá.

A edição da Panini conta com uma bela sobrecapa, o que nos proporciona ter a arte de duas capas e mais uma terceira na contracapa, pra mim foi uma excelente escolha.

Porém, por se tratar de uma edição comemorativa de 80 anos da personagem, achei que fez falta um texto do editor com um breve resumo das décadas de "vida" da Princesa de Themyscira. Bola fora.

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Galeria de Capas

Mulher Maravilha capa por Yanick Paquette
Arte de Yanick Paquette


Arte de Carla Cohen

Arte de Joshua Middleton

Arte de Lee Bermejo

Arte de David Mack


Arte de Rose Besch


Arte de Janaína Medeiros


Arte de Matías Bergara

16/07/2025

Juiz Dredd Essencial: Necrópole

Juiz Dredd Essencial Necrópole Capa

Depois de três anos, resolvi dar sequência a minha leitura de Juiz Dredd Essencial: Juiz Dredd vs Juiz Morte. E devo dizer que valeu muito a pena!

"Necrópole" é uma das histórias mais icônicas e sombrias do Juiz Dredd, originalmente publicada nos anos 1990 na revista britânica 2000 AD, escrita por John Wagner e magistralmente ilustrada pelo já finado Carlos Ezquerra (2018), os dois criadores do personagem. 

A edição "Essencial" publicada pela Editora Mythos reúne esse épico em um único volume, permitindo que leitores acompanhem em sequência o arco em que Mega-City Um, aka Megona, mergulha no caos gelado da morte.

Vale mencionar que este arco é uma continuação direta de "Juiz Dredd Essencial: Juiz Dredd vs Juiz Morte", embora muitas coisas importantes tenham acontecido nesse meio tempo, como um clone do Juiz Dredd, a morte do tutor de Dredd, Morph, e também a "aposentadoria compulsória" de Dredd, que saiu na "Longa Caminhada" após perder a fé no sistema judicial em Mega-City Um.

Obs: Para quem, assim como eu, não sabia o que é "A Grande Caminhada", recomendo a leitura deste artigo na Fandon do JD.

Se você começar a ler este volume e se sentir perdido, não desanime. Não ter lido as histórias passadas não vai fazer tanta diferença assim para o entendimento desta e a Mythos colocou um bom resumo introdutório neste volume, então confia e vai!

No começo do volume, já vemos de cara que Dredd não está mais na cidade, mas foi substituído pelo seu clone, Kraken, que agora patrulha a cidade ostentando o nome de Dredd, sem que quase ninguém saiba na Central que ele não é o Dredd de verdade. 

Juiz Kraken

Após sermos apresentados ao Kraken, passamos a acompanhar um pouco do que aconteceu na primeira visita do Juiz Morte à Megona, onde ele invade o Condo Dunc Renaldo e faz várias vítimas com o seu julgamento, no qual o veredito sempre é a morte.

Juiz Dredd Necrópole
No meio de tanta violência e terror o mestre Ezquerra ainda encontra espaço para uma pitada de sensualidade

Após fazer várias vítimas no Condo, o Juiz Morte chega ao quarto do casal Xena e Chip. Xena levanta e vai atender a porta, o Juiz a pega pelo braço e começa a fazer seu julgamento quanto é alvejado pelos Juízes com as incendiárias, obrigando-o a fugir, pois embora não possa ser morto, as armas com tiro incendiários dos Juízes podem fazer dano o suficiente para destruírem a "casca" que lhe serve como corpo e prende a sua alma ao mundo dos vivos.

Xena é salva, fica dias internada no hospital até que volta para casa. Porém, ela não é mais a mesma.

O estado de saúde dela piora com os dias, até que ela começa a fica agressiva e ameaça seu marido com uma faca para que não a toque nunca mais e nem comente sobre sua saúde com ninguém. Aos poucos, ela vai transformando seu apartamento em um altar ao Juiz Morte. 

Seu marido Chip, desesperado, não sabe mais o que fazer. As coisas vão piorando até que Xena mata Chip em um ritual para que as Irmãs Morte, Fobia e Náusea, possam atravessar para o nosso mundo e coloquem em prática seu plano para resgatarem os Juizes Morte, Ruína, Fogo e Medo a escapar do limbo para onde foram enviados ao término do volume passado.

Depois de atravessarem para o nosso mundo, as Irmãs Morte começam a entrar na cabeça de Kraken e a influenciá-lo a ajudarem a executar seu plano. Com a confiança e o livro acesso à Central, Kraken vai ser um aliado valoroso para que elas consigam saber como resgatar os juízes do limbo e também a atrair a Juíza Psi Agee para ser usada como âncora no lugar da já fraca Xena. 

Com seus poderes Psi, a juíza vai ser uma arma muito poderosa para amplificar os poderes das irmãs morte e literalmente transforma Mega-City Um na Necrópole

E tudo isso é apenas o começo da trama de Necrópole. No desenrolar da história ainda teremos, obviamente, a volta do Juiz Dredd além de uma outra importante personagem, mortes (na casa dos milhões), muitas traições e reviravoltas. É de começar a ler e ficar com a bunda colada na cadeira até o final!

E a arte de Carlos Ezquerra, meus amigos, o que é isso? Ele consegue fazer as cenas de terror e violência ficarem belas com seus desenhos e a coloração sensacional que ele empregou nessa história. É de tirar o chapéu!

Juízes Morte

Não acho que vale a pena ler este volume sem ter lido o volume anterior, mas recomendo fortemente caso você já tenha um interesse pelo personagem a ir atrás desses dois encadernados. Vale muito a pena!


13/07/2025

Sussurros na Escuridão - O último conto de HP Lovecraft (Graças a Deus)

capa do livro "sussuros da escuridão" de HP Lovecraft

Não tinha como não comentar meu desfecho literário com H.P. Lovecraft depois dos meus últimos posts contanto como foi minha experiência com os primeiros dois livros, de um total de três, de contos do autor publicados pela Editora Pandorga (que nome ruim, por Crom!).

Não vou ficar me repetindo sobre a experiência com os dois primeiros volumes, os breves relatos estão aqui e aqui contando minha decepção com o Cthulhu e minha positiva surpresa com "A cor que caiu do espaço".

Diferente dos outros dois livros, este último traz apenas um único e longo conto chamado "Sussurros na escuridão".

Este conto foi escrito entre fevereiro e setembro de 1930 e publicado em agosto de 1931 na revista "Weird Tales", a mesma que publicada os contos de Conan, o Bárbaro.

Citando a introdução do conto:

"Em Sussurros na escuridão, Lovecraft insinua mais uma vez sua filosofia de vida e demonstra claramente sua descrença na supremacia humana. Mostra-nos como, quase sempre, seus heróis eruditos são forçados a enfrentar um novo e terrível paradigma. É o habitual, o tranquilo e o previsível sendo arrebatado pelo sobrenatural, deixando o rastro de horror em um mundo onde os seres humano não estão sozinhos".

O conto começa como tudo do Lovecraftcarta, relato, meta-relato, lendas locais, disse-me-disse, fofoca de cidade do interior, etc. Aqui, o professor Wilmarth se envolve numa troca de correspondências com o misterioso Henry Akeley (um aposentado com muito tempo livre e "doidinho do centro" local).

Akeley mora em Vermont, região rural, cheia de florestas escuras, riachos gelados, colinas e fazendas onde se você escuta um porco guinchando pode ser só um porco mesmo ou o som de um ritual ancestral para invocar deuses cósmicos. Nunca se sabe.

Enfim, Akeley escreve cartas cada vez mais paranoicas para Wilmarth, dizendo que existem “seres” no bosque, “coisas” que aparecem à noite, que deixam marcas, vozes sussurradas em tons sinistros e que o estão perseguindo por tentar alertar as pessoas sobre sua existência, pois de todos os seres humanos que viram esses criaturas com os próprios olhos, não sobrou nenhum para contar história.

sussurros na escuridão ler online

A maior parte desse conto se passa através de leitura de cartas, um diálogo entre Wilmarth e Akeley. As cartas ficam cada vez mais assustadoras conforme os dois vão trocando informações sobre as estranhas criaturas, até o momento em que estas tentam continuamente isolar Wilmarth em sua fazenda, cortando sua linha de telefone e interceptando suas cartas, para que este pare de divulgar informações sobre elas, até chegar ao ponto de tentarem assassiná-lo todas às noites.

Isso vai ocorrendo até que Akeley recebe uma carta muito estranha de Wilmarth dizendo que ele fez as pazes com as criaturas e que estas o chamaram para visitar seu planeta natal, Yuggoth, que fica ali na borda da galáxia, mais ou menos onde Judas perdeu as botas.

Claro né, quem nunca quis dar um rolê espacial com caranguejos alienígenas com asinhas de morcego?

Ah é, eu esqueci de mencionar, tais seres se parecem com caranguejos alienígenas do tamanho de um homem e que tem asinhas de morcego pequenas que não servem para voar e que falam com uma voz sinistra e quase incompreensível.

Não vou mentir, a escrita de Lovecraft nesse conto e o clima de suspense me pegou, mas me incomodou pra caramba da grande ameaça serem caranguejos-gigantes-com-asinhas-de-morcego. Fica um pouco difícil de levar as coisas a sério desse jeito, mas ok.

Nesse momento da história achei que haveria uma grande reviravolta porque ÓBVIAMENTE que isso seria uma mentira e uma estratégia para atrair Wilmarth até a casa de Akeley e dar um fim nele.

MAS ELE ACEITA A VAI ATÉ LÁ SÓ POR CURIOSIDADE!

Quase desisti do livro nessa hora, mas já tinha ido longe demais pra voltar atrás (grandes cagadas já foram cometidas após alguém dizer essa frase).

Ao chegar na cabana, Wilmarth percebe que as coisas, ÓBVIAMENTE, estão estranhas. Não vou falar mais para entrar em spoilers, mas o final é bem anticlimático.

Não achei a leitura ruim, mas também não recomendo a ninguém. 

Na verdade, em retrospectiva não acredito que li mais de 100 páginas de um conto sobre caranguejos espaciais com asinhas de morcego... talvez eu devesse repensar as minhas escolhas de vida.



01/07/2025

Mulher Maravilha Terra Um / A Cor que Caiu do Céu

Box HP Lovecraft Pandorga

Por aqui segui bravamente lendo meu livro de contos de horror de HP Lovecraft. Segui por pura insistência mesmo e terminei o primeiro volume. Como não tinha nada mais disponível para ler no formato físico acabei indo para o segundo volume e não me arrependi.

"A cor que caiu do céu" da nome e abre o segundo volume da trilogia de livros de contos lançada pela Editora Pandorga (que nome ruim, pelo amor de Crom!).

O conto do Cthulhu é o conto pelo qual H.P. Lovecraft é mais conhecido, porém "A cor que caiu do céu" (também um de seus contos mais famosos) é muito melhor que o conto do cara de polvo. 

Um clima de mistério e horror do início ao fim que me prendeu e me deu fôlego para ler os demais contos do livro e valeu a pena.

Não só este conto é muito bom como todos os demais contos do segundo livro superam os do primeiro.

Para quem estiver curioso, os outros contos desse segundo volume são:

  • Ele
  • O Horror em Red Hook

Se antes estava desanimado para continuar a leitura, agora quero logo partir para o terceiro volume!

**

Mulher Maravilha Terra Um Capa

Fazia já algum tempo que eu queria ler alguma coisa da linha DC de Bolso, porém tudo que era lançado eu já tinha, então deixei passar.

Porém, recentemente a Panini lançou "Mulher Maravilha: Terra Um" nesse formato, compilando três edições capa dura em um único volume.

Para quem não sabe, a DC de Bolso tem como objetivo ser uma publicação econômica. Nos EUA cada edição custa apenas $9,90, realmente econômico. Para isso usa o papel off-white e tem um formato intermediário entre um mangá e um comic americano.

Eu gostei da economia de dinheiro e de espaço, embora o papel off-white e o tamanho reduzido prejudique bastante os desenhos, porém para mim o que importa mesmo é a história.

Para comparar, apenas o volume três de MMTU em edição capa dura custa R$52,90. Já os três volumes compilados na DC de bolso saem por R$67,90. Para mim compensa e muito.

Já a história em si eu gostei bastante, embora no volume três o Grant Morrison tenha dado as suas viajadas pseudo "Alan-Moorianas" e tenha deixado muito a desejar, mas ainda assim me entreteu.

Já a arte de Yanick Paquette ("Y, o Último Homem") é excelente, seja qual for o papel ou formato utilizado. 

Se você gosta da Mulher Maravilha e também de economizar, eu recomendo muito!

Mulher Maravilha Terra Um DC de Bolso e capa dura


28/05/2025

Cthulhu: não tão assustador assim

Box Lovecraft Editora Pandorga

Recentemente aproveitei uma das já raras boas promoções da Amazon e comprei um box da Editora Pandorga do autor H.P. Lovecraft, que dispensa maiores apresentações.

Me custou algo em torno de 35 'descondenados' 3 livros com bom acabamento, o box em si, marca páginas e um pôster.

Eu me senti praticamente roubando a editora.

Vale destacar que eu fiquei com vontade de ler alguma coisa do Lovecraft porque eu li recentemente três livros de contos do Conan lançados também pelo Pandorga e no último livro tem alguns contos em que se nota que Conan luta contra inimigos que são descritos como "horrores cósmicos", difíceis de descrever em palavras.

Nas notas da edição, o autor conta que isso foi influência que a obra de Lovecraft exerceu no no Robert E. Howard. Ambos eram contemporâneos e chegaram a trocar cartas.

Fiquei interessado e comprei os livros do contos do Lovecraft. Aproveitei e comecei logo pelo livro que tinha sua obra mais famosa, o conto do Cthulu.

Sinceramente, não achei nada demais.

Não gostei do estilo da narrativa, onde o personagem principal conta a investigação que seu falecido tio fazia sobre cultos obscuros, investigação essa que acabou levando-o a morte, a princípio por causas naturais, mas depois acaba descobrindo que não foi bem assim.

O conto inteiro, dividido em dois capítulos, tem um ritmo arrastado, com o protagonista narrando as descobertas do seu tio e suas próprias descobertas, além das desventuras de outros personagens envolvidos na trama.

Mas nunca vemos diálogos ou ouvimos as vozes desses personagens (muito mais interessantes que o protagonista, diga-se de passagem), apenas a narração dos acontecimentos.

Não achei ruim o conto, porém esperava mais. Agora estou com uma preguiça danada de continuar lendo e sequer cheguei na metade do primeiro livro.

Alguém poderia me dar uma palavra de incentivo para continuar a leitura?


06/05/2025

Por que a internet não é mais divertida parte 2 - Não conheça seus ídolos

Eu achava o Gaveta divertido, cheguei a acompanhar o canal dele durante um tempo pois ele é fera na edição de vídeos.

Mas acabei parando de assistir por motivos de sei lá, a vida foi acontecendo.

Hoje me deparei com esse vídeo dele falando sobre a nova (e desnecessária) adaptação caça-níquel que ninguém pediu de Harry Potter para o formato série. E os comentários dele são decepcionantes. 

Eu não acompanho muito a J.K. Rowling, autora da série HP, mas sei que ela tem falando contra as "mulheres trans", ou seja, homens que se acham no direito de serem tratados como mulheres. 

E, pelo pouco que vi, ela tem dito apenas o óbvio: as mulheres estão perdendo espaço na sociedade para essas/esses/essus/essxs "neo-mulheres". 

Falou apenas o óbvio.

Até apanhar para homens nas artes marciais está liberado, e aí de você caso queira se opor a um homem espancando uma mulher! 

Tal qual o Jovem Nerd e o Azaghal, o Gaveta deve ter ganho bastante dinheiro, o famoso "fuck you money", para poder falar o que bem entender sem ter medo de represálias. E eu não julgo, faria o mesmo se pudesse. Faço em doses homeopáticas aqui nesse blogger porque quase ninguém lê mesmo.

Mas também é bastante fácil falar o que quiser quando você está do lado politicamente correto.

Eu não digo que o Gaveta era um ídolo meu. Isso passa muito, mas muito longe de ser verdade.

Mas quando vi esse vídeo dele essa foi a primeira coisa que me veio à cabeça: Não conheça seus ídolos.

***
TL;DR

Relendo o que escrevi achei que talvez tenha ficado um pouco contraditório meu argumento, vou tentar resumir:
  • Se eu tivesse o "fuck you money" como ele parece ter, eu também falaria minhas opiniões sem muito filtro (muito embora se eu tivesse essa grana toda eu não ia ficar na internet fazendo vídeo);
  • A opinião dele sobre a J.K Rowling falar o óbvio e defender as mulheres é decepcionante. Parece até que ela sai à noite procurando um trans pra espancar no meio da rua.
***
Update

16/04/2025

Por que a internet não é mais divertida

Me peguei pensando nos últimos dias porque a internet não me diverte, entretém e encanta como era há mais ou menos uns 10 anos atrás.

Tal como os antigos Maias, Astecas e Karatecas, quando eu trabalhava presencial (crê em Deus pai, me livrai deste mal, amém), eu fazia todo o meu trabalho em duas ou três horas e tinha que passar o resto do expediente enrolando.

Nossa, e como era fácil fazer isso naquela época.

Eram incontáveis, sites e blogs, toda semana praticamente eu descobria um site novo e interessante.

Consigo me lembrar, por exemplo, quando descobri o site do Mises Brasil, o blog do Cardoso, blog do Edney, o Papo de Homem, o Brainstorm 9. Ficava maravilhado com aquele mundo novo de informação.

Tinham também os de nerdices como o Melhores do Mundo (que era divertido antes de um dos integrantes defender espancar o Monark na rua), tinha o Universo HQ, Omelete (antes de virar Omeleft), Jovem Nerd (antes de virar 'Trailer Office' e defender que crianças trans e que essa ideia não foi enfiada quase-que-literalmente na cabeça delas), o site do Pipoca e Nanquim, o Matando Robôs Gigantes (ouvida muito o podcast deles no ônibus, baixava o mp3 no celular, passava por cabo USB e ia ouvindo 3 horas até chegar em casa do trabalho), Kibe Loco (antes de ser vender por dinheiro, ideologia ou coisa que o valha), Jacaré Banguela, tinha o Judão (nossa, esse nome eu desenterrei das profundezas da mente, acho que nem existem mais).

blog melhores do mundo em 2009
Blog do MdM em 2009 com o background "cortina de puteiro"

Isso tudo era divertido. Até que deixou de ser.

Não sei exatamente quando foi que isso aconteceu.

Mas me lembro especificamente do caso do MdM. Acessava esse site todo dia de segunda a sexta para me ajudar a matar o tempo no trabalho. Adorava as piadas internas.

Até que um dia PUFT, do nada eu cansei e nunca mais acessei.

O mesmo aconteceu com vários outros em momentos diferentes.

Acho que isso se intensificou na época do impeachment da Dilma.


Nessa época eu fui demitido da empresa onde trabalhei por quatro anos, pois os clientes haviam minguado.

Então eu decidi que estava de saco cheio de trabalhar com social media e ia ficar em casa estudando para concurso público até passar.

Na época isso era factível, pois não tinha filha nem pagava aluguel. Enfim, estou perdendo o foco.

A questão é que eu não precisava mais matar tempo no trabalho e ficava basicamente em casa estudando o dia inteiro, parava só para fazer os afazeres domésticos e à noite lia uma HQ (já viu o preço de um quadrinho hoje em dia?), jogava Xbox e assistia Netflix.

Lembra quando TUDO que tinha de conteúdo na internet estava na Netflix? Quando streaming era sinônimo de DIVERSÃO e não dor de cabeça? Eu me sentia na vanguarda, um grande FUCK THE SYSTEM com aquela assinatura baratinha de UM streaming o qual você nem precisava pagar, podia pegar a senha emprestada da conta de algum parente.

Bons tempos, né?

Enfim, aos poucos essa internet divertida foi morrendo. Os apps de redes sociais foram entrando e ficando mais e mais tempo na nossa cara.

Nos últimos meses eu me pegava 30, 40, 50 minutos, 1 hora, 2 horas por dia com a cara no Instagram. Como alguém que sai de uma ressaca às vezes eu me perguntava "porra, pra que eu fiz isso? Isso não é saudável, tenho que parar".

Parava um ou dois dias e tinha uma recaída.

Corta para 2024-2025. Mesmo trabalhando home office muitas vezes tinha algum tempo para matar entre entregar uma tarefa e a próxima reunião. 

Um "rolada" no Instagram, uma passadinha na crackolândia do Twitter. Se o tempo era muito ocioso até o moribundo Facebook era lembrado.

Mas é tudo mais do mesmo. Meme, meme, meme, influenciador, perfis e pessoas que eu nem sigo que aparecem na minha timeline, uma ou outra coisa de um amigo, notícia click bait, sensacionalista, FIM DO MUNDO, FULANO DISPARA, CICLANO DETONA BELTRANO, MILIONÁRIO ANTES DOS 24 (SAIBA COMO), AUMENTE SEU PÊNIS, MÃES SOLTEIRAS PROCURAM, BRIGA POR POLÍTICA (my bad, essa eu já fiz muito).

Porra bicho, que saco.

Por "coincidência", apareceu um vídeo para mim no Youtube justamente sobre esse tema da internet não ser mais divertida.

Isso foi logo depois de ver uns vídeos de Jailbreak do Kindle. Desencanto com tecnologia. Esse algoritmo é bom mesmo, works like a charm.

Aí eu me peguei pensando "o que eu diabos fazia há 10 anos atrás para passar o tempo no trabalho?".

Então lembrei desse meu abandonado bloguinho (incrível como o Google não mandou o blogger para o limbo do esquecimento tecnológico e também não investe me nada nele) e dos posts legais que lia nos bloggers da vida.

Além dos blogs sobre HQs, filmes, etc também participei muito da blogosfera de finanças. Hoje aqui lá virou uma cidade fantasma. Acho que todos desistiram depois da ascensão dos influenciadores de finanças (COMENTE, CURTA E COMPARTILHE!). Ou talvez tenham atingindo a tão sonhada independência financeira e não viam mais sentido em escrever um blog para estranhos lerem.

E de quem é a culpa então da internet não ser mais divertida, afinal?

Das redes sociais, dos políticos, das big techs, do capitalismo, do socialismo, da marcha inexorável do progresso, do zé povão, do afegão médio, do QI 83, minha, sua, nossa culpa.

Enfim, senti vontade de escrever estas patéticas linhas e, quem sabe, recuperar um pouco daquela internet divertida de uma década atrás.

Agora, se me der licença, vou dar uma rolada no meu Instagram.