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31/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.2 (Titan Comics)

A Espada Selvagem de Conan Vol 2 Titan Comics
Arte de Dave Dorman

No segundo volume de A Espada Selvagem de Conan temos mudanças na equipe criativa do Cimério. Saem John Arcudi e Max Von Fafner e assumem o título Jim Zub (roteiro) e Richard Pace (arte). Vale destacar que, assim como no volume anterior, a história dessa edição é autocontida, ou seja, ela basta por si própria. Será que todas as edições de ESC trarão histórias fechadinhas do bárbaro? A conferir.

A história dessa edição nos apresenta uma rara oportunidade onde Conan encontra-se quebrado, de corpo e espírito. Após sua caravana ser brutalmente atacada por monstros humanoides, que não poupam sequer as crianças, o bárbaro depende da sua própria e feroz força de vontade, e também de uma ajuda inesperada, para se recuperar dos seus ferimentos até o ponto onde, logicamente, irá em busca de vingança por si próprio e por seus companheiros caídos.

Esta trama traz um tema bem recorrente nas aventuras do Cimério que é o fanatismo religioso. Não obstante, nesse caso o "Deus" (com ou sem aspas, não consegui decidir) em questão é bem real, em carne, osso, garras e presas e vale-se da fome humana para recrutar seus discípulos - de uma forma um tanto definitiva e horrenda. 

Ele oferece alimento para que as pessoas tornem-se "carne da sua carne", por assim dizer, para que eles possam matar outras pessoas e cultivar suas almas em um "jardim", onde posteriormente as almas dos finados servirão de alimento para os novos discípulos, em um ciclo sem fim.

Se não fosse Conan, claro!

Não poderia deixar de mencionar a arte dessa publicação, pois a comparação com o trabalho primoroso de Max Von Fafner na edição 1 (confira aqui a resenha) é quase impossível e até mesmo injusta. Fafner está em um nível que poucos desenhistas no mundo estão. 

A arte de Richard Pace é mais "suja", com muitas linhas e passa um aspecto de rabiscado, como se ele tivesse feito os esboços e tivesse faltado uma arte-final para polir os desenhos. Em todo o caso, o trabalho de Pace é competente e combina com o clima sombrio e sujo dessa história.

A Espada Selvagem de Conan 2 Titan Comics

Diferentemente da edição, não temos um conto de Conan em prosa após o término da história.

A seguir, vamos para o segundo capítulo do arco "Mestre da Caçada", onde Solomon Kane, agora em companhia de um velho conhecedor das religiões pagãs (um contraponto ao cristão puritano Kane), continua em busca do fazendeiro desaparecido e seu filho, além de outros locais da região, onde Kane acabará esbarrando não só na criatura que realizou os assassinatos e sequestros, como também com uma divindade pagã, que imagino eu, gerará um bom desenrolar da história com o caçador tendo que lidar com a sua fé e com o que está bem diante dos seus olhos.

A decepção nessa história fica por conta do pequeno número de páginas, apenas oito. Não sei se isso era para ser assim mesmo ou se foi algum problema de prazos que aconteceu com Patrick Zircher, mas não consegui encontrar nada sobre. 

A título de comparação, o volume 1 teve 80 páginas, enquanto este teve apenas 64.

No fringir dos ovos, A Espada Selvagem de Conan continua bastante interessante e me deixa ansioso pelo próximo volume.

Galeria de Capas

A Espada Selvagem de Conan 2 Capa Variante
Arte de Nick Marenkovich

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29/07/2025

Checklist do Álbum da Copa do Mundo de Clubes - Todas as Figurinhas

Álbum de Figurinhas Copa do Mundo de Clubes 2025

Sim, eu fui trouxa de comprar esse álbum mercenário da Panini. The joke is on me.

Mas se você está procurando um checklist com todas as figurinhas, ei-lô aqui. 

Assim ficará mais fácil de trocar suas figurinhas ou encomendar as que estão faltando no site da Panini.

Encontrei a lista em um blog (do blogpost, quem diria!) especializado em figurinhas de futebol. Obrigado ao amigo Cartophilic pelo trabalho de levantamento.

Na lista abaixo, todas as figurinhas que estiverem marcadas como "foil" são as figurinhas douradas especiais dos jogadores, exceto as quatro primeiras (que eu nunca vi em lugar nenhum).

Lembrando que o clube León do México foi desclassificado pouco antes do começo do mundial por ter o mesmo dono do Pachuca, outro clube mexicano, e a Fifa proibiu dois times com o mesmo dono disputando a competição. 

Por causa do tempo curto, não foi possível incluir o Los Angeles FC no álbum.

Além disso, os dois times americanos que participaram do torneio, o Inter Miami (aka o "time do Messi", que se classificou para a Copa só porque a Fifa queria o Messi jogando) e o Seattle Sounders tem apenas três figurinhas cada. 

O porque disso eu não sei. Se você souber escreva aí nos comentários.

Introdução

1.  Panini Logo  -  Figurinha dourada

2.  Official Emblem  -  Foil

3.  Official Trophy  -  Foil

4.  Official Match Ball  -  Foil


FIFA Club World Cup 2025


5.  Emblem (SE Palmeiras)

6.  Weverton (SE Palmeiras)

7.  Joaquín Piquerez (SE Palmeiras)

8.  Murilo (SE Palmeiras)

9.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)

10.  Marcos Rocha (SE Palmeiras)

11.  Richard Ríos (SE Palmeiras)

12.  Aníbal Moreno (SE Palmeiras)

13.  Mauricio (SE Palmeiras)

14.  Raphael Veiga (SE Palmeiras)

15.  Facundo Torres (SE Palmeiras)

16.  Weverton (SE Palmeiras)  -  The Emblem  -  Foil

17.  Paulinho (SE Palmeiras)

18.  Estêvão Willian (SE Palmeiras)

19.  Estêvão (SE Palmeiras)  -  The Chosen One  -  Foil

20.  José Manuel López (SE Palmeiras)

21.  Felipe Anderson (SE Palmeiras)

22.  Gustavo Gómez (SE Palmeiras)  -  The Crowd Hero  -  Foil

27/07/2025

A Espada Selvagem de Conan Vol.1 (Titan Comics)

Foto: IG poptopia

Conan está mesmo em alta, por Crom! 

Em novembro passado fui surpreendido nas bancas quando me deparei com o volume 1 da nova encarnação de A Espada Selvagem de Conan, sucesso de público lá pelos idos da década de 70, que contou com grandes artistas como Roy Thomas, Neal Adams, John Buscema, Barry Windsor-Smith, Alfredo Alcala, entre outros.

A série original de Espada Selvagem de Conan foi publicada entre 1974 e 1995, totalizando 21 anos ininterruptos. Desconheço outra série que tenha tido uma publicação tão longa sem ter passado por um reboot no meio do caminho. No total, ela teve 235 edições.

Entre 2019 e 2020 a Marvel fez uma segunda versão da ESC (chamarei de ESC daqui em diante para facilitar a vida desse vosso escriba digital). E desde 2022, a pouco conhecida editora Titan Comics comprou os direitos do bárbaro criado por Robert E. Howard e nos traz a terceira versão da revista.

A versão atual vem sendo publicada no Brasil pela Panini Comics e, julgando apenas pela primeira edição, vem fazendo um bom trabalho até aqui. A ESC atual, tal qual sua versão original, é preta e branca no formato magazine, mais ou menos o tamanho de uma revista semanal de notícias, e tanto as cores em P&B e o formato maior que o tradicional valorizam demais a arte da revista. A título de comparação, versão anterior da Marvel era em formato de comics americano e também era colorida.

A Espada Selvagem de Conan traz -obviamente- histórias de Conan, porém sem tantas amarras editorais como as revistas mais tradicionais do personagem publicada em formato de comics. Isso se traduz em histórias com violência mais explícita e também em nudez feminina -que é belissimamente ilustrada nessa edição por Max Von Fafner e roteiros de John Arcudi (Mulher-Maravilha: Preto e Dourado, O Máskara). 

A Espada Selvagem de Conan nudez feminina

Além da história em quadrinhos do Conan, ao final do primeira história (autocontida), temos um conto de duas páginas em prosa ao melhor estilo Conan: inimigos perigosos, Deuses cruéis, ambiente inóspito e uma bela donzela a ser salva pelo gigante de bronze.

E, também para a minha surpresa, a revista traz ainda uma segunda história com outro personagem de Robert E. Howard. Dessa vez quem dá as caras é o casmurro Solomon Kane, em uma história escrita e desenhada por Patrick Zircher (Superman, Homem-Aranha).

Diferentemente da história de Conan, este é apenas o primeiro capítulo de um arco de histórias de Kane. A história do caçador puritano tem menos páginas que a do cimério, porém não perde em qualidade, trazendo uma trama que promete contrapor a visão cristã do protagonista com elementos místicos e sombrios de outros panteões.

Soloman Kane Titan Comics

Quanto à história de Conan, temos aqui tudo o que um fã do Cimério poderia querer: exércitos em campanha, embates brutais, lutas impossíveis, traições, feras e máquinas de guerra e um clima de tensão sexual no ar. Tudo isso lindamente desenhado por Max Von Fafner.

A Espada Selvagem de Conan Max Von Fafner
@maxfafner foto do Instagram do artista

Como se tudo isso não fosse o suficiente, para abrilhantar ainda mais essa edição temos um belo pôster com um mapa da Era Hiboriana, uma introdução por ninguém mais, ninguém menos que Roy Thomas, o editor e principal escritor da ESC original -e também um ensaio sobre o impacto cultural de Solomon Kane, que praticamente sacramentou a visão que a cultura pop tem dos caçadores de vampiros, bruxas e monstros. E, por fim, traz também uma galeria de capas alternativas, totalizando 80 páginas.

E tudo isso apenas no volume #1. Ufa!

Por Crom, você seria louco de não ler esta belíssima magazine!

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Caso tenho gostado dessa resenha, considere comprar a Espada Selvagem de Conan 1 pelo meu link e me ajude a comprar mais gibis. Obrigado!

Galeria de capas variantes

Capa de Gerard Zaffino e Shane Bailey