Outro dia me deparei com esta postagem no blog do Neófito, colega de longa data aqui da "blogosfera".
Ele tenta responder à seguinte questão: Por que ainda escrevemos um blog em 2025?
Blogs são ultrapassados, anacrônicos, mofados. Um blog do blogspot ainda mais. Que coisa mais anos 2000.
Eles eram relevantes no começo da massificação da internet, na era em que as únicas redes sociais eram o Orkut e o Fotolog.
Aqui podíamos guardar os (poucos) memes que circulavam na "web", podíamos escrever nossas sinceras opiniões sobre qualquer coisa, sem medo de censura ou cancelamento. Eram tempos mais livres, simples e divertidos.
Sim, eu estou sendo saudosista, sendo um velho chato que acha que tudo era melhor no passado, respeite meus 39 anos, por favor.
Mas olhando para trás é assim que eu me recordo dessa época onde era tudo "mato virtual".
Claro que hoje temos muitas praticidades das quais eu não abro mão. Não ter mais que ir a uma agência de banco é maravilhoso, ter qualquer série ou filme disponível e acessível em qualquer tempo, hora e lugar também.
Mas a "arte" de blogar foi caindo no esquecimento com a popularização do Youtube e das redes sociais. Só uns poucos esquisitos ainda insistem nisso aqui.
Para ganhar dinheiro? Duvido muito. Seria bem-vindo, mas definitivamente não é o meu caso nem o da maioria.
Escrevemos porque faz bem para a cabeça, porque às vezes tem algum pensamento, sentimento ou opinião querendo sair da cabeça ou do peito e não temos tempo, paciência ou recursos para gravar um vídeo, não queremos o julgamento do nosso círculo social, ou preferimos o prazer de digitar as palavras em um teclado e vê-las aparecendo na tela e, depois de pronto, contemplá-las como um pequeno filho que acabou de nascer.
Um fruto de um trabalho bem feito, um pedaço de nós que descolou da nossa consciência e agora está compartilhado com o mundo.
Somos esquisitos? Provavelmente.
Anacrônicos? Com certeza.
Mas nos sentimos bem fazendo isso? Absolutamente sim.
Escrevemos principalmente para nós mesmos. Alguns ainda têm o mérito (ou o fardo) de escreverem para uma audiência cativa.
Não tenho mais o interesse de divulgar minhas opiniões sobre quadrinhos, músicas, filmes, etc, para ninguém.
Eu escrevo aqui e quem cair de paraquedas e ler, ótimo.
Se ninguém ler ou não gostar, tudo bem também.
Escrever um blog hoje é tipo a penseira das histórias do Harry Potter. Serve para tirar pensamentos da cabeça e deixá-la mais leve.
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