Lançado em 1999, There is nothing left to lose é o terceiro disco da banda americana Foo Fighters. Seu frontman, guitarrista, compositor, líder e idealizador Dave Grohl já era figura conhecida no mundo do rock por ter sido o baterista do Nirvana.
O Foo Fighters já tinha conseguido algum sucesso com seus álbums anteriores, o Foo Fighters de 1995 e o The colour and the shape, de 1997, que emplacou singles nas rádios e clipes na MTV.
Porém, There is nothing left to lose foi um divisor de águas para a banda aqui no Brasil. Seus clipes foram exibidos à exaustão na finada MTV Brasil e também no TOP TVZ do canal Multishow, neste com direito a legendas.
Me lembro que nesta época, no início dos anos 2000 (caramba, lá se vão 25 anos), eu ainda estava no cursinho de inglês, tal qual o Eduardo de Eduardo e Mônica, e vez ou outra a professora nos deixava escolher clipes para assistirmos na aula (provavelmente para ganhar um descanso) e desenvolvermos nosso "listening" de maneira lúdica.
Você consegue imaginar hoje em dia um curso de inglês exibindo um clipe de qualquer banda de rock que seja? Rock mesmo, não Imagine Dragons ou Coldplay. Eu não.
Learn to fly, a terceira faixa do disco, tocou à exaustão graças ao seu fácil refrão e ao clipe bem-humorado, que se destacava em meio à enxurrada de clipes de boy e girl bands, ostentação com o hip-hop americano e os clipes mais sombrios das bandas de new metal.
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| Imagem do clipe de "Learn to fly" |
O disco alterna entre faixas mais pesadas, como Stacked Actors e Breakout, as duas músicas de abertura do álbum, mais radiofônicas como Learn to Fly, Generator e Next Year, porém a maioria das músicas são mais singelas como Aurora, Headwire, Ain't Life e a grudenta M.I.A, que fecha o álbum.
O sucesso foi tanto que a banda de Seattle foi convidada a tocar no Rock in Rio III, de 2001, que marcava a volta do festival após um hiato de dez anos.
O humor dos clipes, aliado aos sucessos radiofônicos, me fez comprar o CD na época. Gostava bastante, com exceção das músicas mais lentas que me entediavam. Porém, não demorou muito e meu gosto musical foi migrando para o Punk Rock e Hardcore, e acabei deixando o Foo Fighters de lado.
Como a grana era curta, acabei vendendo a bolachinha para um amigo do colégio, assim poderia investir em outra do Bad Religion, Rancid ou Ratos de Porão.
There is nothing left to lose ficou esquecido na minha memória até que o revisitei alguns meses atrás. E devo dizer que fui injusto com ele.
Não só ele é bom como é um dos melhores da inconsistente discografia do Foo Fighters.
Para quem deixou esse disco esquecido na memória afetiva, vale redescobri-lo.

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