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29/07/2025

Checklist do Álbum da Copa do Mundo de Clubes - Todas as Figurinhas

Álbum de Figurinhas Copa do Mundo de Clubes 2025

Sim, eu fui trouxa de comprar esse álbum mercenário da Panini. The joke is on me.

Mas se você está procurando um checklist com todas as figurinhas, ei-lô aqui. 

Assim ficará mais fácil de trocar suas figurinhas ou encomendar as que estão faltando no site da Panini.

Encontrei a lista em um blog (do blogpost, quem diria!) especializado em figurinhas de futebol. Obrigado ao amigo Cartophilic pelo trabalho de levantamento.

Na lista abaixo, todas as figurinhas que estiverem marcadas como "foil" são as figurinhas douradas especiais dos jogadores, exceto as quatro primeiras (que eu nunca vi em lugar nenhum).

Lembrando que o clube León do México foi desclassificado pouco antes do começo do mundial por ter o mesmo dono do Pachuca, outro clube mexicano, e a Fifa proibiu dois times com o mesmo dono disputando a competição. 

Por causa do tempo curto, não foi possível incluir o Los Angeles FC no álbum.

Além disso, os dois times americanos que participaram do torneio, o Inter Miami (aka o "time do Messi", que se classificou para a Copa só porque a Fifa queria o Messi jogando) e o Seattle Sounders tem apenas três figurinhas cada. 

O porque disso eu não sei. Se você souber escreva aí nos comentários.

Introdução

1.  Panini Logo  -  Figurinha dourada

2.  Official Emblem  -  Foil

3.  Official Trophy  -  Foil

4.  Official Match Ball  -  Foil


FIFA Club World Cup 2025


5.  Emblem (SE Palmeiras)

6.  Weverton (SE Palmeiras)

7.  Joaquín Piquerez (SE Palmeiras)

8.  Murilo (SE Palmeiras)

9.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)

10.  Marcos Rocha (SE Palmeiras)

11.  Richard Ríos (SE Palmeiras)

12.  Aníbal Moreno (SE Palmeiras)

13.  Mauricio (SE Palmeiras)

14.  Raphael Veiga (SE Palmeiras)

15.  Facundo Torres (SE Palmeiras)

16.  Weverton (SE Palmeiras)  -  The Emblem  -  Foil

17.  Paulinho (SE Palmeiras)

18.  Estêvão Willian (SE Palmeiras)

19.  Estêvão (SE Palmeiras)  -  The Chosen One  -  Foil

20.  José Manuel López (SE Palmeiras)

21.  Felipe Anderson (SE Palmeiras)

22.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)  -  The Crowd Hero  -  Foil

27/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.1 (Titan Comics)

Foto: IG poptopia

Conan está mesmo em alta, por Crom! 

Em novembro passado fui surpreendido nas bancas quando me deparei com o volume 1 da nova encarnação de A Espada Selvagem de Conan, sucesso de público lá pelos idos da década de 70, que contou com grandes artistas como Roy Thomas, Neal Adams, John Buscema, Barry Windsor-Smith, Alfredo Alcala, entre outros.

A série original de Espada Selvagem de Conan foi publicada entre 1974 e 1995, totalizando 21 anos ininterruptos. Desconheço outra série que tenha tido uma publicação tão longa sem ter passado por um reboot no meio do caminho. No total, ela teve 235 edições.

Entre 2019 e 2020 a Marvel fez uma segunda versão da ESC (chamarei de ESC daqui em diante para facilitar a vida desse vosso escriba digital). E desde 2022, a pouco conhecida editora Titan Comics comprou os direitos do bárbaro criado por Robert E. Howard e nos traz a terceira versão da revista.

A versão atual vem sendo publicada no Brasil pela Panini Comics e, julgando apenas pela primeira edição, vem fazendo um bom trabalho até aqui. A ESC atual, tal qual sua versão original, é preta e branca no formato magazine, mais ou menos o tamanho de uma revista semanal de notícias, e tanto as cores em P&B e o formato maior que o tradicional valorizam demais a arte da revista. A título de comparação, versão anterior da Marvel era em formato de comics americano e também era colorida.

A Espada Selvagem de Conan traz -obviamente- histórias de Conan, porém sem tantas amarras editorais como as revistas mais tradicionais do personagem publicada em formato de comics. Isso se traduz em histórias com violência mais explícita e também em nudez feminina -que é belissimamente ilustrada nessa edição por Max Von Fafner e roteiros de John Arcudi (Mulher-Maravilha: Preto e Dourado, O Máskara). 

A Espada Selvagem de Conan nudez feminina

Além da história em quadrinhos do Conan, ao final do primeira história (autocontida), temos um conto de duas páginas em prosa ao melhor estilo Conan: inimigos perigosos, Deuses cruéis, ambiente inóspito e uma bela donzela a ser salva pelo gigante de bronze.

E, também para a minha surpresa, a revista traz ainda uma segunda história com outro personagem de Robert E. Howard. Dessa vez quem dá as caras é o casmurro Solomon Kane, em uma história escrita e desenhada por Patrick Zircher (Superman, Homem-Aranha).

Diferentemente da história de Conan, este é apenas o primeiro capítulo de um arco de histórias de Kane. A história do caçador puritano tem menos páginas que a do cimério, porém não perde em qualidade, trazendo uma trama que promete contrapor a visão cristã do protagonista com elementos místicos e sombrios de outros panteões.

Soloman Kane Titan Comics

Quanto à história de Conan, temos aqui tudo o que um fã do Cimério poderia querer: exércitos em campanha, embates brutais, lutas impossíveis, traições, feras e máquinas de guerra e um clima de tensão sexual no ar. Tudo isso lindamente desenhado por Max Von Fafner.

A Espada Selvagem de Conan Max Von Fafner
@maxfafner foto do Instagram do artista

Como se tudo isso não fosse o suficiente, para abrilhantar ainda mais essa edição temos um belo pôster com um mapa da Era Hiboriana, uma introdução por ninguém mais, ninguém menos que Roy Thomas, o editor e principal escritor da ESC original -e também um ensaio sobre o impacto cultural de Solomon Kane, que praticamente sacramentou a visão que a cultura pop tem dos caçadores de vampiros, bruxas e monstros. E, por fim, traz também uma galeria de capas alternativas, totalizando 80 páginas.

E tudo isso apenas no volume #1. Ufa!

Por Crom, você seria louco de não ler esta belíssima magazine!

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Caso tenho gostado dessa resenha, considere comprar a Espada Selvagem de Conan 1 pelo meu link e me ajude a comprar mais gibis. Obrigado!

Galeria de capas variantes

Capa de Gerard Zaffino e Shane Bailey



24/07/2025

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado e sua arte deslumbrante

Mulher Maravilha preto e dourado capa

Mulher-Maravilha: Preto e Dourado foi lançado originalmente em 2021 nos EUA para celebrar o aniversário de 80 anos da criação da personagem do psicólogo William Moulton Marston.

Tal qual outras publicações nessa mesma linha, como Arlequina: Preto + Branco + Vermelho e Superman: Vermelho e Azul, a arte deste quadrinho tem apenas três cores básicas: preto, branco e dourado, e é por aí que quero começar esta resenha.

Utilizar apenas estas três cores dá um destaque incrível para a arte dos diversos desenhistas e coloristas que participam desse projeto. Até mesmo por isso, trata-se do ponto alto (altíssimo, eu diria) dessa HQ. 

Apesar de a Panini ser reconhecida pelos seus constantes erros editoriais e gráficos, aqui não há do que se reclamar: o trabalho de produção foi excelente e graficamente falando Mulher-Maravilha: Preto e Dourado é absolutamente deslumbrante!

Já a história em si é composta por dezenas de contos curtos de no máximo oito páginas, todos autocontidos. Como já é de praxe nesse tipo de publicação, a qualidade das histórias oscila demais, tendo algumas histórias muito boas com gostinho de "quero mais" que poderiam ser desenvolvidas em publicações solo dando mais tempo e espaço para os autores desenvolverem seus argumentos.

Já outras são apenas desperdício de papel.

Tem uma em especial que eu preciso destacar porque eu não acreditei quando li. Até reli para ver se eu não tinha entendido direito, mas não me parece que tenha sido o caso.

No conto "Mal Nenhum", Mulher-Maravilha é convocada por Vixen para viajar para a órbita terrestre  para investigar um fenômeno chamado "nebulosa", que apesar de inofensivo, tem chamado a atenção da população. 

Diana é convocada por Vixen porque apenas ela, graças a seus poderes, é capaz de conversar com os Tardígrados, um animal microscópico (que existe de verdade) que eu tenho certeza que já vi em algum filme ou série, que são os responsáveis por desencadear a tal nebulosa no espaço e que está sendo vista na Terra.

Esse carinha aí é o Tardígrado

E os Tardígrados tem um plano para invadir a Terra? Para escravizar os humanos? Talvez eles queiram avisar que o planeta esteja indo para o vinagre e estão metendo o pé igual aos golfinhos de O Guia do Mochileiro das Galáxias? 

Não, nada disso!

Os Tardígrados querem conversar com Diana e se valerem de sua experiência diplomática para falarem sobre alterações climáticas e pobreza global. E logo após isso ser revelado a história acaba.

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A autora dessa história é a escritora nigeriana Nnedi Okorafor que, segundo sua página na Wikipédia, é vencedora de vários prêmios literários. 

Como uma autora premiada consegue escrever uma história onde esses animaizinhos vão para o espaço para conversar sobre pobreza e alterações climáticas com um super-herói?

Para mim, é apenas um trabalho preguiçoso OU uma oportunidade de utilizar uma personagem famosa para empurrar sua agenda política. Provavelmente as duas coisas.

(e você achando que não teria como superar os carangueijos com asinhas de morcego do Lovecraft, mas que boboca!)

E esse não é o único conto em que isso acontece. Há outro em que a Mulher-Maravilha participa de protestos do Black Lives Matter, por exemplo. 

Mas, voltando a falar de coisas boas, gostaria de destacar algumas histórias.

A primeira é "Eu sou eterna", escrita por John Arcudi (Lobo/O Máscara, Hellboy) e ilustrada por Ryan Sook (Hellboy, Buffy). Nela, vemos Diana lutando durante a Segunda Guerra Mundial ao lado de soldados comuns. Depois, somos transportados para o presente, onde em uma reunião da Liga da Justiça, Bruce questiona Diana sobre o quanto ela realmente leva a sério a luta pela humanidade, já que ela é uma semideusa (ou coisa que o valha) imortal com milhares de anos de idade, enquanto a vida humana é tão frágil e fugaz.

Mulher Maravilha Ryan Sook

A segunda história, escrita pelo australiano Andrew Constant (Etrigan, Batman) e desenhada (lindamente!) pela artista Nicola Scott (que já tinha trabalhado anteriormente na mensal da MM), mostra Diana tendo que sacrificar um amigo querido, pois este enlouqueceu com a idade avançada e o contato com os humanos e tornou-se uma ameaça. 

De coração partido, a Mulher-Maravilha roga à Artemis, a Deusa da Fauna e do Mundo Selvagem, que guie o espírito do seu amigo para o além-vida, sabendo que foi muito amado e que possa encontrar a paz, e sua prece é prontamente atendida. 

Uma história com roteiro e artes maravilhosos, sem dúvida a mais bela de toda essa publicação.

Mulher Maravilha Nicola Scott

A terceira e última chama-se "O Profeta", escrita e magistralmente ilustrada por Liam Sharp (Gears of War, Juiz Dredd). Nela, vemos um escritor desesperado por ajuda de sua psicóloga, pois ele vem sendo atormentado por visões cada vez mais reais de uma luta entre Amazonas, que perigosamente estão saindo dos seus sonhos e adentrando o mundo real, até ele receber a visita da filha de Hipólita...

Mulher Maravilha Preto e Dourado Liam Sharp

E para quem recomendo Mulher-Maravilha: Preto e Dourado?

Acredito que essa publicação cai bem para quem é muito fã da Mulher-Maravilha ou que está atrás de uma publicação onde a arte seja o grande destaque. Essa HQ é praticamente um livro de arte, tirando uma ou outra história com a arte mais fraca aqui e acolá.

A edição da Panini conta com uma bela sobrecapa, o que nos proporciona ter a arte de duas capas e mais uma terceira na contracapa, pra mim foi uma excelente escolha.

Porém, por se tratar de uma edição comemorativa de 80 anos da personagem, achei que fez falta um texto do editor com um breve resumo das décadas de "vida" da Princesa de Themyscira. Bola fora.

Caso se interesse pela HQ, considere comprar pelo meu link de afiliado e me ajudar a ter mais dinheiro para gastar com gibis. Obrigado!

Galeria de Capas

Mulher Maravilha capa por Yanick Paquette
Arte de Yanick Paquette


Arte de Carla Cohen

Arte de Joshua Middleton

Arte de Lee Bermejo

Arte de David Mack


Arte de Rose Besch


Arte de Janaína Medeiros


Arte de Matías Bergara