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24/02/2017

Lendas do Universo DC - Lanterna Verde e Arqueiro Verde: vale a pena?

Grandes Clássicos DC Lanterna Verde e Arqueiro Verde

Ouvi falar muito dessa série do Lanterna Verde como um grande marco nos quadrinhos da DC. Vale ressaltar que a maioria dessas histórias saíram originalmente na revista do Lanterna Verde no comecinho da década de 70 e o Arqueiro Verde era um "convidado especial", servindo de contraponto ao "linha dura" Hal Jordan, que sempre seguiu à risca o cumprimento da lei, preto no branco, enquanto o Arqueiro não ligava muito para as leis, seguindo uma espécie de código ético próprio meio "bicho-grilo", progressista, whatever, chame como quiser.

Como é explicado no texto de abertura no primeiro volume, a sociedade americana passava por profundas transformações sociais no começo da década de 70. O status quo era questionado e a sociedade passou a se preocupar mais fortemente com assuntos como guerras, repressão sexual, abuso de autoridade, drogas e políticos desonestos (sic).

A cultura pop entrou de cabeça nessa "luta". Filmes, novelas, literatura e música. Nessa época, os quadrinhos ainda eram uma literatura (se é que podemos chamá-los assim) rasa, basicamente histórias simplistas do bem contra o mal que se resolviam com alguns sopapos e sempre com o bem vencendo, sem nenhum tipo maior de questionamento ou aprofundamento em relação as atitudes dos personagens, sejam vilões ou heróis.

Aí que entra as histórias do Lanterna Verde e Arqueiro Verde, escritas por Dennis O'Neil e magnificamente ilustrada por Neal Adams (apesar das tramas soarem datadas, a arte de Adams ficou atemporal). Eles começaram a colocar todos esses elementos nas histórias do gladiador esmeralda. 

Repentinamente, os personagens estavam debatendo sobre racismo, política, capitalismo, poluição, drogas, questão indígena, entre outros.

Apesar da iniciativa ser louvável e inovadora para a época, as tramas são rasas, tudo se resolve de forma muito simples e os temas, importantíssimos, são abordados de forma enviesada, notadamente puxando a sardinha para a agenda liberal da esquerda dos Estados Unidos, o que não chega a ser um problema, afinal todos têm o direito de crer no que bem entenderem, mas seria muito bom para o debate algum contraponto. 

Até mesmo a história do recrutamento do John Stewart, o primeiro lanterna verde negro (isso soa estranho, né?), é rasa e boba, com argumentos mal trabalhados, chega a dar vergonha alheia.


Grandes Clássicos DC Lanterna Verde e Arqueiro Verde

Tomei a liberdade de separar alguns trechos da ótima resenha de um usuário do site Skoob, chamado Marc, sobre a HQ. Eu não poderia colocar em melhores termos. Espero que ele não se importe com a citação.


(...)depois de ver tantos comentários positivos (sobre a HQ), fiquei bastante decepcionado. Os motivos são simples: mais importante não era abordar esses temas, a maneira como isso acontecia é que deveria contar (...) Posso comentar, afinal não é segredo para ninguém que o parceiro do Arqueiro Verde é um viciado. A justificativa que ele oferece para a dependência é não apenas ingênua, mas cômica. Na hora pensei que era até brincadeira, o que seria totalmente absurdo numa história tão séria; mas depois percebi que os autores estavam dando sim uma justificativa real para o vício dos jovens. Portanto, antes de sair falando maravilhas dessas histórias, vale a pena observar a maneira como esses temas foram tratados, afinal é isso que define uma boa história.
O segundo motivo é a escolha dos temas. Ora, será que ninguém consegue associar temas como desarmamento, racismo, hipocrisia religiosa e de líderes políticos, a questão de gênero, luta de classes, etc, a uma agenda progressista? Será que ao invés de falar sobre o racismo como uma questão de ódio (basta ver a fala do Lanterna John Stewart), não seria melhor dizer a sociedade americana, que levava tão a serio os valores de integração e respeito estava se desviando de sua predileção e isso iria causar desastres? Será que não havia outros temas para abordar e que tinham tanta ressonância quanto esses na sociedade da época?
Pode parecer implicância, mas logo de início me preparei para ler uma sequência de absurdos liberalóides (veja o sentido da palavra liberal para os americanos) e fui passando as páginas uma depois da outra e vendo as bobagens se sucedendo. Quem sabe o que foram os anos 60 nos EUA, com forte incitação a violência entre raças, que culminou em absurdos como os Panteras Negras e outras organizações, não pode concordar que o tratamento que a revista dá ao tema seja o correto. Embora costume ser lugar comum, advogar em nome das supostas vítimas implica mais do que dizer que um lado bate e outro apanha somente.
O auge é um Jesus socialista e ambientalista que termina crucificado ao lado de nossos amados heróis. Lamentável. Lamentável, mas esperado. Não é novidade para mais ninguém que o progressismo tenta colar em Jesus o rótulo de primeiro socialista da história, ou ao menos o mais influente de sua época. Isso tem uma função inegável de associar o repúdio ao socialismo com a morte de Cristo, como se desde aquela época aqueles que defendessem o igualitarismo e a justiça social fossem apenas os não compreendidos e perseguidos injustamente por uma turba violenta e maldosa. Ou, pior, como se Jesus tivesse vindo ao mundo para combater a pobreza, trazendo uma mensagem que necessariamente se realizaria no mundo material, e somente nele.
Pois é sobre isso que esses quadrinhos estão versando. Imagine um policial espacial, totalmente obediente a seus líderes e que vai se deparando com a “realidade” até não ter mais tanta certeza se não passa de um serviçal do status quo desigual e violento. Dizer que as forças policiais operam contra a população pobre e servem para perpetuar as desigualdades é uma “tese” progressista que fazia muito sucesso na época (e ainda é repetida bovinamente por qualquer aspirante a ditador hoje em dia). Ao mesmo tempo, o Arqueiro surge como um Robin Hood moderno, decidido, inteligente e consciente do mundo verdadeiro que os heróis deveriam proteger.
Grandes Clássicos DC Lanterna Verde e Arqueiro Verde 

Para finalizar, vale destacar o bom trabalho que a Panini fez relançando essas HQ's em papel offset, o que deixou a revista mais durável, com o manuseio mais agradável e valorizou a arte de Neal Adams.


E você, leitor, o que achou dessa HQ?

04/02/2017

Review | Lobo Solitário Vol.1

mangá Lobo Solitário Vol.1 Capa

Ficha Técnica
Editora: Panini
Autor: Kazuo Koike e Goseki Kojima
Número de páginas: 305
Preço de banca: R$18,90
Compre Lobo Solitário na Amazon  | Adicione no Skoob
Sinopse
Lobo Solitário é tido como notório retrato fidedigno da época de ouro dos samurais, o apogeu da Era do Shogunato, também conhecido como Período Edo (1603-1868).
Este é o caminho sangrento de Itto Ogami e seu filho Daigoro em busca de vingança contra a poderosa e influente família Yagyu, braço direito do Shogun, que orquestrou das sombras a ruína do clã Ogami.
Lobo Solitário foi publicado pela primeira vez no Japão em 1970, terminando sua serialização em 1976. Esta edição é baseada em sua série original, com capas do mestre Goseki Kojima e outros grandes ilustradores do mundo todo que prestaram homenagens às edições posteriores de Lobo Solitário.
O post de hoje não tem nada a ver com investimentos, trabalho ou vida pessoal. Quero falar sobre um mangá clássico que eu tive a oportunidade de conhecer: chama-se Lobo Solitário, de Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte) e foi escrita e publicada originalmente entre 1970 e 1976, no Japão.

Na história (uma série com 28 volumes, originalmente) acompanhamos a vida de Ogami Itto, um ex-carrasco do governo japonês que foi desonrado por falsas acusações das inimigas do Clã Yagyu. Até onde eu li, não vi quais eram as acusações feitas contra Ogami. Isso deve ser explicado nos próximos volumes.

Lobo Solitário: É bom ou não é?

Eu resolvi ler o primeiro volume de Lobo Solitário porque vi muitos elogios de canais no Youtube sobre quadrinhos e livros que eu acompanho e gosto bastante e também por se tratar um clássico entre os mangás. Estamos falando de uma obra publicada nos anos 70 no Japão, contando a história de um personagem que viveu durante o Shogunato (1603-1867), que estava sendo republicada no Brasil em 2017 (e que já tinha sido publicada antes aqui na terra de Vera Cruz anos atrás por uma outra editora, em um formato levemente inferior ao atual publicado pela editora Panini) e que foi fonte de inspiração para o então jovem Frank Miller escrever alguns dos clássicos da sua carreira, como Ronin, Elektra Assassina e Batman - O Cavaleira das Trevas. Ou seja, pouca coisa não era.

04/09/2014

O que teve nas bancas? Agosto/2014



Fala galera, tudo bem? Hoje vou começar uma nova coluna aqui no blog e, se vocês gostarem, vou fazer todos os meses.

Trata-se de um resumo dos principais lançamentos "colecionáveis" que tivemos em bancas.

Como sou da cidade de Niterói, vou me basear no que é lançado nas bancas daqui e da cidade do Rio de Janeiro.

Sem mais enrolação, vamos à lista!


Quadrinhos

  • O Espetacular Homem-Aranha: O Nascimento de Venon - Salvat
  • Planeta Hulk - Parte 2 - Salvat
  • O Espetacular Homem-Aranha De Volta ao Lar - Salvat (Relançamento)
  • Os Surpreendentes X-Men - Superdotados - Salvat (Relançamento)
  • O Justiceiro #04 - O Julgamento de Frank Castle - Panini
  • Guardiões da Galáxia (sem número) - Panini
  • The Boys #04 - Hora de Partir - Devir
  • As Mais Belas Fábulas #01 - Bem Despertas - Panini (Spin-off da série Fábulas)
  • Bidu - Caminhos - Panini
Bidu Caminhos Capa

26/03/2014

Reviews: Fábulas, Justiceiro e Motoqueiro Fantasma

Faz bastante tempo que não escrevo reviews de quadrinhos. Costumava escrever várias, mas tomava muito tempo meu e fui ficando sem vontade de fazê-los.

Por influência dos reviews do Leo do Submundo HQ, vou tentar fazer algo parecido, várias resenhas diferentes e curtas em um único post.

Vamos ver se eu vou conseguir.

Fábulas Superequipe Vol.16


Fábulas Vol.16 - Superequipe


Fábulas é uma série sensacional, ganhadora de 14 Eisner Awards ( o "Oscar dos Quadrinhos") e minha série favorita da Vertigo.

Falar bem dela é chover no molhado. Neste arco, as Fábulas montam uma Superequipe, com várias referências a Super-Heróis da Marvel e DC, em uma tentativa desesperada de vencer o Senhor Escuro, que já tombou a Cidade das Fábulas e as fez fugir também dA Fazenda, restando apenas o Reino de Santuário como última resistência. Enquanto isso, um antigo inimigo que todos já julgavam como derrotado, começa a executar o seu retorno.

Arco ótimo, para variar, com reviravoltas e acontecimentos inesperados, onde antigos personagens se despedem, novos surgem e outros passam por transformações profundas. O próximo arco, com diferentes histórias acontecendo paralelamente, promete ser excelente, só para variar um pouco!

Avaliação: Recomendadíssimo!

Justiceiro MAX Rei do Crime


Justiceiro MAX - Rei do Crime


Quando se fala em no Justiceiro da linha MAX logo se pensa no trabalho do escritor Garth Ennis (Preacher). Mas o roteirista Jason Aaron (Scalped) não deixa por menos e entrega uma trama excelente, onde o Justiceiro é praticamente um coadjuvante do verdadeiro protagonista da HQ, Wilson Fisk.

Diferentemente do universo Marvel tradicional, nesta trama Fisk ainda não é o Rei do Crime, mas um mero capanga de mafiosos que estão desesperados para se livrar de Frank Castle, que vem os exterminando e atrapalhando os seus negócios há anos.

Aaron criou uma trama muito bem amarrada, que conta como Wilson Fisk ascendeu de um simples ladrão de cargas até se tornar o mítico Rei do Crime. Como se isso não bastasse, ele desenvolveu muito bem o passado do vilão, de forma a tentar justificar o homem em que ele se tornou, tornando-o mais humano e fazendo o leitor, em certos momentos, passar a torcer por ele!

Excelente para quem queria ver algo novo nas histórias do Justiceiro, sem deixar de lado a qualidade e a violência exagerada habituais da história de Frank Castle.

Avaliação: Tá fazendo o que que não leu ainda?

Foto: Blog Paulo Gibi

Motoqueiro Fantasma - Estrada para a Danação


Garth Ennis escrevendo o Motocasma Fanqueiro não tem como dar errado. O Motoqueiro está preso no inferno e, no desespero para tentar fugir de lá, acaba entrando de "bucha de canhão" em uma disputa entre o Céu e o Inferno, e recebe a missão de caçar e capturar um demônio que está causando problemas para os dois lados.

Quem conhece o autor já sabe mais ou menos o que esperar de suas histórias: muita violência, humor negro (não é mesmo, bunda-na-fuça?) e personagens com grandes falhas de caráter. No entanto, alguns "furos" no roteiro incomodam.

Por exemplo, se os enviados do Céu e do Inferno precisam ocultar seus poderes, como a habilidade de voar, para evitar que os humanos os vejam e entrem em pânico, por que a enviada do Céu deixa um rastro de morte e destruição por onde passa?

Falando nisso, não da pra deixar de notar que Ennis faz, acredito que propositalmente, o enviado do Céu ser muito mais sanguinário, violento e antipático do que o enviado do Inferno.

A arte Clayton Crain merece ser destacada. Cada página é repleta de detalhes e muitos efeitos de luz e sombra. Essa HQ pede que você se demore um pouco mais após a leitura dos balões, apreciando cada detalhe contido nas páginas.

Avaliação: Bom.

24/01/2014

Ex Machina e os finais infelizes

Na noite de ontem terminei de acompanhar a saga de Mitchell Hundred, o fã de quadrinhos de super-heróis que virou engenheiro, que virou super-herói, que virou político.

Conheci Ex Machina há pouco tempo, no final do ano passado, muito depois da série já ter sido publicada inteira aqui no Brasil.

O último volume saiu por aqui, pela Panini, em dezembro de 2012, mas só há poucos meses atrás comecei a essa obra. Li primeiro apenas os volumes 1 e 2, que eu tinha comprado e estavam na minha fila de espera.

Virei fã na mesma hora.


Me lembro de, no fim de semana seguinte, ter vasculhado os sites de todas as comic shops que eu conheço para comprar todos os volumes que eu não tinha.

Cheguei até a pagar uma pequena fortuna no Mercado Livre pelo volume três, que está esgotado. 

Gastei em um mês, apenas com Ex Machina, uma quantia que normalmente daria pra passar uns três meses comprando os meus quadrinhos com folga.

Mas não importa.

O que importava é que eu poderia ler toda a saga do Prefeito Mitchell Hundred, ou do Super-Herói A Grande Máquina, se preferir.

Aliás, não só do Hundred, mas do seu amigo e segurança Bradbury, o russo Kremlin, a mamãe Hundred, a comissária Angotti, o vice-prefeito Wylie, as irmãs Moore, Candice, entre outros.

A trama é bem interessante. Resumidamente, o engenheiro Mitchell Hundred ganha, em um misterioso acidente, o poder de se comunicar com qualquer tipo de máquina e, como grande fã de quadrinhos que é, principalmente do Super-Homem, resolve se dedicar a lutar contra o crime e ajudar seus conterrâneos de Nova York.

Após grandes feitos heróicos e de contar com grande ajuda dos seus amigos Kremlin e Bradbury, Mitchell Hundred sente que é hora de mudar e de ajudar as pessoas de uma forma diferente.

E assim, Hundred decide aposentar A Grande Máquina e se candidata de forma independente à Prefeitura de Nova York.

E vence.

Ex Machina

Não vou entrar em mais detalhes para não spoilers, mas logo na primeira edição somos apresentados à maneira a qual a história vai ser narrada: com uma parte da narrativa no passado, mostrando principalmente a carreira d'A Grande Máquina, e outra no presente, com Mitchell Hundred como prefeito.

Basicamente isso significa que grande parte da história de Ex Machina gira em torno de uma história mais ou menos padrão de super-herói com outra bem diferente relacionada à política, com todas as intrigas, segredos e desafios que essa profissão apresenta, multiplicado por cem, já que estamos falando da prefeitura de Nova York, a chamada "Capital do Mundo".

Um ponto interessante a se destacar é que o autor, Brian K. Vaughan (Y: O Último Homem, Leões de Bagdá) não criou um universo fictício para Ex Machina: guardadas as devidas proporções e liberdades literárias, o mundo de Ex Machina é, rigorosamente, o mesmo mundo que o nosso.

Isso significa que Mitchell Hundred tem que lidar com atos de terrorismo, que o 11 de setembro existiu, que o presidente dos EUA é George W. Bush, que a Guerra no Iraque está em curso, que políticos e acontecimentos reais são citados a todo o momento, tudo isso misturado com doses certeiras de terror, ficção científica, referências ao Universo DC e colãs (ok, colãs nem tanto).

Estou perdendo a minha linha de raciocínio, estão vou tentar ir logo ao ponto.

A questão toda é que, até as últimas edições, Ex Machina é uma trama do tipo "como seria se existisse um super-herói no mundo real" acompanhanda do já citado teor político.

Os personagens estão sempre encarando e superando grandes desafios, há muito humor e ação, e a arte de Tony Harris e JD Mettler é qualquer coisa de sensacional. 

As caras e boas dos personagens me lembrar um pouco a Liga da Justiça cômica da década de 90, mas e estou perdendo a droga da linha de raciocínio novamente!

Tentando resumir, depois de 9 edições, você já está muito apegado e torcendo fervorosamente para que Mitchell Hundred supere seus adversários dentro e fora da prefeitura e que consiga alcançar o seu sonho, para que o vice-prefeito Wylie prossiga o bom trabalho de Hundred e que seus amigos Bradbury, Kremlin, Angotti e cia tenham um final feliz.

Mas não!

Ex Machina 50 Term Limits Cover

Brian K.Vaughan te da um tapa na cara e te lembra que você NÃO ESTÁ LENDO uma história de super-heróis onde tudo acaba bem. Ou melhor, que sequer acaba!

Aqui a história acaba, e alguém perde.

E perde muito mais do que uma eleição.

Perde amigos, perde parentes, perde sonhos, perde a humanidade, perde a razão.

Fiquei mal ao terminar de ler e conhecer o desfecho da saga de Mitchell Hundred, da Grande Máquina e dos demais personagens.

Certamente vou ter que reler alguns trechos novamente para compreender e digerir um pouco melhor essa HQ, porque ainda está indigesto.

Não vou mais olhar pra minha estante, na parte em que os encadernados da Ex Machina estão, com o mesmo entusiasmo. Talvez tenha que passar um tempo de "luto", sei lá.

A última vez que me lembro de ter ficado tão "sentido" por uma ficção foi no episódio do "Casamento Vermelho", de Game of Thrones.

Mas com esse episódio de GoT a sensação foi de surpresa, revolta, raiva.

Com o final de Ex Machina foi algo mais do tipo decepção, tristeza, desencanto.

Escrevi muito já!

Chega, bora pra próxima.

Nada melhor para esquecer uma história triste do que partir para a próxima.

E, caso não tenha ficado claro ainda,...

LEIA EX MACHINA! 

Ex Machina

02/10/2013

Panini Books anuncia reimpressão de quadrinhos de luxo

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E aí, pessoal? Belê?

Ontem, Fabiano Denardin, editor da Panini, anunciou que a editora lançará entre outubro e novembro cinco títulos pela coleção Panini Books, ou "sejE", qualidade de luxo e preço alto, a combinação que faz o bolso dos leitores mais vazio e a estante mais cheia e bonita!

Sandman Neil Gaiman

Entre os próximos lançamentos, dois são inéditos e farão os fãs de Neil Gaiman "tudo pira"! São os títulos Sandman Edição Definitiva Volume 4 e Dias de Meia Noite - Edição de Luxo.

Os outros três títulos são reimpressões dos volumes 1 e 2 de Sandman Edição Definitiva e do Volume 1 de Preacher, de Garth Ennis e Steve Dillon. Ainda não foram divulgados os preços, quantidade de páginas, etc, mas a julgar pelos últimos lançamentos da Panini Books, a capa dura é mais que garantida, formato 17 x 26 cm para Preacher e 19 x 28 cm para os Sandman.

Preacher a caminho do Texas Volume 1

27/08/2013

Os Livros da Magia chegam ao Rio de Janeiro

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Chegou ontem às bancas cariocas o mais novo e recente lançamento, porém não inédito, da Editora Panini: o encadernado da série Os Livros da Magia, escrito por Neil Gaiman.

A série em quadrinhos foi publicada em quatro volumes láááá na década de 90, que agora estão reunidos nesta edição de luxo, com direto a capa dura, pelo modesto precinho de R$25,90, que pode ser parcelado em 10x sem juros no cartão, e se encontra disponível nas bancas e livrarias. Vale lembrar que Os Livros da Magia foi publicado originalmente pela Editora Vertigo, o braço da DC Comics para quadrinhos adultos.

Muita gente, assim como este que vos escreve, só ouviu falar da existência dOs Livros da Magia devido às acusações de plágio que a autora de Harry Potter sofreu dos fãs de Neil Gaiman, que teria copiado várias ideias para a sua série bilhardária de livros e filmes.

Harry Potter x Timothy Hunter
Foto: homemnoturno.blogspot.com
Vejamos, ambos são adolescentes ingleses de cabelos escuros, magros, usam óculos, possuem grandes poderes mágicos e tem uma coruja... é, há algumas semelhanças entre Harry Potter e Timothy Hunter, o protagonista do Livros da Magia, mas o próprio Neil Gaiman já deu entrevistas dizendo que não considerava o trabalho de J. K. Rowling como plágio, até porque mesmo com a semelhança entre os dois, as histórias de ambos são bem diferentes.

Por via das dúvidas, é melhor comprar essa HQ pra conferir! ;)

Os Livros da Magia Neil Gaiman Capa

23/08/2013

Resenha das Edições #0 de Liga da Justiça Dark

Liga da Justiça Dark #0


Resenha rapidinha da revista Liga da Justiça Dark #12, que trouxe as origens dos personagens no universo reebotado da DC. Bora lá.

Liga da Justiça Dark (ou Constantine Teen) #0

Um prato de cocozaço mole. Sem inspiração, sem criatividade, sem roteiro. Nem parece que o roteirista dessa bagaça, o Jeff Lemire, é o mesmo cara que escreve as histórias do Homem-Animal. Imagino os editores da DC conversando com o ele:

Editores: -Aí Jeff, tem que fazer a edição 0 da Liga da Justiça Dark.

Jeff: -Beleza! Devo utilizar todos os personagens? Levo em consideração as origens originais deles ou devo criar algo totalmente novo? Teremos quantas edições?

Editores: Vai ser uma edição só, 22 páginas e... ah, sei lá, se vira, mas coloca a Zatanna peituda com umas meias-arrastão que ta tudo certo, nerd é tudo tarado virjão mesmo.

Jeff: Mas é o Constantine! Um dos maiores ícones do selo Vertigo e dos quadrinhos de terror, com anos de histórias contadas por grandes roteiristas e...

Editores: VÉIO! ESCREVE QUALQUER COISA AÍ, MÊS QUE VEM NINGUÉM LEMBRA MAIS!

Voilá!

Nota 2 só pelas roupas da Zatanna.

Zatanna

Eu, Vampiro #0

Normalmente só faço uma leitura dinâmica dessa série, mas dessa ver a arte me chamou a atenção e resolvi ler todos os diálogos, e até que ficou legalzinho a origem do vampiro bonzinho-fodão protagonista. Mês que vem volto a ignorar a história.

Nota 8

Ressurreição #0

Mesmo esquema da Eu, Vampiro, só que leio ainda menos. Diferentemente das outras séries, que pararam as narrativas do mês passado para contar as origens dos personagens, aqui adaptaram a origem do Ressurreição pra ela fazer parte da história atual para poder acabar logo saporra! A série foi cancelada! Alguém vai sentir saudades? Não né? Levando só esse último número em consideração, até que foi legalzinho, é uma história pra ler como foda-se ligado enquanto da uma cagada. Tranquilo.

Nota 7, morra e não volte nunca mais.

Homem Animal e Monstro do Pântano #0

Vou resenhar as duas juntas porque achei as mesmas coisa delas (e porque são muito semelhantes, já que as histórias dos dois personagens estão interligadas e tal).

Bem fodonas, levaram em consideração as origens originais (é estranho falar isso) do Monstro do Pântano e do Homem-Animal, conseguiram inserir novos elementos e ainda interligar os dois. Difícil acreditar que fizeram um trabalho tão bom levando em consideração que após o reboot o Universo DC tá mais zoneado que puteiro em dia de pagamento.

O único defeito - se você não leu ainda, tem spoilers -  é o vilão comum as duas histórias, o Arcane, matar tantos avatares do verde e do vermelho ao longo dos anos, sem explicar como ele teve tanto poder para isso e sem explicar como a podridão não ganhou a guerra ainda... enfim, um voto de confiança tem que ser dado a dupla de roteiristas Jeff Lemire & Scott Snyder de que isso será esclarecido durante a saga Mundo Podre.

PS: *Outro spoiler* Como sempre, o preto morre primeiro!

Nota 9


16/08/2013

Planetary será republicada novamente e denovo no Brasil!

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Lembram que ontem mesmo postamos por aqui que a DC anunciou lá nos Estates que vão lançar um mega-encadernado de Planetary com mais de 800 páginas, com absolutamente todas as edições da série? Pois bem, e lembram que ontem mesmo eu disse que algo similar nunca saíria no Brasil e que, se saísse, custaria um pulmão? E não é que vai sair mesmo?!?

Capa Planetary Panini

Mas calma, você não precisa procurar por um contato no mercado negro de órgãos. A Panini tomou a decisão inteligente de que em time que está ganhando não se mexe. Fabiano Denardin, editor da Vertigo no Brasil, anunciou que Planetary será publicada no mesmo formato em que tantas outras (acho que todas, na verdade) séries da Vertigo vem sendo publicada no Brasil: papel LWC, capa cartonada, 160 e poucas páginas, ou, trocando em miúdos, igual a Hellblazer, Monstro do Pântano, Fábulas, etc.

15/08/2013

Novidades novinhas na Panini

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A Editora Panini anunciou que chegará em breve, logo, logo e já, já, nas livrarias e comic shops a edição definitiva de "Justiça", série de 12 edições publicadas nos estates entre 2005 e 2006, que mostra a Liga da Justiça mandando uns paranauê em todos os vilões do Universo DC!

"Justiça" foi escrita por Doug Braithwaite e os rabiscos ficaram por conta de Jim Krueger e do fodão Alex Ross. A edição definitva terá 492 páginas, capa dura e custará 110 dilmas. Será que da pra parcelar em 10x?

Encadernado Justiça Panini

Clique na imagem para ampliar

Já nos Estates, a DC anunciou que lançará ano que vem, no dia 22 de janeiro, o encadernado de Planetary com todas, todas, todas as edições da série (incluindo os cross-overs com a Liga da Justiça, Batman e Authority) escrita por Warren Ellis e publicada de 1999 até 2009. A edição terá 864 páginas e custará 75 obamas! Eu não quero nem pensar quanto isso custará aqui na terra da caipirinha e do carnaval, se é que um dia será lançado por aqui.

Para quem não conhece Planetary, segue a sinopse da série, que copiei com exclusividade do UHQ.

Elijah Snow, Jakita Wagner e o Baterista são os Arqueólogos do Impossível, que investigam a história secreta da humanidade. A trama principal – repleta de referências aos quadrinhos, cinema, TV e a cultura pop de modo geral – envolve um grupo de superseres, análogo ao Quarteto Fantástico.

The Planetary

Já que falamos de carnaval e caipirinha, vamos descobrir as maravilhas do carnaval carioca com Arnold Schwarzenegger!

10/05/2013

Miniaturas de ferro dos Vingadores na sua casa!

27/04/12
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miniaturas marvel


Lembram que no ano passado a Panini anunciou umas miniaturas de ferro de vários personagens da Marvel? Pois zé, apesar da promessa eles nunca deram as caras. Mas parece que agora vai! Eles já estão disponíveis nas bancas paulistas e em breve (ou não, muito pelo contrário) devem chegar ao resto do país.

A Panini até já anunciou um esquema de assinatura para quem quiser todos os bonequinhos e dará brindes para os assinantes. Os brindes consistem em um fichário, uma plataforma para você exibir orgulhosamente seu dinheiro jogado no lixo seus personagens e mais duas estatuetas especiais, uma do Homem-Aranha com a roupa negra e a outra do Abominável.

Como sempre rola nessas edições que vem com um brinde, é aquele esquema malandro de sempre: primeiro exemplar com um preço camarada pra você se empolgar e ficar espumando de vontade pelos próximos números, e depois vem aquele preço salgado que vai querer te fazer vender às calças para poder comprar todos as miniaturas.

miniatura ferro marvel

ATUALIZAÇÃO
10/05/13

Eu avisei!

Lembram que no ano passado a Panini anunciou umas miniaturas de ferro de vários personagens da Marvel? Pois zé, apesar da promessa eles nunca deram as caras. Mas parece que agora vai! Eles já estão disponíveis nas bancas paulistas e em breve (ou não, muito pelo contrário) devem chegar ao resto do país.

Eis que, depois de um longo inverno, finalmente a miniaturas Marvel dãs as caras! Parece que elas estiveram disponíveis desde o ano passado apenas em algumas cidades brasileiras e também através do serviço de assinaturas, mas agora estarão disponíveis nas melhores bancas (ou não) da esquina da sua casa!

A primeira edição é com o Homem-Aranha e custa 17,95 dilmas.



Pesquisando sobre a coleção, encontrei o Blog do Marcelo - Antologias, com várias informações sobre a coleção e o motivo dela ter demorado tanto para chegar em alguma cidades. Fica a dica.

08/05/2013

Lançamentos da Panini em maio

Para este mês de maio a Panini anunciou o lançamento da Graphic Novel Laços, da Turma da Mônica, dando continuidade ao projeto Graphic MSP, iniciado ano passado com Astronauta - Magnetar.

Escrita por Vitor Cafaggi (Valente e Punny Parker) e ilustrada por Lu Cafaggi, a Graphic ainda não tem uma data de lançamento anunciada, mas o Sidney Gusman, editor de Laços e arroz de festa em eventos de quadrinhos, já publicou em seu Facebook uma foto do primeiro exemplar impresso!

Turma da Mônica - Laços

Para os fãs de mangá, a Panini preparou o lançamento do Guia Oficial de Personagens de Naruto, com 137 ficas de personagens e 87 jutsus (não tenho A MENOR ideia do que é isso), com infográficos e curiosidades. O guia tem 280 páginas, capa cartão e o honesto preço de R$10,90.

Guia de personagens de Naruto


Para quem curte os quadrinhos da Vertigo, maio é o mês de mais um encadernado da série Vampiro Americano, com o arco O Senhor do Pesadelo, naquele esquema já consagrado pela Panini para lançamentos da Vertigo: Capa cartão, 116 páginas e um preço justo: R$18,50 dilmas, que é menos do que você gasta abastecendo o tanque do seu possante (isso se você tiver um).  

Vampiro Americano O Senhor do Pesadelo

Ainda na praia da Vertigo, a Panini também colocou nas bancas este mês o encadernado Monstro do Pântano - Raízes Vol.1 que, assim como a série Hellblazer - Origens, irá trazer as primeiras edições do personagem criado na década de 70 por Lein Wein e Bernie Wrightson. Para quem está curtindo a nova fase do Monstro que está sendo publicada na revista Liga da Justiça Dark, é uma boa opção para conhecer a origem dele.

Monstro do Pântano Raízes Volume 1


Como menção honrosa para fechar o post, em X-Men Extra 136.1 (sim, ponto-1, vai saber!) sai a história do casamento gay do mutante Estrela Polar (nunca vi mais gordo) que, segundo a própria Panini, "foi uma história que deu o que falar". A história já foi publicada há séculos lá fora, mas ainda assim vale a menção por trazer o debate do casamento gay para o ambiente do quadrinhos de super-heróis, onde seres super-musculosos vivem de roupinhas apertadas se esbofetando com outros bofes sarados&suados, mas que nunca levantaram nenhuma discussão em relação a sua sexualidade (com exceção do Bátema, que todos sabem que guarda o escudo em um lugar escuro).




25/04/2013

O que aconteceu ao Homem de Aço?

Superman - O que aconteceu ao homem de aço


Mais um lançamento bacana da Panini, para o mês de maio, de um título da melhor editora de quadrinhos de todas!

Mês que em chega às bancas o encadernado Superman - O que aconteceu ao homem de aço?, que traz três histórias escritas por Alan Moore: A linha da selva (com participação do Monstro do Pântano), Para o Homem que tem tudo e a história que da nome ao encadernado.

O enredo da história principal trás a seguinte pergunta: Apesar de seus grandes poderes e de sua incansável luta por justiça, como terminará a história do Homem de aço?

As três histórias foram escritas por Moore na década de 80, o seu auge na DC Comics. Para quem nunca leu nenhuma das três (como eu), procure o Youtube o episódio da Liga da Justiça Sem Limites chamado "Para o homem que tem tudo". Ele é baseado na história que Moore escreveu e é um dos episódios mais memoráveis da ótima séria animada da liga.


"Para o homem que tem tudo" será publicado com capa dura, 128 páginas e ainda não tem preço definido, mas chuto que será algo em torno de 24 dilmas, que é menos do que você gasta pra ver qualquer filme do Selton Melo no cinema.

17/04/2013

O que aconteceu ao Cavaleiro das Trevas?


A Panini lança este mês o encadernado do título "O que aconteceu ao cavaleiro das trevas", escrito por Neil Gaiman (Sandman) e desenhado por Andy Kubert (X-men). Na história, o Bátema bateu as botas, se pirulitouzis, morreu e abotou o paletó de madeira e então acompanhamos o que seus amigos e inimigos têm a dizer sobre a morcegona, enquanto uma "sombra misteriosa" (que deve ser o próprio bátema, óbviamente) assiste a tudo enquanto tenta responder a questão: O que aconteceu com esse fdp o Cavaleiro das Trevas?

Essa HQ será publicada com capa dura e por singelos R$21,90, que é bem menos do que você gasta na conta do bar para ver os gloriosos jogos da Copa do Brasil.

Além do Batman, a Panini lança ainda este mês a Vertigo 41, com a conclusão do arco Newcastle calling!, de Hellblazer, além da continuação dos arcos de Punk Rock Jesus, Casa dos Mistérios, Escalpo e Vampiro Americano. Tem também a Vertigo Teen Dark 10, com a continuação das histórias do Monstro do Pântano.

Confira os outros lançamentos da editora clicando aqui.

11/04/2013

Astronauta - Magnetar

Astronauta - Magnetar
Desde que foi lançada em outubro de 2012, Astronauta - Magnetar vem fazendo muito sucesso, tanto de vendas quanto de críticas (não me lembro de ter visto um única crítica negativa sequer). O sucesso é tamanho que a Graphic Novel será lançada também na Europa.

Ser publicado na gringa é um feito para pouquíssimos autores nacionais, de cabeça me lembro apenas dos irmãos Moon e Bá, que primeiro fizeram sucesso no exterior com sua excelente Daytripper para depois ser publicada no Brasil, e com o próprio Danilo Beyruth, autor de Magnetar, que teve o seu Necronauta publicado pela editora americana Image.

Como se não fosse o bastante, o trabalho do Danilo o rendeu uma entrevista no programa Agora é tarde, da Rede Bandeirantes. Pode não parecer grande coisa, mas quando poderíamos imaginar que um autor BRASILEIRO de QUADRINHOS daria uma entrevista em rede nacional por conta de um trabalho com um personagem de Maurício de Sousa, intimamente relacionado com os quadrinhos infantis da TURMA DA MÔNICA?
 

Pois bem, recentemente, meses após o lançamento, finalmente consegui ler o elogiadíssimo trabalho de Danilo (e também de Cris Peter, a colorista da HQ) e, honestamente, me decepcionei! *voz do Silvio Santos on* Calma, calma sua piranha, eu explico. *off*

Não que Astronauta - Magnetar seja ruim, longe disso! É uma boa história, com uma arte sensacional, só que esperava bem mais depois de tantas críticas positivas e do sucesso de vendas.

O tema principal da obra gira em torno da solidão: em meio a uma missão no espaço, o Astronauta , por um descuido seu (dele, não seu!) danifica a sua nave e fica "à deriva". Na tentativa de consertar a sua nave e volta para a casa, o Astronauta vai perdendo a sua sanidade conforme os dias vão passando, não tendo ninguém com quem conversar além da sua própria consciência e, principalmente, das memórias que tem do seu avô (do dele, não do seu, sua mula!), que nunca saiu de perto da fazendo onde morava.

O grande problema da história, ao meu ver, é o seu desenvolvimento. Ela é muito curta e acaba de forma muito abrupta, dando a sensação de que ela poderia ter sido melhor explorada. Por exemplo, os amigos e familiares que aparecem em um delírio do protagonista. Não sabemos os seus nomes e temos uma vaga noção de seus relacionamentos com o herói, sendo apenas o relacionamento do Astronauta com o seu avô mais aprofundado.

Astronauta - Magnetar

A impressão que tive ao término da leitura é que essa história era grande demais para ter sido publicada nas coletâneas MSP 50 (uma homenagem de diversos quadrinistas aos 50 anos de carreira de Maurício de Sousa) e que acabou sendo lançada em forma de graphic novel. O que, mesmo assim, é estranho, porque o autor já provou que pode muito bem desenvolver excelentes histórias curtas, como provou em Necronauta, personagem de sua autoria.

Para dizer que não falei das flores, volto a frisar que o trabalho de dupla Beyruth e Cris Peter na arte é de tirar o chapéu, com painéis muito bonitos e detalhados (destaque para as páginas que mostram a repetição enfadonha da rotina do protagonista e, depois, quando ele está desacordado vagando no espaço) e também o ótimo trabalho de pesquisa que o autor fez para desenvolver a trama, que pode ser conferido nos extras da edição.

Nota 6

07/05/2012

Assine as bolas do dragão

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Segunda-feira de manhã. Abro minha caixa de e-mail e eis que vejo uma mensagem com o seguinte título...

Dragon Ball - As Esferas do Dragão estão chegando às suas mãos!‏


dragon balls


Quê?!?

Vou abrir o e-mail e então...

26/01/2012

God of War

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god of war capa

Título: God of War
Autores: Marv Wolfman (roteiro) e Andrea Sorrentino (arte)
Origem: EUA
Páginas: 148
Editora: Panini

God of War fez (e faz) muito sucesso entre os gamers por aliar gráficos potentes, quebra-cabeças, violência em doses cavalares e usar a mitologia grega para criar um bom pano de fundo para justificar a jornada de Kratos em busca de vingança e poder. A HQ assinada pelo experiente Marv Wolfman explora os acontecimentos da vida do fantasma de esparta antes da história mostrada no primeiro jogo.

A história começa bem confusa justamente para quem já conhece a história do novo Deus da Guerra. Wolfman optou por narrar a história em dois tempos distintos, um no presente e o outro no passado. A medida que Kratos avança em sua segunda busca pela Ambrosia de Asclépio (uma substância divina que cura qualquer doença ou ferimento) ele se recorda de quando partiu em busca da Ambrosia pela primeira vez, quando precisava dela para curar sua filha recém-nascida, que nasceu com varíola e que, pelas leis de espartanas, deveria ser sacrificada. 

Ver o protagonista explorando os mesmos lugares em tempos diferentes, hora enquanto luta contra a vontade dos deuses para salvar a sua filha, hora enquanto lembra de sua falecida família (e isso não é spoiler!), deixa a leitura confusa, levando um certo tempo para "cair a ficha" sobre o que está acontecendo.


A arte


god of war comics


A arte de Sorrentino é muito boa, embora seja muita escura, principalmente nos primeiros capítulos, a ponto ficar até um pouco difícil de entender a ação se desenrolando, mas vai melhorando gradualmente. Nas partes em que os aparecem deuses há bonitos efeitos de luz, cada deus tendo a sua própria cor dependendo do seu poder, e é aí que a arte se destaca.


Vale a pena comprar os quadrinhos de God of War?




kratos god of war action figure


Além de mostrar o amor de Kratos por sua família (algo um tanto estranho para quem está acostumado a vê-lo retalhando inimigos nos videogames), a HQ também explora algo que não é abordado nos games, que é sua vida como capitão e cidadão espartano. No entanto, a história é um tanto arrastada e não chega a empolgar, mesmo melhorando a medida em que se aproxima da conclusão.

A versão nacional encadernada reúne os seis volumes lançados lá fora, com capa cartonada, e com o justo preço de R$19,90. Vale para quem é fã dos games e quer conhecer mais sobre a história, mas para quem procura uma boa leitura há opções muito melhores com as quais gastar seu dinheiro e tempo.

Nota: 6

28/10/2011

Daytripper

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daytripper capaDepois de fazer sucesso na gringa, Daytripper finalmente é lançada no Brasil e com pompa e circunstância: capa dura, acabamento luxuoso e papel de ótima qualidade. Só me lembro de ter visto outras dois quadrinhos ganharem edições tão caprichadas assim por aqui, 'O Cavaleiro das Trevas' e 'Watchmen', também pudera, dois crááássicos do gênero. Mas então por que uma graphic novel que acabou de ser lançada ganha o mesmo tratamento que estes dois ícones da nona arte?

Basicamente por dois motivos: aproveitar que os autores Fábio Moon e Gabriel Bá estão com a moral lá em cima e lançar uma edição para deixar qualquer um babando de vontade de tê-la. A capa é muito bonita e chama a atenção. Quem não gostaria de ter um 'livrão' desse bonito que da até gosto na prateleira? O segundo motivo é a qualidade da obra em sim: é excelente, muito bem escrita e desenhada, coisa de gente que entende do riscado. Os capítulos finais são de uma sensibilidade ímpar!

O enredo de Daytripper conta a história da vida de Brás de Oliva Domingos, jornalista filho de um escritor mundialmente famoso, que vive frustrado com seu trabalho de obtuarista e sonha em também ser um escritor de grande sucesso. Enquanto persegue seu sonho, Brás tem que lidar com a sombra de seu pai, sua frustração profissional, seu divórcio, o nascimento de seu filho, a busca pela garota dos seus sonhos. E, como em todas as grandes histórias, seus dias têm uma reviravolta que ele nunca antecipou...




E pensar que os gêmeos Moon e Bá têm apenas 35 anos de idade. O que será que eles ainda nos reservam depois de escrever uma das obras mais importantes de suas carreiras e possivelmente um novo clássico dos quadrinhos? 

daytripper comics

autógrafo daytripper ba moon
Edição de Daytripper autografada na Rio Comicon!

29/09/2011

Batman Ano Um



A Editora Panini acaba de lançar uma nova edição de Batman Ano Um, clássica HQ de Frank
Miller (autor de outras clássicas HQ's como 300, Sin City e Ronin), lançada nos anos 80. Nessa história, Miller conta como foi o primeiro ano de atividades de Bruce Wayne como o cruzado embuçado Batman. Ela foi um grande sucesso na época do seu lançamento e foi usada como base do roteiro assinado por Christopher Nolan para recomeçar a franquia do Homem-Morcego nos cinemas, com o filme Batman Begins.


A última republicação de Batman Ano Um no Brasil tinha sido em 2005, mas a nova versão é imperdível para os fãs do morcegão, pois ela conta com um papel de qualidade superior, o que valoriza muito mais os desenhos de David Mazzucchelli e conta com extras que mostram o processo de criação deste clássico. Como se isso não bastasse, a edição atual vem com capa dura, envernizada e com uma bela arte, destacando-se na sua estante e valorizando ainda mais a sua coleção. Melhor ainda é que Batman Ano Um pode ser encontrado a preços bem acessíveis em qualquer livraria que tenha uma seção de quadrinhos.

  • Curiosidade: A decisão de conta a história do primeiro ano de Batman no combate ao crime veio depois do sucesso estrondoso da HQ Batman - O Cavaleiro das Trevas, também de Frank Miller, que mostra justamente como seria a aposentadoria do Homem-Morcego, tendo que lutar contra o seu outrora aliado, o Super-Homem, e tendo que enfrentar pela último vez o seu maior rival, o Coringa.

22/09/2010

Magneto - Testamento

capa magneto testamento 
Título: Magneto - Testamento 
 Autores: Greg Pak (roteiro), Carmine Di Giandomenico e Matt Hollingsworth (arte)
Páginas:130 
Editora: Panini

Magneto: Testamento narra a infância de um dos maiores vilões da Marvel. Judeu, Max (seu nome de batismo) cresceu na Alemanha na época da Segunda Guerra Mundial e, como é de se esperar, ele e sua família sofreram muito durante o regime nazista.

E é justamente na luta pela sobrevivência sua e de sua família que reside o foco da história. Nada de supervilões e de poderes mutantes. Se trocassem Magneto por outro personagem qualquer a história faria o mesmo sentido, mas a graça é justamente mostrar como foi a infância do futuro vilão e como começaram a crescer em sua cabeça ideias como superioridade da raça mutante e a dominação de uma raça sobre a outra. 

A pergunta que deve inevitavelmente surge é como uma pessoa que sofreu tanto por causa da discriminação   pode vir a se tornar um dos maiores defensores da supremacia racial mutante? Soa contraditório.


magneto
   

Apesar de ter um ótimo roteiro a arte dessa HQ deixa a desejar. O trabalho de Carmine Di Giandomenico varia entre o ruim e o mediano. Algumas vezes chega a ser difícil de diferenciar os rostos de seus personagens, sendo eles homens ou mulheres!. Felizmente o colorista Matt Hollingsworth faz um belo trabalho e salva os desenhos da mediocridade. A edição conta ainda com capa dura, posfácios de Stan Lee e do roteirista Greg Pak, galeria de capas e uma mini HQ em homenagem a artista judia Dina Babit e um pôster. 

magneto


Edição recomendadíssima, tanto no conteúdo quanto na forma, e por um preço bem em conta (R$ 22,90). Merece ir pra estante!

Nota 9,5