Título: Fábulas, Volume 4 - A Marcha dos Soldados de Madeira
Roteiro: Bill Willingham
Arte: Mark Buckingham, Steve Lelaloha e Daniel Vozzo
Arte: Mark Buckingham, Steve Lelaloha e Daniel Vozzo
Páginas: 244
Formato: 17 x 26cm
Capa cartonada
"O Último Castelo" foi publicado na terceira edição da finada “Pixel Magazine“, em 2007, e os quatro primeiros arcos de “A Marcha dos Soldados de Madeira” foram publicados na também finada “Pixel Fábulas”, e ficou sem conclusão, até agora.
A Panini além de continuar a história de onde a Pixel parou, trouxe a esperança para os leitores não só de Fábulas, mas de toda a linha Vertigo, de poder ler essas histórias completas e em português, sem precisar recorrer a scans.
A qualidade gráfica da revista é muito boa, e me refiro tanto ao material usado para a impressão (papel Pisa Brite, capa cartonada) quanto a qualidade dos artistas que trabalharam na revista (e são muitos, fico devendo o nome deles!).
Essa qualidade gráfica somada a grande quantidade de páginas ( mais de cem) e, sem esquecer do principal, as ótimas histórias fazem valer a pena o preço que se paga na revista (R$32,90).
Já que comecei a falar da arte da revista, quero me extender mais um pouco. Como disse antes há um verdadeiro time de desenhistas, ilustradores, arte-finalistas, etc, trabalhando na história. Cada página é uma pequena obra de arte, sem exagero.
O cuidado com os desenhos, com os detalhes, é algo de quem quer fazer um trabalho não menos que excelente.
Em O Último Castelo vemos a última luta entre as Fábulas e o exército d´O Adversário (o inimigo, até agora desconhecido, que usa seus exércitos para conquistar e escravizar as Fábulas, suas terras e pertences) nas terras natais, que são as terras onde as Fábulas viviam até terem que fugir para o nosso mundo.
E em A Marcha dos soldados de madeira vemos a luta entre agentes do Adversário e as Fábulas, dessa vez em nosso mundo, na cidade das Fábulas, em Nova York.
Achei ambas as histórias excelentes. O roteiro de Bill Willingham é muito bem feito, prendendo sua atenção o início ao fim e fazendo você querer ler logo o próximo capítulo.
É incrível como ele conseguiu re-utilzar personagens clássicos como Chapéuzinho Vermelho, Lobo Mal, Príncipe Encantado, Branca de Neve, A Bela e a Fera, entre (muitos) outros, respeitando suas origens e ao mesmo tempo os reinventando.
Todos os personagens fazem parte de um mundo coeso e interligado, passando longe das bagunças típicas de crossovers nos quadrinhos, como já vistos nos “DC vs Marvel” da vida.
Minha sugestão é que não perca a chance de começar a ler Fábulas bem do começo, com ótimos resumos das histórias passadas (difíceis de se encontrar por enquanto a Panini não as republica, ou quanto encontradas são muito caras, como “O Livro do Amor“), tanto na própria revista quando no hotsite Panini Vertigo.
Até agora a Panini vem tratando bem as histórias da Vertigo e não dá pinta de que vai desistir de publicar Fábulas (bate na madeira um milhão de vezes) assim como a Pixel fez.
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