Táxi: Histórias Passageiras / Gigant Vol.1

Olá, galera do Estante Nerd, tudo beleza?

Hoje temos quadrinho europeu e quadrinho nipônico aqui na Estante, uma resenha dupla! 

Táxi - Histórias Passageiras: Vale a pena?

O primeiro quadrinho é europeu, trata-se do gibi Táxi: Histórias Passageiras lançado pela Editora Conrad nesse ano de 2022, com capa cartão, preto e branco e com 96 páginas.

O quadrinho é escrito e desenhado pela quadrinista holandesa Aimée de Jongh, ela que já teve um outro trabalho de mais destaque publicado recentemente no Brasil pela Pipoca&Nanquim que é o título A Obsolescência Programada dos Nossos Sentimentos, que é muito boa diga-se de passagem, e é escrita pelo Zidrou (de Apesar de Tudo e Verões Felizes) e ilustrada por ela.

Basicamente a HQ trata sobre experiências que a autora teve em viagens de táxi em diversas cidades do mundo: Los Angeles, Jacarta, Washington e Paris. Em cada viagem ela puxa assunto com o motorista local e todos tem personalidades diferentes. Um são mais simpáticos e falantes, outros mais sisudos e calados, mas em cada viagem conhecemos um pouco mais da vida de Aimée e também um pouco da vida de cada taxista.

A arte em preto e branco é bonita e bem detalhada, mas a história em si é bem curta e sem nenhuma grande surpresa, reviravolta ou ápice. Simplesmente é a autora andando de táxi mesmo e falando com os taxistas locais e contando um pouco da vida dela mesmo, apenas isso.

Eu devo ter lido essa HQ inteira em 10 ou 15 minutos. Quando eu terminei fiquei com uma sensação de "ué, era só isso", aquela sensação de dinheiro mal gasto, sabe?

Nem digo que a HQ em si é ruim, ela só é um tanto simples demais, uma leitura bem leve. Porém, em tempos que quadrinhos estão caríssimos, da para investir o dinheiro gasto nessa HQ em outra leitura que vai te entreter por mais tempo.

Se você gosta de uma leitura bem leve, na pegada slice of life, talvez esse quadrinho te agrade.

Nota 5.0/10

Gigant Vol.1: Vale a pena?

Agora vamos de mangá com o volume 01 de Gigant, que tem essa capa chamativa que vocês estão vendo aí, rss!

Gigant Vol.1 foi lançado em 2019 pela Panini e ainda está disponível para compra. Mangá com capa cartão, em preto e branco com 232 páginas, que ja teve nove volumes lançados até agora e o décimo encontra-se em pré-venda enquanto escrevo essa resenha.

A trama do mangá é bem criativa e meio maluca, mas vou tentar resumir aqui sem dar muitos spoilers: basicamente em Gigant vamos acompanhar a vida de Rei Yokoyamada, um estudante do primeiro ano do ensino médio do Japão que quer ser um diretor de cinema por influência do seu pai, que trabalha em uma produtora de filmes.

O protagonista inclusive tem vários bonecos, pôsteres e camisas de filmes famosos de Hollywood como Homem de Ferro, De Volta para o Futuro, Blade Runner entre outros, são referências que saltam aos olhos. Ele que está procurando uma atriz para ser a estrela do seu primeiro filme, o qual ele vai tentar exibir em um festival de cinema local em sua primeira empreitada na sétima arte.

Só que Rei também é viciado em pornografia, especificamente pelos filmes de uma atriz chamada Papico, que acaba indo morar na mesma região que ele. Uma coisa bem chata acontece e isso acaba fazendo com que os dois personagens se conheçam e comecem uma amizade.

Tudo vai indo mais ou menos bem até que um idoso meio malucão que vive andando de cueca e capacete na rua aparentemente passa mal perto da Papico, ela vai ajudá-lo e ele acaba colando no pulso dela um dispositivo que parece um relógio, entrega a ela um DVD e depois ele simplesmente vira um bicho de pelúcia!

Enquanto isso um site na internet abre votações para as pessoas escolherem qual a próxima desgraça que vai ser abater sobre o Japão, e isso inclui pessoas famosas correndo pelas pelas ruas, terremotos, invasão de gigantes, todo o tipo de bizarrice. Em um primeiro momento as pessoas acham que não tem nada a ver, que é tudo mentira, mas com o desenrolar dos acontecimentos passam a acreditar que o site realmente está por trás de todos esses eventos inexplicáveis

Enquanto toda essa maluquice se desenrola, acompanhamos o relacionamento abusivo de Papico com o seu namorado, que é agressivo e abusivo, e também com a sua família, que abomina a sua profissão, porém todos dependem financeiramente dela.

Esse mangá tem muitas, mas muitas cenas de nudez e sexo, até porque a Papico é uma atriz pornô, e várias vezes vemos os bastidores dos filmes dela, mas até aonde eu li não achei nada apelativo, faz parte do contexto da história.

Esse mangá foi uma grata surpresa, ele é meio malucão, mas ao mesmo tempo muito pé no chão com os dramas pessoas da Papico, que é uma personagem bem mais interessante que o Rei, que é um adolescente ali com os seus 16 anos, que é bem chatinho.

Com certeza vou ler os próximos números desse mangá e dou para ele uma nota entre 8.5-9.0!

E vocês, já leram um desses dois quadrinhos? Se sim, o que acharam? Conte aqui nos comentários!

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